O Santo Padre Francisco celebrou ao fim da manhã desta segunda-feira na Basílica Vaticana uma santa Missa em sufrágio dos Cardeais e Bispos defuntos nos últimos meses. Na sua homila, o Papa começou por sublinhar que a celebração, graças à palavra de Deus, era toda ela iluminada pela fé na ressurreição, uma verdade que fez o seu caminho lentamente no Antigo Testamento mas que emerge explicitamente no episódio da colecta para o sacrifício expiatório em favor dos defuntos, como se lê na primeira leitura.
Do mesmo modo que a divina relação revelação é fruto do diálogo entre Deus e o seu povo – continuou o Papa - também a fé na ressurreição está ligada a este diálogo que acompanha o caminho do povo de Deus na história. Não surpreende, pois, que um mistério assim tão grande, tão decisivo, tão sobre-humano como o mistério da ressurreição tenha precisado de todo o percurso e todo o tempo necessário, até Jesus Cristo.
Ele pode dizer: "Eu sou a ressurreição e a vida", porque n’Ele este mistério não apenas se revela plenamente, mas se realiza, acontece, se torna pela primeira vez e, definitivamente, realidade. O evangelho de Marcos – explicou o Papa - que une a narração da morte de Jesus e a do túmulo vazio, representa o culminar de todo este caminho: é o evento da ressurreição, que responde à longa busca do povo de Deus, ao anseio de todo o homem e da humanidade inteira.
Cada um de nós é convidado a entrar neste evento. Somos chamados a estar primeiro diante da cruz de Jesus, como Maria, como as mulheres, como o centurião; a escutar o grito de Jesus, e o seu último suspiro, e depois o silêncio; aquele silêncio que continua durante todo o Sábado Santo. E depois somos chamados a ir ao túmulo para ver que a grande pedra foi derrubada; para ouvir o anúncio: "Ressuscitou, ele não está aqui". Lá está a resposta. Lá está o fundamento, a rocha. Não em "discursos persuasivos de sabedoria", mas na palavra viva da cruz e da ressurreição de Jesus.
E é isto é aquilo que o apóstolo Paulo prega, disse o Papa, Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. Se Ele não ressuscitou, a nossa fé é vazia e inconsistente. Mas porque Ele ressuscitou, ou melhor, Ele é a Ressurreição, então a nossa fé é cheia de verdade e de vida eterna. E a concluir disse o Papa:
Renovando a tradição, hoje oferecemos o Sacrifício eucarístico em sufrágio dos nossos irmãos cardeais e bispos que morreram nos últimos doze meses. E a nossa oração é enriquecida de sentimentos, memórias e gratidão pelo testemunho de pessoas que conhecemos e com quem partilhamos o serviço na Igreja E todos eles são olhados pelo Pai com o seu amor misericordioso, e amor da Virgem Mãe, que intercede por estes seus filhos muito amados.
FONTE: RADIO VATICANO
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