terça-feira, 11 de novembro de 2014

PAPA FRANCISCO

Construir pontes e não muros - Papa no Angelus

Papa no Angelus - ANSA
10/11/2014 03:53
Como habitualmente aos domingos, o Papa Francisco procedeu às 12,00 horas de Roma, a recitação do Angelus, numa Praça de S. Pedro repleta de fiéis e peregrinos vindos das diversas partes do mundo. Na sua mensagem o Papa Francisco recordou que hoje em toda a Igreja, a liturgia celebra a Dedicação da Basílica de S. João de Latrão, a Catedral do Papa enquanto Bispo de Roma e que, come disse o Santo Padre, a tradição define com o termo “Mãe de todas as Igrejas do Urbi et Orbe”.



<<Com o termo “mãe” refere-se não tanto ao edifício sagrado da Basílica, mas sim à obra do Espírito Santo que se manifesta neste edifício, dando frutos mediante o ministério do Bispo de Roma em todas as comunidades que permanecem unidas com a Igreja que Ele preside. Esta unidade apresenta o caráter de uma família universal e como na família há sempre uma mãe, assim também a venerada catedral de Latrão faz de mãe às Igrejas de todas as comunidades do mundo católico>>.

Com esta festa, a Igreja professa portanto, na unidade da fé, as relações de comunhão que todas as igrejas locais espalhadas pelo mundo fora, têm com a Igreja de Roma e com o seu Bispo, sucessor do Apóstolo Pedro. Neste sentido, recordou o Papa, <<todas as vezes que celebramos a dedicação de uma Igreja, chama-se atenção à uma verdade essencial: o templo material feito de pedras é sinal da Igreja viva operante na história, isto é daquele templo espiritual como diz o apóstolo Pedro, do qual o próprio Cristo é Pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escollhida e preciosa perante Deus>>.
Por intermédio do Baptismo, disse ainda o Santo Padre, cada cristão, tal como nos recorda o Apóstolo Paulo, faz parte do edifício de Deus. O edifício espiritual que é a Igreja comunidade dos homens e mulheres santificados pelo sangue de Cristo e pelo Espírito do Ressuscitado, pede a cada um de nós hoje, recordou o Papa Francisco, de ser coerente com o dom da fé e de proceder à um testemunho autêntico da vida cristã.
Se no passado, desde a sua origem e da sua missão, a Igreja foi sempre uma comunidade constituída para confessar a fé em Jesus Cristo Filho de Deus e Redentor do homem, mediante o ato da caridade, também hoje a Igreja é chamada a ser no mundo, a comunidade que, radicada em Cristo por intermédio do baptismo, professa com humildade e coragem a fém n’Ele mediante o testemunho da caridade. E, lembrou o Papa, à esta finalidade devem ser orientadas os elementos institucionais, as estruturas e os organismos pastorais da Igreja.

<<A Festa da Dedicação da Basílica Lateranesnse, convidando-nos a meditar sobre a comunhão de todas Igrejas, por analogia estimula-nos a empenharmo-nos para que a humanidade possa superar as fronteiras da inimizade e da indeferência, construir pontes de compreenção e de diálogo, para fazer do mundo inteiro uma família de povos reconciliados, fraternos e solidais. Desta nova humanidade, a Igreja é sinal e anticipação, quando vive e comunica mediante o seu testmunho, o Evangelho, mensagem de esperança e de reconciliação para todos os homens>>.
Para tudo isso concluiu o Papa Francisco, invoquemos neste domingo, a intercessão de Maria Santíssima para que nos ajude a ser como ela, “ a casa de Deus”, templo vivo do seu amor.
Após a recitação do Angelus, o Papa Francisco, dirigiu-se aos féis e peregrinos congregados na Praça de S. Pedro, recordando, antes de mais, da celebração dos 25 anos da queda do murro de Berlim, que ocorre hoje naquela cidade da Alemanha. Mais precisamente no dia 9 de novembro de 1989, foi abatido o murro de Berlim que, come recordou o Santo Padre, “durante tanto tempo separou a cidade de Berlim em duas partes e foi o símbolo da divisão ideológica da Europa e do mundo inteiro”. A sua queda aconteceu certamente de forma improvisa, mas foi possível graças à um longo, intenso e duro trabalho de tantas pessoas que lutaram, rezaram e sofreram para a realização deste ideal. De entre estas pessoas recordou o Papa Francisco, um papel de protagonista jogou o Santo Papa Jão Paulo II.

Rezemos, por conseguinte, disse ainda o Papa, para que com a ajuda do Senhor e a colaboração de todos os homens e mulheres de boa vontade, seja cada vez mais propagada  uma cultura do encontro, capaz de de fazer cair todos os murros que ainda hoje dividem o mundo e não aconteça mais que pessoas inocentes sejam perseguidas  e até mesmo assassinadas por causa do seu credo e da sua religião. <<Onde existe o murro, acrescentou o Papa Francisco, não existem corações abertos; servem, por conseguinte, pontes>>.

Em seguida o Santo Padre recordou também que hoje na Itália celebra-se a Jornada do Agradecimento que este ano tem como tema “Alimentar o Planeta. Energia para a vida” com particular referência ao próximo Expo que há de decorrer na cidade de Milaõ em 2015. O Papa Francisco exprimiu a sua aproximação ao mundo da agriculura e encorajou a cultivar a terra de forma sustentável e solidal.

Finalmente o Santo Padre saudou os pelegrinos vindos das diversas partes do mundo, as famílias, grupos paroquiais e associações presentes na Praça de S. Pedro para a celebração do Ângelus e lembrou à todos e todas de continuarem a rezar por Ele e para a sua missão ao serviço da Igreja e da humanidade.
FONTE: RADIO VATICANO

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