segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ir. James Pinheiro dos Santos

Entrevista com os membros da comissão internacional Irmãos Hoje

02/11/2013: Brasil
A Comissão Internacional Irmãos Hoje se reuniu em Roma, em julho passado. Nessa oportunidade conversamos com alguns de seus membros. Hoje apresentamos a conversa que tivemos com o Ir. James Pinheiro dos Santos, da Província Brasil Centro-Norte.
 
Fala-nos sobre você.
Sou brasileiro, do estado do Maranhão, de uma cidade chamada Balsas. Sou o mais novo de uma família de três filhos. O terceiro Irmão Marista da minha família. Os outros dois que são meus tios são : Ir. Joaci Pinheiro e Ir. Joarês Pinheiro. Vivo a vocação e missão na Província Brasil Centro-Norte desde 1999 quando ingressei no Instituto. Já atuei em algumas frentes de missão, entre elas destaco os Centros Maristas de Juventude e a Animação Vocacional, como coordenador provincial, da qual sou apaixonado e me interesso muito. Atualmente (2013-2015) me pediram o serviço na Superintendência de Organismos Provinciais, área executiva da Província que tem a missão de articular a Comissão de Formação e Vida Religiosa (Formação, Comunidades Religiosas, Jovens Irmãos, Irmãos de Meia Idade, Animadores Comunitários, Casas de Idosos, etc.), Comissão de Patrimônio e Espiritualidade Marista (Centros de Conservação Histórica, etc.) e o Comitê de Pastoral (Animação Vocacional, Evangelização e Laicato). Além dessa missão específica na Província, faço parte do Comitê temático de Vida Religiosa e Laicato na UMBRASIL, da Subcomissão de Irmãos da América e desta Comissão Internacional de Irmãos.
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Para você o que significa ser Irmão hoje?
É ser um neotéfilo (amante da juventude) nos passos de Champagnat, acreditando na possibilidade de um outro mundo possível e de crescimento pessoal e comunitário em todos os âmbitos da vida humana. Ser Irmão hoje significa assumir a causa de Jesus mais radicalmente, sendo presença significativa junto às pessoas, contribuindo para a felicidade das mesmas e sendo testemunho e referência positiva às infâncias, adolescências e juventudes e mostrando que a vocação de Irmão vale a pena ser vivida e assumida no mundo atual.
 
A promoção vocacional é uma tarefa importante para o Instituto? Como deveria ser feita?
A animação Vocacional só pode ser assumida quando somos apaixonados pela nossa própria vocação. Ela é tarefa vital para o Instituto, mas principalmente é uma possibilidade de reencantamento de muitos Irmãos com a vocação, a adesão de Leigos/as com o carisma e missão maristas e a opção de jovens pelo seguimento à Jesus de Nazaré, do jeito de Maria, como Irmãos.
Acredito em uma Animação Vocacional de processos, vivências, adesão, construção do projeto de vida, assumida como prioridade pelo Instituto, Províncias, Distritos, comunidades, Irmãos e Leigos/as. Não podemos deixar de acreditar que há jovens interessados em viver o carisma marista hoje. O que nos falta, às vezes é encantamento e compromisso com essa causa.
Precisamos ter pessoas específicas e liberadas para esse serviço, disponibilizar materiais e recursos para o investimento nesse campo, planejar com cuidado as ações, garantir a processualidade e metodologias adequadas para o acompanhamento, um Itinerário Vocacional adaptado à realidade marista e principalmente pessoas (Irmãos e Leigos/as) para a dinamização e acompanhamento dos/as vocacionados/as.
 
Há quase 200 anos da fundação do Instituto, quais são os desafios para os Irmãos hoje? Ainda têm valor os desafios vividos por Marcelino?
Penso que os grandes desafios para os Irmãos hoje estão no campo da Vida Religiosa e da missão e sua gestão. Como conciliar Vida Religiosa e Gestão à serviço da missão? A Internacionalidade é outro grande desafio que percebo hoje. Somos Irmãos par ao Instituto e não só para uma Província específica. A adesão e o comprometimento com comunidades religiosas vivas e atuantes, com uma Animação Vocacional que envolva as diversas vocações são outros desafios que percebo.
Os desafios vivido por Champagnat são pertinentes e atuais, pois nos desafiam a voltar às nossas origens e perceber o verdadeiro sentido de nosso Instituto: tornar Jesus Cristo conhecido, amado e seguindo por crianças, adolescentes, jovens e adultos.
 
Que experiências particulares vivem os Irmãos na sua região que podem servir como exemplo para o Instituto?
Acredito que a experiência de Animação Vocacional que vivemos em nossa região pode contribuir, na perspectiva de partilha de boas práticas, com o Instituto.
Assumir essa dimensão como prioridade provincial nos últimos dois capítulos, dedicando pessoas, recursos e tempo para esse fim; vislumbrar, propor e fazer acontecer outros projetos vocacionais para a atualidade: acompanhamento virtual, Núcleos Vocacionais conduzidos por leigos/as, sejam do MChFM ou colaboradores, presença em cidades que não conhecem os Irmãos Maristas, formandos desde a primeira etapa contribuindo para a construção de uma cultura vocacional, formação de animadores vocacionais da província e expertise na formação de animadores de outras Congregações são algumas experiências que temos vivido por aqui e que os resultados demonstram que dá certo e que tem que ser assumido por nós.
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