Natasha Pitts
Adital
Com a proximidade do Dia
Internacional da Mulher, celebrado amanhã, 8 de março, várias ações como
pedidos de respeito, denúncias de violações de direitos, luta contra a
opressão, o machismo e a desigualdade estão ganhando as ruas mundo a fora. Anistia
Internacional também aproveitou a oportunidade para relançar uma campanha que
busca animar as mulheres a conhecerem e exigirem seus direitos sexuais e
reprodutivos para que desfrutem de seu corpo e de sua sexualidade.
Na tarde de hoje, o Partido Operário e a organização de mulheres Plenário de Trabalhadoras realizam no Congresso da Praça de Maio, Buenos Aires, Argentina, uma marcha em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. A mobilização sairá às ruas para dizer não a medidas governamentais controversas, como a aprovação do Código Civil e para reivindicar o aborto legal, seguro e gratuito, entre outras demandas.
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"Nas ruas de todo o país hoje acontecerá a primeira grande marcha de repúdio ao ajuste e às medidas do governo que levaram a uma mortalidade de gestantes que não se reduz, ao aumento da gravidez entre crianças e adolescentes, ao aumento dos ataques sexuais, às redes de tráfico que se multiplicam, à falta de escolas públicas. Por tudo isso, o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora será um dia de luta antigovernamental e de reivindicação do movimento de mulheres”, assinalou Vanina Biasi, dirigente do Partido Operário bonaerense e da Plenária de Trabalhadoras.
Meu corpo, meus direitos
Por ocasião da data, a Anistia Internacional relançou a Campanha "Meu Corpo, Meus Direitos”, que busca animar as mulheres a tomarem consciência e lutarem por seus direitos sexuais e reprodutivos e a desfrutarem de seu corpo sem interferência do Estado, sem temor, coação ou discriminação. A intenção é que não só elas, mas toda pessoa tenha o poder de decidir livremente se quer ter relações sexuais, quando e com quem; se deseja casar e ter filhos e quando; e que saiba proteger-se do HIV e das demais doenças sexualmente transmissíveis. Além deste chamado a Anistia também faz denúncias e revela que a saúde de milhares de pessoas ao redor do mundo está sendo ameaçada por ausência de medidas governamentais que garantam direitos sexuais e reprodutivos. AI aponta que 215 milhões de mulheres, mesmo necessitando, não tem acesso a métodos contraceptivos e que todos os anos 14 milhões de adolescentes dão à luz por consequência de relações sexuais forçadas e gestações indesejadas. Anistia também denuncia que em 76 países, sendo 36 na África, a homossexualidade é considerada ilegal.
Imposição da maternidade
A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) se manifestou oficialmente e reafirmou a presença do movimento nas ruas para lutar contra a opressão, a desigualdade e o preconceito enfrentado pelas mulheres e para reivindicar uma sociedade baseada nos valores de liberdade, igualdade, justiça, paz e solidariedade.
Em comunicado especial, as organizações integrantes da Marcha denunciam a imposição da maternidade como destino obrigatório das mulheres, a milionária indústria da pornografia e a exploração do corpo delas desde a indústria da beleza, até o tráfico e a prostituição. Elas exigem autonomia sobre seu corpo e se solidarizam com as que sofrem e convivem com a violência em casa, nas ruas ou no trabalho.
"O dia 8 de março é uma data importante, é um dia de luta. Há 100 anos, as mulheres reivindicavam direito ao trabalho, ao voto, ao divórcio, à herança e se hoje usufruímos disto é em virtude desta luta. O Dia Internacional da Mulher não é só uma festividade de distribuição de flores e bombons. Nós aceitamos as flores e os bombons, mas queremos mais, queremos trabalho digno, uma vida sem violência, não queremos ser obrigadas a ter filhos e as que têm querem creche para que possam trabalhar. Muito já foi conquistado, mas ainda temos muito pelo que lutar”, manifestou Maria Fernanda Marcelino, da Marcha Mundial das Mulheres.
fonte:http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=79676
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