A
peregrinação ecumênica do papa Francisco à Terra Santa teve início na
sexta-feira, 24, com visita ao Santo Sepulcro e Muro das Lamentações onde
Francisco rezou pela paz no mundo, meditando a oração do Pai-Nosso.
No domingo, 25, o papa chegou a Jerusalém para
celebrar o 50º aniversário do encontro de Paulo VI e Antenágoras, marco
histórico do diálogo ecumênico da Igreja. Na chegada, foi recebido pelo
patriarca greco-ortodoxo Bartolomeu de Constantinopla e pelos chefes das igrejas
em Jerusalém.
A agenda encerra hoje, 26, marcando o terceiro
dia da peregrinação, com visita ao grão-mufti de Jerusalém, a dois grão-rabinos
de Israel no centro Heichal Shlomo e ao presidente de Israel Shimon Peres.
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No período da tarde, o papa se reunirá com o
patriarca Bartolomeu I, no edifício diante da igreja ortodoxa no Horto das
Oliveiras. O roteiro da visita à Terra Santa encerra com missa na Sala do
Cenáculo, em seguida, o papa retornará a Roma.
Ao todo, o papa teve 14 intervenções, entre
homilias e discursos, e a assinatura de uma declaração conjunta com o patriarca
da Igreja Ortodoxa de Constantinopla.
Pela paz
A
Jordânia foi a primeira etapa da peregrinação, que teve como tema “Que todos
sejam um”. Em Amã, o papa reuniu-se com o rei Abdullah e Rania. Após encontro,
seguiu de helicóptero para Belém onde discursou para autoridades locais,
comunidades palestinas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Francisco expressou
solidariedade aos povos que sofrem por consequência dos conflitos e convocou
para a paz.
“Chegou a hora de se demonstrar coragem,
generosidade e criatividade, em prol do bem comum; a coragem de se construir a
paz, alicerçada no reconhecimento, por parte de todos, do direito da
coexistência de dois Estados, que gozem da paz e da segurança, entre os confins
internacionalmente reconhecidos”.
Na ocasião, o papa falou ao presidente do Estado
da Palestina, Mahmoud Abba, a quem chamou de “homem da paz”, desejando que a
aliança entre os cristãos seja permanente.
Declaração Comum
Em encontro na Basílica do Santo Sepulcro, em
Jerusalém, o papa Francisco e o patriarca Bartolomeu assinaram declaração comum,
pedindo progresso na aproximação entre as igrejas católica e ortodoxa, quase dez
séculos depois. Ajoelhados na entrada da basílica, onde, de acordo com a
tradição cristã, Jesus foi crucificado e ressuscitou, os líderes selaram a
unidade.
Francisco e Bartolomeu se comprometeram a
respeitar “as legítimas diferenças, pelo bem de toda a humanidade” e em
trabalhar para que “todas as partes, independentemente de suas convicções
religiosas, favoreçam a reconciliação dos povos”.
“Desejo renovar o desejo, expresso pelos meus
predecessores, de manter diálogo com todos os irmãos em Cristo, para encontrar
uma forma de exercer o ministério próprio do Bispo de Roma que, em conformidade
com a sua missão, possa se abrir a uma nova situação e ser, no contexto atual,
um serviço de amor e de comunhão reconhecido por todos”, disse Francisco na
assinatura da Declaração.
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