sábado, 1 de março de 2014

CASA GERAL


Memória do Ir. Alfano

28/02/2014: Casa Geral
No dia primeiro de março celebramos a memória do Ir. Alfano, falecido em 1943, que teve reconhecida em 1991, pelo Vaticano a Heroicidade de suas virtudes, etapa importante no processo de beatificação. Estas são as primeiras linhas do livro Pane di Casa Nostra, biografia breve do Irmão Alfano: “Giusepe Carlo Vaser, Irmão Alfano, l873-l943, é um Irmão Marista italiano, melhor, o primeiro Irmão Marista italiano". Primeiro em sentido cronológico do termo, primeiro principalmente em sentido espiritual: escalou o cume da santidade com elã e determinação não menor daqueles que exigiram dele, como criança, subir os montes da sua bela e forte terra natal, o Vale de Aosta.

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A sua vida, despojada de acontecimentos extraordinários, tem o aspeto de uma aventura toda interior. É como uma cadeia de montanhas que revela o alcance de seus picos e a beleza escondida de suas paisagens somente a quem sabe suportar a fadiga de subir os cimos.”
Entre nossos modelos de santidade marista o mais modesto e o menos conhecido é certamente o Ir. Alfano. Ele não tem o prestígio do Padre Champagnat, o Fundador, nem do Ir. Francisco, primeiro Superior geral. Ele não tem a dimensão do Ir. Basilio, Superior geral: homem que viveu em nosso meio, depois da realização do Vaticano II, e marcou o mundo marista. Alfano também não tem a glória do martírio. Sua vida foi vivida nas casas de formação desde 1903: Mestre de noviços aos 34 anos, em 1907, e aí passa 15 anos. Depois foi Diretor do escolasticado durante 16 anos. Situação modesta, que deveria ser propícia a um religioso cujo ideal era a vida oculta numa família religiosa, onde a humildade é uma das características.
Entretanto, não é raro se ouvir dizer: “Irmão Alfano é certamente um santo, mas de um outro tempo, de um estilo de santidade fora de moda, baseada na observância minuciosa da Regra, na ascese e na oração com expressões que, para nós, perderam seu atrativo”. Isso é verdade!
Esse é um dos aspectos da santidade do Irmão Alfano, mas está longe de ser o mais importante. Nele encontramos uma humanidade totalmente cheia da bondade de Deus. Seria preciso reabrir o livro Pane di casa nostra1 para se convencer disso: muito frequentemente aparece nele uma humanidade feita de grande atenção aos outros, desse amor que é a essência da santidade.. A leitura de suas cartas e muitos testemunhos nos colocam em contato com um Irmão que era sensível, inteligente, atento aos outros, de uma gratidão natural e generosa, de um sentido de responsabilidade muito aguçada, de um coração que se mostra povoado de pessoas e de problemas, sobretudo quando se voltava para o Senhor e para a Virgem Maria. Irmão Alfano é um homem totalmente impregnado de Deus, para ele fonte de paz e de sabedoria, a paixão de sua vida.
Com freqüência somos tentados a copiar suas cartas tanto elas são reveladoras de um santo. Através delas surge o Outro Alfano, um místico de profunda humanidade, muito próximo, muito atento e fiel às amizades. A bondade de Deus, que ele, frequentemente, chama de “a benignidade de Deus”, brilha em seu coração, ilumina e aquece os outros.
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Ir. Alfano Vaser
Tão humano
Giovanni Bigotto, fms
01/2007 - PDF (2,6 MB)
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