sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SEMANA VOCACIONAL 2014 | 17-23 DE AGOSTO



 

SEMANA VOCACIONAL MARISTA 2014



TEXTO-BASE
Somos chamados a quê?

"É para a liberdade que Cristo nos libertou" (Gl 5,1)

1. O que é a Semana Vocacional Marista
 
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1.1. Importância de consolidar a CULTURA VOCACIONAL
Todos falamos da importância de uma CULTURA VOCACIONAL na Igreja em geral, e também no mundo marista. Queremos, com razão, ter em nossas comunidades, unidades educacionais e sociais, em todos os nossos espaços, enfim, um modo de pensar e de agir que seja VOCACIONAL, isto é, que leve em conta que todos temos um espaço a ocupar no mundo, em favor de uma vida mais plena, não apenas para nós, mas para todas as pessoas.

CULTURA VOCACIONAL é um movimento dinâmico, capaz de integrar pessoas, projetos, ações com a intenção de instituir uma sensibilidade no cuidado com o caminho de cada pessoa na direção de ser o melhor que ela pode ser e viver.

Na sociedade contemporânea, cheia de belezas e oportunidades, também há uma confusão gerada pelo individualismo, pela excessiva preocupação na autorrealização, pela perca de sentido mais profundo no viver. É nesse contexto que o apelo para uma CULTURA VOCACIONAL torna-se muito importante para reafirmar, junto aos que estão conosco, que a vida tem um propósito a ser construído. E que esse propósito pode ser descoberto observando, com atenção, a presença amorosa de Deus entre nós.

Não se trata de um passe de mágica nem de uma tarefa simples, feita da noite para o dia. Por isso, insistimos em construir uma "cultura", pois acreditamos que essa sensibilidade de busca pela plenitude e pelo sentido da vida e,



sobretudo, pela realização desse sentido não será fruto de uma ação pontual ou de eventos isolados. É uma cultura, como se constituísse nosso próprio DNA dos nossos grupos e organizações.

Faz parte do ser marista ajudar os que estão conosco, especialmente os jovens, a vislumbrarem essa maravilhosa descoberta: a vida está carregada de sentido.

Quais são os ingredientes que não podem faltar para podermos dizer que temos uma CULTURA VOCACIONAL e como podemos colaborar para que isso aconteça no lugar onde atuamos como maristas?

Em primeiro lugar, não podem faltar as pessoas e o respeito a história de cada qual. O respeito é um dos principais ingredientes. Constituem outros ingredientes muito importantes o cuidado em ajudar cada pessoa na descoberta de seus potenciais, de seu caminho, de sua vocação. Isso se traduz em práticas muito concretas de valorização dos dons pessoais, direcionamento assertivo para quem precisa de uma palavra de apoio e está com muitas dúvidas. Além disso, a CULTURA VOCACIONAL deve gerar um ambiente de sensibilidade espiritual, em que as pessoas se sintam tocadas pelo desejo de ir além de si mesmas, compreendendo que é Deus o grande parceiro nessa jornada.
1.2. Nossa compreensão sobre VOCAÇÃO  


Carregamos conosco uma compreensão de VOCAÇÃO herdada de um tempo em que essa palavra estava associada apenas aos padres e freiras. Entretanto, há muito mais riqueza nessa palavra e devemos aprofundar nossa visão para ampliar nosso modo de entender as coisas. Nossa compreensão, hoje em dia, deve ser mais abrangente, isto é, incluir novos elementos, mais atuais, sobre o que é a VOCAÇÃO HOJE, sem excluir aqueles elementos que aprendemos no passado.

Sem dúvidas, VOCAÇÃO é um projeto. Não é errado dizer que vocação é um projeto de Deus, pois o convite inicial, feito com amor incondicional, parte



sempre e primeiro dEle. Sobre isso, há uma palavra muito interessante do Papa Francisco:
" [Nossa] alegria nasce do sentir-se [Deus] dizer: Você é importante para mim. É isso que Deus nos faz entender. Ao nos chamar, Deus nos diz: Você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama."1


Mas também não é errado dizer que vocação é um projeto humano, nosso, que envolve nosso dia a dia, nossas escolhas, nossos acertos e erros. Dizer isso em nada diminui a iniciativa de Deus. Ao contrário. Se nos colocamos dentro do projeto, é sinal que ele não é simplesmente imposto para nós, mas é resultado de um diálogo amoroso onde Deus é quem "puxa a conversa".

Desse modo, parece mais adequado afirmar que VOCAÇÃO é um projeto em PARCERIA. Na con-VOCAÇÃO feita por Deus, há a pro-VOCAÇÃO que aguarda uma resposta nossa, de cada pessoa.

Outro elemento importante é termos convicção de que esse projeto de PARCERIA está aberto para todas as pessoas de boa vontade. Não é um projeto restrito a alguns poucos privilegiados ou àqueles que já se consideram santos ou heróis. No diálogo com Deus, todos nós podemos participar.

Finalmente, podemos nos perguntar: como poderemos compreender se esse PROJETO de PARCERIA, que chamamos VOCAÇÃO, está no caminho certo? É o que vamos procurar responder agora.
1.2.1. A busca pela plenitude da vida
 

Vocação é, antes de qualquer outra coisa, o desejo que temos de uma vida plena, capaz de nutrir de significado, de sentido, nossa passagem por esse


mundo. É o que revela uma das mais citadas frases de Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham abundantemente" (Jo 10,10).


Buscar por plenitude de vida é nossa primeira vocação exatamente porque a plenitude é a razão pela qual fomos criados amorosamente por Deus.

Se sabemos que vida plena é o grande plano de Deus para nós, também reconhecemos que os caminhos para essa plenitude são muitos e cada pessoa, por ser única, terá que fazer o seu itinerário.

Nossa tarefa de ANIMADORES VOCACIONAIS é ajudar as pessoas que estão conosco a encontrarem as pistas, os sinais que ajudarão nas decisões a serem tomadas na vida. Escolhas e decisões bem tomadas, seguramente, trarão mais plenitude.

Ajuda-nos na reflexão admitir que plenitude não é o mesmo que felicidade a todo custo. Alimentamos, por vezes sem perceber, uma ideia falsa de felicidade, confundindo-a com a obrigação de tudo dar certo na vida, de termos o emprego certo, o dinheiro certo, os amigos certos, entre outras coisas. Se algo disso falta, logo restabelecemos metas e começamos novas buscas, de novo na ilusão de que nossa felicidade somente será possível na conquista disso tudo.

Plenitude, nesse sentido, é maior e mais importante que a felicidade a todo custo, pois inclui possibilidade de acertos e erros, de alegrias e tristezas, de vontades realizadas e outras frustradas.

Essa busca de plenitude é legítima e o seu desejo vem do próprio Deus. Mas plenitude é mais do que simples realização pessoal e individual. A plenitude verdadeira, essa que é o projeto de Deus para nós, é alcançada junto com os companheiros e companheiras de caminho. Dessa forma, o que estamos dizendo é que Vocação não é um projeto solitário. É um projeto solidário, feito a muitas mãos, na companhia de outras pessoas, tanto elas




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