sexta-feira, 21 de novembro de 2014

PAPA FRANCISCO

A Igreja levanta a sua voz em difesa dos direitos dos migrantes: Papa Francisco

Migrantes a desembarcar - ANSA
21/11/2014 05:37
PAPA Francisco recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira os participantes ao VII Congresso Mundial da PASTORAL dos Migrantes e Itinerantes, acompanhados pelo Cardeal ANTONIO Maria Vegliò.
O Congresso, que iniciou nesta segunda-feira dia 17 de novembro e se concluiu hoje, dia 21 com a audiência do Papa Francisco teve como tema “Cooperação e desenvolvimento na Pastoral das migrações”.
 LEIA MAIS:


No seu discurso, aos presentes, o Papa Francisco exprimiu os seus sinceros sentimentos de apreço e de gratidão pelo serviço e solicitude que dispensam aos homens, mulheres e crianças, que, também nos nossos dias, empreendem a “viagem da esperança” pelas estradas da emigração.

O Documento final do vosso precedente Congresso, há cinco anos atrás, recordou o Papa Francisco aos presentes, afirmava que a emigração é um convite à imaginar um futuro diferente, que tende ao desenvolvimento de todo o género humano. Neste sentido a imigração inclui cada ser humano com os seu potencial espiritual  e cultural e o contributo à um mundo mais equitativo marcado por um sentido de solidariedade global e pelo pleno respeito da dignidade humana e da VIDA em geral.

Ora hoje, salientou o Papa, não obstante os desenvolvimentos e as situações, por vezes penosas e até dramáticas, a emigração permanece ainda uma aspiração à esperança. Nas áreas oprimidas do planeta, onde a falta de trabalho impede a realização de uma existência digna, para muitas pessoas  e suas famílias, é GRANDE a ânsia de encontrar um futuro e uma vida melhor em muitos lugares, apesar dos riscos, desilusões e insucessos, provocados pela crise económica.
<<Vocês analisaram, antes de tudo, os factores que provocam as migrações, de modo particular as desigualdades, a pobreza, o aumento demográfico, a crescente falta de emprego, as calamidades e mudanças climáticas, as guerras e as perseguições e a busca de trabalho das novas gerações em outras regiões do mundo. Os países que acolhem estas pessoas obtêm GRANDESbenefícios e vantagens>>.
Porém, acrescentou o Santo Padre, tais benefícios são acompanhados de alguns problemas de integração, empobrecimento pela perda das “mentes” melhores, a fragilidade dos filhos que crescem sem pais, a ruptura de casamentos. Perante tudo isso, os AGENTES pastorais desenvolvem uma função preciosa para o diálogo, o acolhimento e a legalidade.
<<É aqui que a Igreja tem uma palavra à dizer. A comunidade cristã está continuamente comprometida em acolher os migrantes e a partilhar com eles os dons de Deus, sobretudo o dom da fé; ela promove projetos na evangelização e na assistência aos migrantes; procura ser lugar de esperança, formação e sensibilização; DEFENDE os direitos dos migrantes>>
De facto, concluiu o PAPA Francisco, a Igreja è mãe, sem confins e sem fronteiras; é mãe de todos e se esforça em promover a cultura do acolhimento e da solidariedade.
Por sua vez, prosseguiu o PAPA Francisco, os migrantes com a sua humanidade e os seus valores culturais, ampliam o sentido da fraternidade humana. A sua presença é um grito à necessidade de se acabar com as desigualdades, as injustiças e os abusos. Eles podem contribuir para a construção de uma identidade mais rica da sociedade e estimular um maior desenvolvimento, criativo e respeitoso da dignidade de todos. (FL)
FONTE: RADIO VATICANO

Nenhum comentário:

Postar um comentário