quinta-feira, 28 de março de 2013

Lava-pés: colocar-se a serviço de modo humilde, dos mais humildes

RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta Quinta-Feira Santa, Papa Francisco celebra a Santa Missa da Ceia do Senhor no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo. Esta Missa é caracterizada pelo rito do Lava-pés.

Celebrando no Instituto Penal para Menores, Francisco dá assim continuidade a uma tradição que assumiu quando ainda sacerdote. Em Buenos Aires, Bergoglio costumava celebrar esta Missa em prisões ou casas para pobres e marginalizados.

Para uma reflexão sobre o significado deste gesto, nós contatamos o Bispo responsável pela Pastoral Carcerária, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Mogi das Cruzes, em São Paulo:

A Semana Santa é um momento tão importante na vida da Igreja, um momento tão importante para a vida dos cristãos católicos. É um retiro espiritual, como se costuma dizer. Celebramos os principais mistérios das passagens da vida do Cristo e o mistério da salvação: a paixão, a morte e a ressurreição do Senhor – o tríduo pascal é assim a maior festa litúrgica da Igreja Católica durante o ano.

Na Quinta-feira Santa, o Evangelho traz o texto do Lava-pés, ou seja, no fundo é a Igreja querendo ensinar que quem entendeu o significado da eucaristia deixado por Jesus, memorial da Páscoa, da Nova Aliança, quem celebra a eucaristia tem que se colocar a serviço e a serviço de modo humilde, e a serviço dos humildes e dos pequenos. E aí que entra a proclamação do Evangelho de João, capítulo 13, que é o texto do lava-pés – esta passagem tão bonita de Jesus, que antes de entregar sua vida quis realizar este gesto. Gesto simples, mas ao mesmo tempo tão contundente a ponto de S. Pedro não entender. Ou seja, quem celebra a eucaristia tem que se colocar a serviço, a serviço do mais humilde.

Este ano, a Festa da Páscoa coincide com a chegada de Francisco. Este Papa que nos surpreendeu vindo da América Latina, nos surpreendeu pelo nome que escolheu – é a primeira vez que um Papa se chama Francisco, evocando a figura de S. Francisco de Assim, que mais do que ninguém foi o santo que lavou mesmo os pés: ele foi abraçar o leproso, foi ao encontro dos mais pobres. Então tudo coincide e mais ainda o fato de que o Papa Francisco escolheu lavar os pés de jovens que estão privados da liberdade, em recuperação. Isso será um gesto muito profético. Vamos aprender com tudo isso, vamos aprender com o gesto de Jesus, que se repete na Igreja, e ao qual todos nós, cristãos, somos chamados a realizar e que o Papa Francisco está evidenciando.

E quando se trata da situação dos presos, dentro daquele espírito do Evangelho de Mateus, ‘estive preso e me visitaste’ – quando se fala desta situação, estamos diante da situação social mais grave. Porque uma coisa é socorrermos uma criança indefesa, todos nós gostamos de fazer isso, outra coisa é ir ao encontro daqueles que um dia praticaram atos contra a sociedade e que vivem numa situação muito precária, muito desafiadora.

(BF)

Francisco na Missa do Crisma: “Ser pastor é sentir o cheiro das ovelhas”


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou na manhã desta Quinta-feira Santa, que abre o Tríduo Pascal, a Missa do Crisma na Basílica Vaticana.

Em sua homilia, falou da simbologia dos ungidos, seja na forma, seja no conteúdo. A beleza de tudo o que é litúrgico, explicou, não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e consolado.

“O óleo precioso, que unge a cabeça de Aarão, não se limita a perfumá-lo, mas se espalha e atinge «as periferias». O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres, os presos, os doentes e quantos estão tristes e abandonados. A unção não é para perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-se-ia rançoso... e o coração amargo.”

Para Francisco, o bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo: “Nota-se quando o povo é ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da realidade, quando ilumina as situações extremas, «as periferias» onde o povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua fé”.

Ser sacerdote é estar nesta relação com Deus e com o seu povo, pois assim a graça passa através dele para ser mediador entre Deus e os homens. Esta graça, todavia, precisa ser reavivada, para intuir o desejo do povo de ser ungido e experimentar o seu poder e a sua eficácia redentora: “Nas «periferias» onde não falta sofrimento, há sangue derramado, há cegueira que quer ver, há prisioneiros de tantos patrões maus”.

Não é nas reiteradas introspecções que encontramos o Senhor, adverte o Pontífice, nem mesmo nos cursos de autoajuda. O poder da graça cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós mesmos oferecendo o Evangelho aos outros, para dar a pouca unção que temos àqueles que nada têm.

“O sacerdote que sai pouco de si mesmo, que unge pouco, perde o melhor do nosso povo, aquilo que é capaz de ativar a parte mais profunda do seu coração presbiteral. Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, em vez de serem pastores com o «cheiro das ovelhas», pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens.”

Para enfrentar a crise de identidade sacerdotal, que se soma à crise de civilização, Papa Francisco convida a lançar as redes em nome Daquele em que depositamos a nossa confiança: Jesus.

E conclui: “Amados fiéis, permanecei unidos aos vossos sacerdotes com o afeto e a oração, para que sejam sempre Pastores segundo o coração de Deus. Amados sacerdotes, Deus Pai renove em nós o Espírito de Santidade com que fomos ungidos, o renove no nosso coração
de tal modo que a unção chegue a todos, mesmo nas «periferias» onde o nosso povo fiel mais a aguarda e aprecia”.
(BF)

Páscoa 2013

padre-Brendan200A palavra “páscoa”, do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e do latim “pache” significa passagem. A Páscoa desde os tempos antigos sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes. Estamos em clima de Páscoa e a expressão sugere a “passagem” da misericórdia de Deus pelos caminhos tortuosos do homem. Foi assim quando Moisés, em nome do Altíssimo, conseguiu libertar o povo escravizado de Israel das mãos opressoras dos governantes do Egito. O conceito de Páscoa, que se cristalizou na vida religiosa do Povo de Deus, “passou a um estágio diferente e mais definitivo, no momento em que a inesgotável misericórdia de Deus voltou a passar e, desta vez, com maior intensidade e abrangência, pelas estradas da vida humana em terras da Palestina, para firmar o pacto da Nova Aliança, através de Jesus Cristo, homem-Deus, nascido de Maria”. Domingo da Páscoa é um dia de grande felicidade, porque da tristeza da Semana Santa emerge a alegria da Ressurreição do Senhor. Jesus saiu glorioso de seu sepulcro e agora vive para sempre na Glória do Pai. É a vitória brilhante, completa, que surge quando tudo parecia perdido. É a vida que brotou da morte. A Festa da Ressurreição do Senhor deve ser comemorada por nós com uma profunda renovação da Fé e uma reafirmação da Ressurreição histórica, real e evangélica. O Cristo, por sua morte, libertou o homem de todos os males, que são o resultado do pecado. Quando hoje olhamos nossa pátria ou nossa comunidade onde nos encontramos inseridos, constatamos a existência de muitas injustiças, que são sombras ao ofuscar o brilho do Sepulcro vitorioso. Parece-me que o Cristo não ressuscitou no patrão que não paga o salário justo; no rico que esbanja riqueza quando falta o essencial ao seu próximo; nas pessoas que exploram os pobres em todos os sentidos; nas pessoas que abusam sexualmente menores inocentes, nas pessoas que empregam a violência para alcançar seus fins; nas pessoas que vendem drogas que destroem vidas e transformam lares em verdadeiros infernos; nos políticos e autoridades corruptas; nos administradores da justiça que faltam imparcialidade; enfim, nas pessoas responsáveis que deviam cuidar das vidas a eles confiadas..
Não nos iludamos. A Páscoa do Senhor, tanto no Antigo como no Novo Testamento, não se limite a uma libertação dos males físicos. Seria empobrecer demasiado o conceito da Páscoa. Ele é muito mais amplo. Penetra em nossas consciências, exige compromissos morais, atitudes religiosas, exercício constante da solidariedade e obediência à lei do amor recíproco. A Páscoa é a passagem de Cristo por cada um de nós, por cada família, pela sociedade cearense, para nos libertar do egoísmo que reside dentro de nós e para oxigenar o ambiente externo, contra o desamor e as injustiças. Seria importante nesse momento ressaltar que o desenvolvimento social, com a libertação dos males físicos não deve ocupar o primeiro plano justamente pelo respeito devido à escala evangélica de valores. O Evangelista São Mateus nos orienta aqui quando disse: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6, 33).
O catecismo da Igreja Católica afirma: “A ressurreição de Cristo é princípio e fonte da nossa ressurreição futura”. Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram. Assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida” (l Cor 15, 20-22). Na expectativa desta realização, o Cristo ressuscitado vive nos corações dos seus fiéis” (CIC, 665). Para os cristãos, há sempre a ressurreição como garantia de uma vitória final, a mesma de Cristo. Depois dos sofrimentos da Grande Semana, símbolo de nossas lutas e da vida humana veio à ressurreição. Morto numa cruz e sepultado, Cristo ressuscitou dos mortos verdadeiramente. Sua ressurreição até hoje e para sempre alimenta as esperanças de um mundo melhor e mais humano. A Páscoa é a consciência de que Jesus Cristo está em nós e nós estamos nele, e assim caminhamos, no desejo de construir um mundo melhor e na certeza de que estamos marchando para a casa do Pai.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e Assessor da CNBB Reg. NE1

UMBRASIL

 

Formação para os Conselhos Provinciais

 A União Marista do Brasil/UMBRASIL reuniu, no dia 13 março, os conselheiros provinciais do Brasil Marista para um encontro de formação destinado aos Conselhos Provinciais, em Brasília, com o tema "Chamados a viver a unidade – 'Somos muitos membros, mas formamos um só corpo' (1 Cor 12,12)". Representaram a Província Marista Brasil Centro-Norte, o provincial Ir. Wellington Medeiros e os conselheiros Irmãos Alexandre Lôbo, José de Assis de Brito e José Wagner da Cruz, que tiveram a oportunidade também de apresentar a Província aos participantes.
O objetivo do evento foi dar a conhecer a missão e a dinâmica da UMBRASIL e de suas Associadas, em vista da construção da unidade e da garantia dos fluxos de comunicação, participação e processos decisórios colegiados. A programação incluiu a participação virtual do Irmão João do Prado, diretor do Secretariado da Missão, em Roma, sobre o Bicentenário do Instituto: de Champagnat às novas perspectivas para a missão Marista e o papel dos conselhos provinciais na unidade do Instituto.
O Encontro teve também como convidado Dom Leonardo Steiner, Secretário geral da CNBB, que ministrou a palestra “Chamados a viver a unidade - dimensão bíblica, eclesial, social e vida consagrada”.
O evento foi seguido, nos dias 14 e 15 de março, pela Assembleia Geral Ordinária, com a eleição do Conselho Superior e da diretoria da UMBRASIL, pela apresentação do relatório de atividades, do balanço consolidado do ano 2012, da proposta do Plano de atividades para 2013, além da discussão sobre temas como o Encontro Internacional de Jovens Maristas, a Jornada Mundial da Juventude, Expo católica e V Encontro Marista de Missão e Gestão.

NOSSA PÁSCOA

Os dias da Semana Santa nos oferecem uma boa oportunidade para refletirmos sobre o que sustenta nossa vida, dá sentido a nossa existência e abre perspectivas novas, baseadas numa profunda esperança.

             Qual o sentido da Quinta-Feira Santa? Chama nossa atenção para a humildade, que tem sua expressão mais evidente no serviço, quer dizer, no ato de sermos servidores uns dos outros. O lava-pés não poderá restringir-se a um belo ato litúrgico. Quando Jesus diz “Eu lavei os seus pés, por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros” (J. 13, 14.15), Ele não está querendo instalar uma cerimônia, e sim deseja suscitar, entre os seus discípulos e todos os seus seguidores, uma nova maneira de ser, uma atitude de vida, o jeito de servir, que, por sua vez, vai sustentar a sobrevivência da vida da raça humana e de toda a criação.

            Qual o sentido da Sexta-Feira Santa? Chama nossa atenção para a entrega, a doação, que é o ato sublime do serviço. O serviço, prestado por Jesus à humanidade, mostra sua fidelidade irrestrita ao amor que doa a todo ser humano. Interessante é observar as três Marias (a mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena) que se encontram aos pés da cruz, junto com o discípulo predileto (cf. J. 19, 25-27). Estas quatro pessoas representam todos aqueles que são fiéis a Jesus, até o suplício. E ser fiel a Jesus só pode significar entregar-se ao outro sem restrições. Esta entrega, esta doação é o serviço que vai sustentar a sobrevivência da raça humana e de toda a criação.

            Qual o sentido da Vigília Pascal? Chama nossa atenção para a perspectiva definitiva da vida. Como entender esta vida? Em outro momento, Jesus já se referiu a ela, falando em “vida em abundância” (J. 10, 10). Agora, esta vida em abundância só poderá se realizar, se estivermos dispostos a viver o serviço mútuo como entrega total ao outro e à outra. É desta sobrevivência da qual a raça humana e toda a criação devem ter sede.

Desta forma o círculo fechou: serviço em forma de doação para gerar vida.

 Aqui não se trata de uma pregação de igreja ou de uma ou outra forma de cristianismo, pois esses valores, para os quais Jesus chama a nossa atenção, são universais, atemporais, ultrapassando todos os limites, barreiras, infiltrando todas as culturas e pensamentos que propõem vida. Tratam, portanto, da maneira única da humanidade e de toda a criação garantirem seu futuro, tornando-se respiráveis e sobreviventes.

 Cremos que Páscoa seja isso. É só nesta Páscoa do Serviço e da Doação que a Paz vai invadir nossas vidas e todas as formas de vida em nosso planeta.

 Vivemos, nestes dias pascais, um momento bonito ao percebermos o jeito simples com o qual Papa Francisco se relaciona com as pessoas. Na medida em que está deixando de lado pompas e circunstâncias, ele se aproxima mais do jeito serviçal do qual fala o Evangelho. Embora não tenha participado do Concílio Vaticano II, o Papa Francisco, como cardeal-arcebispo de Buenos Aires, já vivia aquele mesmo espírito tão presente em bispos, como Dom Helder e Dom Fragoso, que passavam a morar em casas humildes, vestiam-se de forma mais simples, usavam transportes populares etc. ., testemunhando a virtude da simplicidade do Evangelho através de sua própria vida. O gesto deles fazia um bem tremendo à Igreja. O jeito de ser do Papa Francisco ajudará também, por certo, a Igreja tornar-se um pouco mais Igreja de Cristo.

Porém, não deixemos de ter a consciência de que a Igreja não se resume no Papa e que ele sozinho não vai conseguir dar outro rosto a ela, pois “uma andorinha só não faz verão”. Assumamos, cada um(a) no seu canto, a nossa responsabilidade, pois mudar a Igreja é um trabalho a ser realizado em mutirão!

 Mas, a esperança está viva e vida nova na Igreja é possível acontecer. A “primavera”, com a qual o Papa João XXIII tanto sonhava, poderá tornar-se realidade por um tempo bastante longo, se Deus quiser!

 Cremos que Páscoa também seja isso: viver a esperança, sempre!

 QUE A PÁSCOA DE TODAS E TODOS ESTEJA REPLETA

DE ESPERANÇA E VIDA!

                 Coordenação do Movimento das Famílias dos Padres Casados  (MFPC)– Ceará,
    Claudete e Geraldo, Rosa e Carlos, Margarida e Aroldo

O PAPA E A PÁSCOA


Dom Demétrio Valentini
Bispo de Jales (SP) e Presidente da Cáritas Brasileira até novembro de 2011
Adital

Quando Bento XVI, às vésperas da quaresma, anunciou sua renúncia, tudo o que a Igreja desejava, era ter um novo Papa para a Páscoa.
E deu certo. Olhados agora os acontecimentos, "a posteriori”, pareceria que tivessem sido agendados de propósito, num calendário com os dias todos disponíveis. Deu não só para ter o novo Papa na Páscoa, mas foi possível celebrar o início do seu pontificado na festa de São José, padroeiro da Igreja, e assim liberar a Semana Santa para as celebrações tradicionais que a ocupam por inteiro.
O pontificado do Papa Francisco encaixou bem na dinâmica litúrgica. A esperança é que encaixe bem no processo histórico vivido hoje pela Igreja.
As grandes celebrações litúrgicas da Semana Santa se constituem em referência exemplar para todas as liturgias ao longo do ano. A celebração da Páscoa, de certa maneira, "formata” todas as outras celebrações do Ano Litúrgico.
O início do pontificado do Papa Francisco teve a feliz coincidência de acontecer na reta final da quaresma, onde as celebrações litúrgicas propiciam um simbolismo fecundo, apontando valores muito importantes, que servem de referência para todo um programa de governo eclesial.
De certa maneira, dá para dizer que o Papa Francisco, nesses seus primeiros dias de Bispo de Roma, escolheu as referências que traçam a linha do seu pontificado. Usou gestos e palavras, que servem de parâmetro, para "formatar” esta linha.
Ele emitiu sua mensagem cifrada. Tentemos decifrá-la, para entender bem seu recado.
Sua jogada estratégica começou pela escolha do nome. Foi sua primeira decisão, depois de ter aceito sua eleição. Isto mostra que desde o seu primeiro momento como novo Bispo de Roma, foi logo traçando um rumo para a missão que acabava de abraçar.
Tendo São Francisco como referência, e como escudo para neutralizar possíveis resistências, foi colecionando gestos e palavras que foram cimentando as primeiras impressões positivas, a respeito de sua pessoa e de suas intenções.
Para sinalizar sua vontade de encontrar grandes consensos com a humanidade de hoje, elegeu a ecologia, como terreno fácil e evidente de coincidências entre as causas da Igreja e as causas da sociedade. Insinuando assim que está disposto a buscar outras convergências, que reaproximem a Igreja das grandes questões que afligem hoje a humanidade, mergulhada em crise profunda, nestes tempos de tantas mudanças.
Para sair da defensiva, diante de acusações que lhe sacam, a Igreja precisa, decididamente, colocar-se a serviço da vida. Com esta postura radical conseguirá sair do sufoco a que foi submetida por problemas internos, que serão superados na medida em que abraçar as grandes causas da humanidade.
Nesta perspectiva, tomam sentido os gestos de simplicidade, de despojamentos, e de bondade, que o Papa Francisco veio fazendo nestes dias, numa evidente intenção de seguir o roteiro vivido pelo Papa João XXIII.
Nesta semelhança com o "papa da bondade”, se entende, por exemplo, sua decisão de celebrar a missa do "lava-pés”, no Instituto Penal para menores Casal Del Marmo. Entre as atitudes que mais popularizaram João XXIII, foi exatamente sua visita aos detentos no presídio de Roma.
Mas João XXIII teve a grande oportunidade de convocar um Concílio, para o qual canalizou as simpatias pessoais que ele tinha angariado, convocando a todos para o grande mutirão em que se constituiu o Concílio.
Qual será o novo mutirão que o Papa Francisco vai desencadear, para justificar as grandes esperanças que ele despertou com sua insistente convocação nestes dias de Semana Santa?
Depois da Páscoa, a Igreja leva sua fé para o cotidiano da vida. Depois dos gestos e das palavras animadoras, o Papa Francisco precisa tomar suas primeiras iniciativas práticas.
Como pediu nossas orações, não lhe faltará nosso apoio para implementar suas decisões.

domingo, 24 de março de 2013

Rede Marista é destaque na pesquisa Marcas de Quem Decide

 Unidades maristas lideram, por mais de um ano, categorias da pesquisaMarcas de Quem Decide, promovida pelo Jornal do Comércio em parceria com a Qualidata.

Os Colégios Maristas foram os mais lembrados na categoria Ensino Médio, com o índice de 12,4%. Também aparecem entre as preferidas, com 12,2%, ocupando o segundo lugar, em um empate técnico.
A PUCRS lidera na lembrança e na preferência, na categoria Ensino Superior Privado. Está ainda entre as cinco marcas mais lembradas e preferidas na categoria Ensino Pós-Graduação. 
 
Cerimônia de premiação
A cerimônia de entrega dos certificados para as empresas líderes ocorreu na no dia 5/3, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael. O Superintendente da Rede de Colégios e Unidades Sociais, Rogério Anele, e o Reitor da PUCRS, Ir. Joaquim Clotet, receberam o certificado.

Marcas líderes receberam certificado na cerimônia de premiação  
 
Os resultados detalhados da pesquisa serão divulgados em caderno especial que circulará no próximo dia 25/3, no Jornal do Comércio.
 
Marcas de Quem Decide
A pesquisa contou com a participação de 590 pessoas, sendo 93% gestores de negócios dos 47 principais municípios gaúchos. Os participantes responderam sobre as suas marcas preferidas e mais lembradas de mais de 100 setores. Os resultados completos da 15ª edição do Marcas de Quem Decide serão publicados num caderno especial, encartado no Jornal do Comércio no dia 25 de março e também no site do Marcas de Quem Decide.

Papa Francisco deve estender mudanças à Cúria

A espontaneidade do papa Francisco nos primeiros dias de pontificado está exigindo uma adaptação rápida do cerimonial, da diplomacia e da segurança do Vaticano a um comportamento informal e imprevisível. As surpresas deverão ser maiores a partir do momento em que ele mexer na estrutura das congregações, comissões, conselhos e outros órgãos menores da Cúria Romana, até agora sem alterações.
A reforma do governo central da Santa Sé é uma reivindicação dos cardeais, manifestada tanto em declarações públicas como nas sessões preparatórias do conclave. É certo que começará pela Secretaria de Estado, presidida pelo cardeal Tarcísio Bertone, que deverá ser substituído.
Ao contrário de Bento XVI, que anunciou a nomeação de novos auxiliares imediatamente após ter sido eleito, em 2005, Francisco preferiu manter interinamente toda a equipe do pontificado anterior, para depois fazer uma reestruturação em bloco. Os atuais prefeitos continuam nos cargos, mas sem saber se serão reaproveitados.
Daí o silêncio de alguns cardeais, enquanto não sai a reforma. O brasileiro João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, crítico da Cúria nas reuniões pré-conclave, foi muito arredio à imprensa antes da eleição de Francisco e continuou discretíssimo depois, sob a alegação de que, nesse momento, era prudente nada falar.
Não se sabe como será a nova equipe de Francisco, mas pode-se imaginar que ele vá inovar, mesmo que convoque auxiliares de diferentes tendências. O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, que foi muito cotado nas apostas para a sucessão de Bento XVI, poderá ser chamado para assumir uma congregação.
Segurança
Os agentes responsáveis pela proteção do pontífice e a polícia italiana, que age em parceria com o esquema da Santa Sé, levaram já alguns sustos, quando o papa argentino fugiu das normas, exigindo deles uma reação improvisada. Por exemplo, na Igreja de Sant'Ana, onde Francisco saiu do ritual para cumprimentar os fiéis, que puderam abraçá-lo e conversar com ele. A segurança ficou aparentemente assustada, porque ainda sente o trauma do atentado sofrido por João Paulo II em 1981, enquanto ele percorria de papamóvel as passarelas da Praça São Pedro.
No plano pastoral, Francisco corresponde aos anseios daqueles que esperavam do conclave a escolha de um pastor. É comovente a decisão do papa de celebrar uma das cerimônias de Quinta-feira Santa lavando os pés de 12 internos, representando os apóstolos, numa casa de detenção de Roma.
Entre tantas novidades e surpresas, não se espere que Francisco altere normas da doutrina moral da Igreja. Questões como aborto, eutanásia, união de homossexuais, uso de contraceptivos e admissão à eucaristia de casais de segunda união continuarão intocáveis. Poderá haver, no entanto, maior elasticidade pastoral no acolhimento de católicos que enfrentam essas situações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 23 de março de 2013


O verdadeiro poder é o serviço: A Igreja do avental, Igreja da ternura

Comentário do Ir. Emili Turú às palavras do Papa Francisco

 
Por que o Papa falou de ternura bem no início de seu pontificado? Não haveria outras questões mais importantes e urgentes? A verdade é que naquele momento me lembrei de outro Papa, o João XXIII, que no dia da inauguração do Concílio Vaticano II, à noite, como se não houvesse outras coisas mais importantes para falar, dirigiu-se às milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro e disse: "Vejam como é linda esta noite de luar: parece que nada é tão maravilhoso como esse espetáculo que nem mesmo a Basílica de S. Pedro, com quatro séculos de história, pôde contemplar. Minha pessoa não conta: sou apenas um irmão falando com vocês... E quando chegarem em casa, vão encontrar seus filhos; acariciem-nos e digam-lhes que é uma carícia do Papa. Vocês talvez vão encontrar alguma lágrima para enxugar; digam: o Papa está conosco, especialmente nos momentos de tristeza e de amargura ... ".
O Papa João e o Papa Francisco lembram-nos que não há nada mais urgente e imprescindível para as mulheres e homens de hoje do que a ternura, essa sensibilidade que permite “proteger a beleza da criação”, e ter respeito para com todos, especialmente as crianças, os idosos, e todas as pessoas mais frágeis e que, frequentemente, vivem na periferia do nosso coração”.
De outro lado, enquanto eu escutava a homilia do Papa, lembrei-me muitas vezes do bispo Tonino Bello (1935-1993), o mesmo que sonhava com “uma Igreja do avental” porque dizia que esse era o único ornamento litúrgico possível de ser atribuído a Jesus: “O Senhor levantou-se, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela: Eis a Igreja do avental". Imaginei Tonino Bello sorrindo, feliz porque seu sonho fora confirmado na Praça de São Pedro por um Papa em pessoa: “O verdadeiro poder é o serviço... serviço humilde, concreto e rico de fé”.
Igreja do avental, Igreja da ternura. Milhares de pessoas em todo o mundo sentiram, de maneira intuitiva, ainda que não pudessem explicar muito bem, que esse é o caminho. Nosso coração confirma isso.
Queira Deus sejamos capazes de estar à altura desses belos ideais que nosso irmão Francisco foi capaz de despertar de novo em nosso coração.
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Ir. Emili Turú, Superior Geral
www.zenit.org, 20 de março de 2013
Entrevista com o Ir. Emili sobre o Papa, em espanhol - religiondigital


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A SEMANA SANTA

A Igreja propõe aos cristãos os sagrados mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus, tornado Homem, para no martírio da Cruz e na vitória sobre a morte, oferecer a todos os homens a graça da salvação.

Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos dá início à Semana Santa e lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, aclamado pelos judeus.A Igreja recorda os louvores da multidão cobrindo os caminhos para a passagem de Jesus, com ramos e matos proclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”. (Lc 19, 38; Mt 21, 9). Com esse gesto, portando ramos durante a procissão, os cristãos de hoje manifestam sua fé em Jesus como Rei e Senhor.
Quinta-feira Santa
Celebramos a Instituição do Sacramento da Eucaristia. Jesus, desejoso de deixar aos homens um sinal da sua presença antes de morrer, instituiu a eucaristia. Na Quinta-feira Santa, destacamos dois grandes acontecimentos:
Bênção dos Santos Óleos
Não se sabe com precisão, como e quando teve início a bênção conjunta dos três óleos litúrgicos. Fora de Roma, esta bênção acontecia em outros dias, como no Domingo de Ramos ou no Sábado de Aleluia. O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser este último dia em que se celebra a missa antes da Vigília Pascal. São abençoados os seguintes óleos:
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma), quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como “extrema unção”. Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.
Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés
Com a Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde de quinta-feira, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e comemora a Última Ceia, na qual Jesus Cristo, na noite em que vai ser entregue, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os Apóstolos para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer aos seus sucessores. Nesta missa faz-se, portanto, a memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Durante a missa ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.O sermão desta missa é conhecido como sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus Cristo. No final da Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento ao altar-mor da igreja para uma capela, onde se tem o costume de fazer a adoração do Santíssimo durante toda a noite.
Sexta-feira Santa
Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.
Sábado Santo
No Sábado Santo ou Sábado de Aleluia, a principal celebração é a “Vigília Pascal”.
Vigília Pascal
Inicia-se na noite do Sábado Santo em memória da noite santa da ressurreição gloriosa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É a chamada “a mãe de todas as santas vigílias”, porque a Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a história da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia eucarística.
Domingo de Páscoa
A palavra “páscoa” vem do hebreu “Peseach” e significa “passagem”. Era vivamente comemorada pelos judeus do Antigo Testamento. A Páscoa que eles comemoram é a passagem do mar Vermelho, que ocorreu muitos anos antes de Cristo, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, onde era escravo. Chegando às margens do Mar Vermelho, os judeus, perseguidos pelos exércitos do faraó teriam de atravessá-lo às pressas. Guiado por Deus, Moisés levantou seu bastão e as ondas se abriram, formando duas paredes de água, que ladeavam um corredor enxuto, por onde o povo passou. Jesus também festejava a Páscoa. Foi o que Ele fez ao cear com seus discípulos. Condenado à morte na cruz e sepultado, ressuscitou três dias após, num domingo, logo depois da Páscoa judaica. A ressurreição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus. O temor dos discípulos em razão da morte de Jesus, na Sexta-Feira, transforma-se em esperança e júbilo. É a partir deste momento que eles adquirem força para continuar anunciando a mensagem do Senhor. São celebradas missas festivas durante todo o domingo.
A data da Páscoa
A fixação das festas móveis decorre do cálculo que estabelece o Domingo da Páscoa de cada ano. A Páscoa deve ser celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que segue o equinócio da primavera, no Hemisfério Norte (21 de março). Se esse dia ocorrer depois do dia 21 de abril, a Páscoa será celebrada no domingo anterior. Se, porém, a lua cheia acontecer no dia 21 de março, sendo domingo, será celebrada dia 25 de abril. A Páscoa não acontecerá nem antes de 22 de março, nem depois de 25 de abril. Conhecendo-se a data da Páscoa, conheceremos a das outras festas móveis. Domingo de Carnaval - 49 dias antes da Páscoa. Quarta-feira de Cinzas - 46 dias antes da Páscoa. Domingo de Ramos - 7 dias antes da Páscoa. Domingo do Espírito Santo - 49 dias depois.Corpus Christi - 60 dias depois.
Símbolos da Páscoa
Cordeiro: O cordeiro era sacrificado no templo, no primeiro dia da páscoa, como memorial da libertação do Egito, na qual o sangue do cordeiro foi o sinal que livrou os seus primogênitos. Este cordeiro era degolado no templo. Os sacerdotes derramavam seu sangue junto ao altar e a carne era comida na ceia pascal. Aquele cordeiro prefigurava a Cristo, ao qual Paulo chama “nossa páscoa” (1Cor 5, 7).
João Batista, quando está junto ao Rio Jordão em companhia de alguns discípulos e vê Jesus passando, aponta-o em dois dias consecutivos dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jô 1, 29 e 36).Isaías o tinha visto também como cordeiro sacrificado por nossos pecados ( Is 53, 7-12). Também o Apocalipse apresenta Cristo como cordeiro sacrificado, agora vivo e glorioso no céu. ( Ap 5,6.12; 13, 8).
Pão e vinho: Na ceia do Senhor, Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos para celebrar a vida eterna.
Cruz: A cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.
Círio Pascal: É uma grande vela que é acesa no fogo novo, no Sábado Santo, logo no início da celebração da Vigília Pascal. Assim como o fogo destrói as trevas, a luz que é Jesus Cristo afugenta toda a treva do erro, da morte, do pecado. É o símbolo de Jesus ressuscitado, a luz dos povos. Após a bênção do fogo acende-se, nele, o Círio. Faz-se a inscrição dos algarismos do ano em curso; depois cravam-se cinco grãos de incenso que lembram as cinco chagas de Jesus, e as letras “alfa” e “ômega”, primeira e última letra do alfabeto grego, que significam o princípio e o fim de todas as coisas.
Ir. Ili Alves
Coordenadora diocesana da Catequese da Diocese de Palmas -Francisco Beltrão
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Semana Santa na Catedral Metropolitana de Fortaleza


semana-santa-2011-2012-2013-2014-Dia 24 de março – Domingo de Ramos, às 7h, Bênção dos Ramos e Procissão. Saída da Paróquia de Cristo Rei, na Aldeota até a Catedral Metropolitana terminando com Missa Solene, às 8h30min, presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza.
Dia 28 de março – Quinta – Feira às 8h, Missa da Unidade e Bênção dos Santos Óleos,. Ás 18h30min, Missa da Ceia do Senhor – Lava-Pés, presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza.
Dia 29 de março – Sexta – Feira às 9h, Celebração das Horas. Ás 15h Celebração da Paixão e Morte do Senhor, presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza.
Dia 30 de março – Sábado às 9h, Celebração das Horas. Ás 20h, Solene Vigília Pascal, presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza.
Dia 31 de março – Domingo da Ressurreição às 18h30min, Missa Solene, presidida por Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza seguida de Procissão.
Os dias e horários das Confissões na Catedral durante a Semana Santa são:
Terça e Quarta-Feira – das 10h30min às 12h e das 15h30min às 17h. Nestes dias missa às 12h.
Sexta-feira – dia todo de confissões.
Informações pelo telefone (85) 3231 4196, na Secretaria da Catedral.

Papa “abraça o mundo” e convida a lutar juntos contra a pobreza e em prol da paz


papafco“O abraço do Papa ao mundo”: assim Francisco definiu a audiência esta manhã, na Sala Regia, no Vaticano, ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé.
“Por vosso intermédio, encontro os vossos povos e deste modo posso, em certa medida, alcançar cada um dos vossos concidadãos com suas alegrias, dramas, expectativas e desejos” – disse o papa no início do seu discurso, recordando a preocupação primordial da Santa Sé, isto é, o bem de todo o homem que vive nesta terra.
Nessa missão, afirmou o Pontífice, é bom poder contar com a amizade dos países acreditados, fazendo votos de que se inicie também um caminho com os poucos países que ainda não têm relações diplomáticas com a Santa Sé.
Como em outras ocasiões, o Papa voltou a falar dos motivos que o levaram escolher o nome Francisco: um dos primeiros é o amor que Francisco tinha pelos pobres.
“Ainda há tantos pobres no mundo! E tanto sofrimento passam estas pessoas! A exemplo de Francisco de Assis, a Igreja tem procurado, sempre e em todos os cantos da terra, cuidar e defender quem passa indigência e penso que podereis constatar, em muitos dos vossos países, a obra generosa dos cristãos que, deste modo, trabalham para construir sociedades mais humanas e mais justas.”
Mas há ainda outra pobreza, advertiu Francisco, que é a pobreza espiritual, que afeta gravemente os países considerados mais ricos. É aquilo que Bento XVI chama de “ditadura do relativismo”, que deixa cada um como medida de si mesmo, colocando em perigo a convivência entre os homens.
“E assim chego à segunda razão do meu nome. Francisco de Assis diz-nos: trabalhai por edificar a paz. Mas, sem a verdade, não há verdadeira paz. Não pode haver verdadeira paz, se cada um é a medida de si mesmo, se cada um pode reivindicar sempre e só os direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros, do bem de todos, a começar da natureza comum a todos os seres humanos nesta terra.”
Ser Pontífice, explicou, é servir de ponte entre Deus e os homens, fazendo votos de que o diálogo entre a Santa Sé e os países ajude a construir pontes entre todos os homens, de tal modo que cada um possa encontrar no outro não um inimigo nem um concorrente, mas um irmão que se deve acolher e abraçar. Além disso, acrescentou, suas próprias origens impelem-no a trabalhar para construir pontes: “Como sabeis, a minha família é de origem italiana; e assim está sempre vivo em mim este diálogo entre lugares e culturas distantes”.
Neste trabalho, o Papa considera fundamental o papel da religião, já que não se podem construir pontes entre os homens esquecendo Deus; e vice-versa. “Por isso, é importante intensificar o diálogo entre as diversas religiões”, citando de modo especial o diálogo com o Islã e com os que não creem.
Lutar contra a pobreza, tanto material como espiritual, edificar a paz e construir pontes: este é o caminho para o qual Papa Francisco convida cada país. “Um caminho que será difícil, se não aprendermos a amar cada vez mais esta nossa terra. Também neste caso, me serve de inspiração o nome de Francisco: ele ensina-nos um respeito profundo por toda a criação, ensina-nos a guardar este nosso meio ambiente, que muitas vezes não usamos para o bem, mas desfrutamos com avidez e prejudicando um ao outro.” (BF)
Por Cidade do Vaticano (RV)

quarta-feira, 20 de março de 2013

“Como gostaria uma Igreja pobre, para os pobres”


papacomjornalista









“Como gostaria uma Igreja pobre, para os pobres” – exclamou esta manhã Papa Francisco, quase no final das palavras que dirigiu aos jornalistas, explicando a escolha do seu nome. Inspirado pelo pedido que lhe dirigiu o cardeal Hummes logo que tinha sido eleito: “Não esqueças os pobres!”.
Com palavras e num tom de grande cordialidade, Papa Francisco, referindo a dificuldade de fazer a cobertura mediática de factos que dizem respeito à Igreja – uma realidade que só à luz da fé se pode captar, observou: “A Igreja, embora sendo uma instituição humana, histórica, com tudo o que isso comporta, não tem uma natureza política, mas essencialmente espiritual – o santo Povo de Deus, que caminha ao encontro de Jesus Cristo”.
“Só colocando-se nesta perspetiva é que se pode referir plenamente aquilo que a Igreja Católica realiza” – prosseguiu o Papa. “É Cristo o Pastor da Igreja.”.
“É Cristo o centro, não o sucessor de Pedro. Cristo é a referência fundamental, o coração da Igreja”
Papa Francisco exprimiu todo o reconhecimento da Igreja pela atividade dos homens da comunicação que – disse – têm “a capacidade de recolher e exprimir as expectativas e as exigências do nosso tempo, de oferecer os elementos para uma leitura da realidade”.
A concluir, Papa Francisco – em palavras improvisadas, explicou a razão da escolha do nome, contando que – no conclave, estava ao seu lado o cardeal Hummes, arcebispo emérito de São Paulo – “um grande amigo, um grande amigo!” – que o ia confortando “quando a coisa se tornava um pouco perigosa” (e se entrevia o risco próximo de ser eleito). Quando se superaram os dois terços (contou o Papa), houve um aplauso, o cardeal Hummes abraçou-me e disse-me: “Não te esqueças dos pobres. E aquela palavra entrou aqui: os pobres, os pobres. E logo pensei em Francisco”…
“Francisco é o homem da paz. E assim veio o nome, no meu coração: Francisco de Assis. O homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e defende a Criação… É o homem que nos dá este espírito de paz, o homem pobre…
Ah, como quereria uma Igreja pobre e para os pobres!” Comovente também o momento dos cumprimentos, em que Papa Francisco não hesitou em abraçar e deixar-se abraçar pelos jornalistas, homens e mulheres, seus conhecidos e amigos. Ou quando, por exemplo, acariciou o cão que acompanhava um invisual, também ele jornalista que o cumprimentava…
No final, quando tudo estava praticamente concluído, foi-lhe recordado que faltava ainda a bênção de rito. Com grande espontaneidade, exprimindo-se em espanhol, Papa Francisco observou que muitos dos presentes não pertencem à Igreja Católica e que outros nem crentes são. Por isso…
“De coração dou esta bênção, no silêncio, a cada um de vós, respeitando a consciência de cada um, mas sabendo que cada um de vós é filho de Deus”. Que Deus vos abençoe!” (aplausos)
O encontro decorreu na ampla sala das Audiências, começando mesmo um pouco antes das 11h. O costume de conceder no início do pontificado uma audiência aos profissionais da informação remonta a João Paulo II. Também Bento XVI concedeu uma audiência semelhante, a 23 de abril de 2005, cinco dias após a sua eleição.
A Santa Sé revelou ter recebido mais de 5500 pedidos de acreditação para o acompanhamento do Conclave, a que se somam cerca de 600 profissionais com acreditações permanentes.