domingo, 5 de maio de 2013

Maria nos sermões e instruções de Champagnat


Maria nos sermões e instruções de Champagnat - Carlos Andrade

Tudo a Jesus por Maria, tudo a Maria para Jesus (Champagnat).

 
MARIA, MÃE DE JESUS, A BOA MÃE PARA CHAMPAGNAT

*              A Boa Mãe é um elo de união desde os primeiros Irmãos da Congregação Marista. E ainda hoje Ela continua a unir os Maristas, as famílias e a sociedade na busca de um mundo mais humano, solidário e fraterno.

*                     A Boa Mãe de Champagnat e dos Irmãos Maristas, sempre presente, sobretudo nas dificuldades a ela recorria. Irmãozinhos de Maria, assim eram chamados e, nas casas da Congregação, Maria tem lugar de destaque.

 "PRIMEIRA SUPERIORA E RECURSO HABITUAL.

 'ELA TUDO FEZ ENTRE NÓS'."
(São Marcelino Champagnat)

*        A devoção de Champagnat por Maria, a Boa Mãe vem do berço, influência da mãe e da tia. E no seminário essa devoção passou a ser prática e encarnada, relacionada com a vida.

*        A imagem da Boa Mãe é comum na França (Lyon), onde seu protótipo está na Catedral de Rouen (Normandia), esculpida em mármore branco, em tamanho natural de uma pessoa. É também conhecida como Nossa Senhora do Voto, devido à tradição dos néo-sacerdotes fazerem voto de fidelidade antes de partirem em missão.

 À MANEIRA DE MARIA

A relação de Marcelino Champagnat com Maria, a quem ele se referia como a "Boa Mãe", foi marcada por uma profunda afeição e total confiança, pois estava plenamente convencido de que o projeto que empreendera era, na verdade, obra dela.
Escreveu certa vez: "Sem Maria somos nada, mas com Maria temos tudo, porque Maria sempre tem o seu adorável Filho em seus braços e em seu coração." Esta convicção permaneceu com ele ao longo da sua vida. Jesus e Maria eram o tesouro no qual Marcelino Champagnat aprendera a depositar o seu próprio coração.

 INSPIRAÇÃO

"Lembrai-vos de que sois irmãos, que Maria é vossa mãe comum e que sois todos chamados à mesma  herança que é o céu."
São Marcelino Champagnat

 MÃE DA VISITAÇÃO


A mãe, que somos convidados a olhar, é aquela da Visitação. Mais precisamente, aquela do começo da Visitação, quando Maria decide ir depressa; é Maria na audácia da missão.
São Marcelino Champagnat

*        A carta de 20 de julho de 1839 (doe. 259) dá o tom geral:

*        "Se podemos falar a Jesus, o que é que não temos direito de dizer a Maria?... Diga, pois, a Maria que a honra da sua sociedade exige que ela o conserve casto como um anjo".  São Marcelino Champagnat

A mensagem de Champagnat é de quem levou a sério o evangelho, através da linguagem de suas palavras e de seus atos revelando nas entrelinhas da vida o desejo de ser como Filho de Maria, como um filho correndo aos braços, ao coração da mãe.

 Os escritos de Champagnat são poucos.

Temos em mãos seus únicos escritos em se tratando de sermões e instruções sobre a Virgem Maria, portanto os definimos como fontes principais:

 Sermão sobre o Rosário:

Champagnat deixa claro a dimensão cristológica que a devoção a Maria representa: “O Rosário é devoção estabelecida para honrar Nosso Senhor Jesus Cristo e a Santíssima Virgem”. A seguir, faz uma explanação de como se deve rezar o rosário com a devida explicação de seus mistérios, parte por parte. 

 Sermão sobre a Purificação de Maria:

Lucas2,22: Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor.

O sermão sobre a purificação de Maria se divide em três itens assim explicados: (a) a Purificação de Maria. Apresenta as virtudes de Maria: a obediência (por que observa os mandamentos), humildade (tudo faz com humildade), pobreza (por que pobre aos olhos do mundo e de Deus); (b) na Apresentação de Jesus é destacado o amor de José e Maria. São eles que conduzem Jesus do presépio ao altar; (c) a presença de José.

Sermão sobre a Assunção da Santíssima Virgem:

Os sacerdotes conduziram a Arca da Aliança de Iahweh ao seu lugar, ao Debir do Templo, a saber, ao Santo dos Santos, sob as asas dos querubins.

Champagnat alude à festa da Assunção a partir do significado que a Arca da Aliança representou no Antigo Testamento. Neste sentido, apresenta a pessoa de Jesus, que percebe sua Mãe (a Arca da Nova Aliança). Como Davi, que notando o esquecimento da Arca em Obededom, retira-a para um lugar de honra; assim também Jesus, ao perceber Maria desconhecida, passando por humilhações, a coloca no céu.

 Fontes secundárias

são assim definidas pois não apresentam elaboração com tema específico sobre a Virgem Maria. Num primeiro momento veremos os sermões onde Champagnat cita o nome de Maria com seu devido significado; a seguir analisaremos alguns de seus pensamentos sobre a Devoção a Nossa Senhora.
       Sermões

  1. Sermão sobre a morte do pecador, Champagnat fala de Maria como “Virgem Santa, refúgio dos pecadores, rogai a vosso adorável Filho para que disponha os corações dos ouvintes”. O pecador que encontra um lugar junto a Maria encontrou o caminho para chegar a Jesus.
  2. Sermão da morte do pecador,  a presença de Maria está relacionada com o Espírito Santo: “Espírito Santo, vós a quem compete converter os pecadores, falai-lhes ao coração enquanto minha voz lhes toca os ouvidos. Conseguiremos isso pela intercessão de Maria”.
  3. Sermão sobre a Conversão, a figura de Maria se apresenta como refúgio dos pecadores.

      Ensinamento de Champagnat sobre a Devoção à Santíssima Virgem:

     SÃO JOÃO 4, 23 No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.

Champagnat estava convicto que a salvação também passava pela presença de Maria.

Maria é “Mãe de Misericórdia”, “Refúgio dos pecadores”.

 ADORAÇÃO  É DIFERENTE DE DEVOÇÃO

 Maria é caminho de salvação somente em Jesus.

Assim, a dimensão salvífica mariana de Champagnat corresponde àquela ação de Maria na Igreja de “Cooperadora na obra do Salvador” (LG 61), ou ainda, como “subordinada à mediação do único Mediador” (RM 40).

 
     JOÃO 14,6: Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”.

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