“A
Semana Santa é um bom momento para confessar e retomar o caminho certo”, disse o
papa Francisco no twitter, ontem, dia 14. Como proposta para viver a Semana
Santa que celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus, o papa Francisco
convidou os fiéis a um exame de consciência. Na missa do Domingo de Ramos, 13, e
procissão na Praça de São Pedro, o papa deixou de fazer a homilia e propôs
momento de reflexão sobre a passagem bíblica que retrata a Paixão de Cristo.
O papa sugeriu alguns caminhos para a Semana
Santa e disse ser preciso questionar qual postura se deve assumir diante do
Senhor. “Quem sou eu, diante de Jesus que sofre? Ouvimos muitos nomes. O grupo
de líderes, alguns sacerdotes, alguns fariseus, alguns mestres da lei que tinham
decidido matá-lo. Eles estavam esperando a oportunidade para prendê-lo”,
disse.
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Francisco falou sobre a atitude de Judas, que é
retratado na Bíblia como o traidor. “Eu sou como Judas, que finge amar e beija o
Mestre para entregá-lo, para traí-lo? Eu sou um traidor? Eu sou como os líderes
que, com pressa, fazem o tribunal e procuram falsos testemunhos: Eu sou como
eles? E quando eu faço essas coisas, se eu as faço, acredito que com isso salvo
o povo?”, acrescentou.
Onde está meu coração?
O papa continuou com as suas perguntas em meio a
uma Praça silenciosa e reflexiva. “Eu sou como Pilatos que, quando vejo que a
situação está difícil, eu lavo as minhas mãos e não sei assumir a minha
responsabilidade e deixo condenar – ou condeno eu – as pessoas? Eu sou como
aquela multidão que não sabia bem se se encontrava em uma reunião religiosa, ou
num processo ou em um circo, e escolhe Barrabás? Para eles é a mesma coisa: era
mais divertido humilhar Jesus”, afirmou.
O papa falou, ainda, do comportamento de José e
de Maria que acompanharam o paixão de Jesus. “Eu sou como José, o discípulo
escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para sepultá-lo? Eu sou como
essas duas Marias que permanecem na porta do sepulcro, chorando, rezando? Eu sou
como esses líderes que no dia seguinte foram a Pilatos para dizer: ‘Mas, olha
ele dizia que iria ressuscitar; que não seja mais um engano’, e bloqueiam a
vida, bloqueando o sepulcro para defender a doutrina, para que a vida não venha
para fora? Onde está meu coração?”, questionou.
Ao concluir a reflexão, o papa Francisco pediu
aos fiéis para que verificam com qual dos personagens cada um se identifica,
propondo que esse questionamento seja vivido durante a Semana Santa.
Fonte: CNBB/Rádio Vaticana – Fotos: Divulgação
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