sábado, 29 de junho de 2013

Continuamos “Formando bons cristãos e virtuosos cidadãos”

75 Anos do Colégio Champagnat de Bogotá


25/06/2013: Colômbia
No dia 8 de junho, sábado, os Irmãos do Conselho Provincial, ex-alunos, estudantes de diversos níveis, muitos pais de família, ex-professores do Colégio, os atuais colaboradores, presididos pela Direção da escola e um grande número de pessoas estiveram presentes, apoiando o trabalho do Colégio Champagnat de Bogotá em seus 75 anos, comemorando com uma Celebração Eucarística solene presidida pelo ex-aluno Monsenhor  Luis Madrid Merlano, Arcebispo de Nueva Pamplona (Norte de Santander), celebrada pelo Padre José Leonardo Rincón, Presidente Nacional de CONACED (Confederação Nacional Católica de Educação), o Padre Arturo Silva, presidente de CONACED (Federação de Bogotá- Cundinamarca), o padre Juan José Gómez, diretor do Colégio Agostiniano de Salitre e os capelães do Colégio, Padres Gilberto Suárez e Alfredo de la Cruz.
Agradecemos, em primeiro lugar, a Jesus Cristo, à Nossa Boa Mãe, a Virgem Maria, e a Marcelino Champagnat que, ao fundar a nossa comunidade, deixou a ela a missão de dedicar  “Tudo a Jesus por Maria; tudo a Maria para Jesus", mas também a todos que, de diversas maneiras, estiveram presentes nesta instituição durante esses 75 anos.
Continuamos “Formando bons cristãos e virtuosos cidadãos”, como desejou São Marcelino Champagnat.
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Celebração Eucarística dos 75 anos do Colégio Champagnat de Bogotá, no Auditório San Agustín do Colégio Agostiniano da Cidade Salitre, 8 de junho de 2013
Sessão  Solene dos 75 anos do Colégio Champagnat de Bogotá - 08/06/2013


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AVIVAR BRASAS ARDENTES

Fogueira na fronteira

29/06/2013: Costa Rica
Minha saudação cordial, amigos da família marista, aqui de Los Chiles, Costa Rica. Hoje abrimos as janelas de nossa comunidade para respirarmos juntos os ares festivos da presença de Marcelino nesta fronteira TICA-NICA (costariquenha-nicaraguense), com nossas mãos, ideais e corações que ardem quando se aproximam das “brasas ardentes”, nas palavras do nosso Superior Geral, Ir. Emili Turú.
Marcelino não é apenas o santo vestido com roupa caseira e chinelo. Neste ano compramos para ele sapatos novos e o levamos a passear pela cidade apresentando-o à comunidade paroquial.
No dia 8 de junho, às 7h00, os três frades franciscanos da paróquia concelebraram uma bela Eucaristia em honra ao nosso Fundador, acompanhada por numeroso público e muitas crianças da catequese. 
Tudo na celebração foi marista: canções, preces, ofertas e homilia, apresentada pelo Ir. Efraín Romo, cuja resposta da comunidade paroquial foi um caloroso aplauso de aprovação e vibração.
As Constituições, as violetas, a imagem da Boa Mãe, o Pão e o Vinho, bem como os desenhos da vida de São Marcelino feitos pelas crianças foram símbolos maristas apresentados no altar.
Um gesto inovador foi o momento em que todas as crianças presentes encaminharam-se ao altar e rodearam o quadro GRANDE AMIGO DAS CRIANÇAS E JOVENS. O celebrante invocou a bênção do santo para todas elas. O homenageado, por meio de nossas mãos, entregou a cada criança um saquinho de doces, o que provocou muita alegria, a julgar pelos sorrisos e pela rapidez com que voltaram aos seus lugares com sua recompensa. O Ir. Teódulo confeccionou um marcador de páginas  com um perfil bem simples de Marcelino, tirado das cartas pessoais do Fundador, entregue ao final da Eucaristia. O objetivo foi o de tornar o Fundador mais conhecido, pois em muitos lugares isso nem sempre acontece, talvez por serem áreas de fronteira. Quem sabe a fogueira se transforme em “brasa ardente” nesta e em outras fronteiras.
Ao final da missa, foi oferecido um lanche a todos os presentes. A chef  foi generosa e criativa, estando à altura da festa.
O espírito marista e a fraternidade sem dúvida ficaram muito evidentes, produzindo um sabor doce e de bom gosto: Tudo esteve muito bonito... No próximo ano não vou perder! ... Como esta celebração me tocou!... Muito obrigado, Irmãos... Estas foram algumas das expressões dos participantes.
Obrigado, Senhor, pois também em todos os recantos do mundo e através de teu humilde servo, Marcelino Champagnat, nos ajudas a continuar caminhando rumo a novas terras.
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Ir. Teódulo Hernando
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PEDRO E PAULO

Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo



RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) - A Liturgia reúne em uma única celebração os dois grandes apóstolos: Pedro, o escolhido para conduzir a Igreja e confirmar seus irmãos na fé e Paulo, o eleito por Deus, para ser o Evangelizador, aquele que com suas cartas e suas pregações refletiu e ensinou de modo profundo e singular as palavras do Mestre.

A primeira leitura extraída dos Atos dos Apóstolos nos fala da perseguição perpetrada por Herodes Agripa aprisionando Pedro, após perceber a satisfação dos judeus ao verem Tiago, irmão de João Evangelista, ser morto à espada.
A Igreja, sem parar, rezou por seu Pastor e Deus a ouviu enviando um anjo para libertar Pedro.

Na segunda leitura, temos a despedida de Paulo onde ele diz já ter sido oferecido em libação, isto é, já está pronto para o sacrifício. Paulo conheceu, durante sua vida, após a conversão, o que é perseguição, fome, açoites, naufrágios, humilhações; tudo isso por amor a Jesus Cristo.

Finalmente, no Evangelho de hoje vemos os discípulos responderem à pergunta de Jesus sobre quem é ele, relatando diversas opiniões. Uma delas tem origem em Herodes Antipas, aquele que mandou degolar João Batista. Ele crê que Jesus é o Batista redivivo. Para outros, o Senhor é algum dos Profetas. Em um segundo momento o Senhor quer saber a opinião de seus discípulos, daqueles que o acompanham pelo menos há alguns anos. Pedro assume a liderança e iluminado pelo Espírito Santo responde que Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo! 

Esse mesmo Espírito faz Pedro entender que nas ações de Jesus está a instauração da nova sociedade. Ao mesmo tempo, Jesus entende que foi o Pai quem revelou sua identidade a Pedro e o investe de autoridade para poder cumprir sua missão de confirmar seus irmãos na fé.

Portanto, a entrega de nossa vida ao Pai, deverá ser como a dos Apóstolos. Entrega radical, plena, sem guardarmos nada para nós, mas visando apenas o interesse do Reino de Deus.

Muitas vezes nos fixamos na grandeza e na beleza de ser papa, de ser bispo ou simplesmente ser um sacerdote, mas junto a todas essas missões, encontramos o lado da renúncia, da abnegação de si mesmo e a aceitação de abraçar a cruz quando se fizer necessário.

Será exatamente nessa ocasião que o missionário, o apóstolo precisará das orações da Igreja, não tanto para libertá-lo da dor e da morte, mas para torná-lo forte e firme na fé e dar o testemunho como Deus deseja.

Mas ao falarmos em testemunhar a fé em Deus, é bom deixar claro que essa ocasião não é somente no martírio explícito, mas cotidianamente o missionário, o apóstolo é chamado a demonstrar por atos que crê em Deus. Por isso, rezar sempre pelos nossos pastores, por aqueles que gastam sua vida em nos confirmar na fé, é imperioso!

Celebrar São Pedro e São Paulo não será apenas louvar essas duas colunas da fé, mas rezar mais por aqueles que os sucedem na missão de governar a Igreja e propagar o Evangelho, além de ter por eles um carinho especial.
(CAS)



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PAPA FRANCISCO

Papa e bispos devem crescer em colegialidade, afirma Francisco na imposição do pálio



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã deste sábado à Santa Missa na Basílica Vaticana, por ocasião da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo (no Brasil será celebrada neste domingo, 30), padroeiros da Igreja de Roma.

A cerimônia teve início com o rito da imposição do pálio, símbolo de comunhão com o Bispo de Roma, a 34 novos Arcebispos metropolitanos, entre os quais três brasileiros: Dom Antônio Carlos Altieri, da Arquidiocese de Passo Fundo (RS), Dom Sérgio Eduardo Castriani, Arcebispo de Manaus (AM), e Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP).

A presença de Bispos de todo o mundo, disse o Papa em sua homilia, torna esta festa ainda mais jubilosa, pois constitui uma enorme riqueza que faz reviver, de certa forma, o evento de Pentecostes: “Hoje, como então, a fé da Igreja fala em todas as línguas e quer unir os povos numa só família”.

O Pontífice desenvolveu três pensamentos sobre o ministério petrino, guiados pelo verbo “confirmar”. Em primeiro lugar, confirmar na fé. O Evangelho fala da confissão de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”, uma confissão que não nasce dele, mas do Pai celeste. É por causa desta confissão que Jesus diz: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. “O papel, o serviço eclesial de Pedro tem o seu fundamento na confissão de fé em Jesus, o Filho de Deus vivo, tornada possível por uma graça recebida do Alto”, explicou Francisco, que todavia advertiu para o perigo de pensar de forma mundana. 

“Quando deixamos prevalecer os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, a lógica do poder humano e não nos deixamos instruir e guiar pela fé, por Deus, tornamo-nos pedra de tropeço. A fé em Cristo é a luz da nossa vida de cristãos e de ministros na Igreja!”

Em segundo lugar, o Bispo de Roma é chamado a confirmar no amor. Na segunda leitura, São Paulo diz: “Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel”. O combate ao qual o Apóstolo se refere não é o das armas humanas, “que infelizmente ainda ensanguenta o mundo”, mas o combate do martírio. 

“São Paulo tem uma única arma: a mensagem de Cristo e o dom de toda a sua vida por Ele e pelos outros. (...) O Bispo de Roma é chamado a viver e confirmar neste amor por Cristo e por todos, sem distinção, limite ou barreira. E não só o Bispo de Roma: todos vocês, novos arcebispos e bispos, têm a mesma tarefa: deixar-se consumar pelo Evangelho. A tarefa de não se poupar, sair de si a serviço do santo povo fiel de Deus.”

Por fim, o Sucessor de Pedro deve confirmar na unidade. Francisco se dirigiu diretamente aos Arcebispos para falar que a presença deles nesta cerimônia é o sinal de que a comunhão da Igreja não significa uniformidade e não só, é preciso reforçar a colegialidade: “Devemos caminhar por esta estrada da sinodalidade, crescer em harmonia com o serviço do primado”. 

Na Igreja, disse o Papa, a variedade sempre se funde na harmonia da unidade, como um grande mosaico onde todos os ladrilhos concorrem para formar o único grande desígnio de Deus. “E isto deve impelir a superar sempre todo o conflito que possa ferir o corpo da Igreja. Unidos nas diferenças. Não há outra estrada católica para nos unir. Este é o espírito católico, este é o espírito cristão: unir-se nas diferenças. Este é o caminho de Jesus!” 

Como é tradição desde 1969, uma delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla participou da celebração – presença que é retribuída por ocasião da Festa de Santo André, em 30 de novembro.

(BF)



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PAPA FRANCISCO

O Papa Francisco não quer bispos príncipes



Juiz de Fora (RV) - Fiquei encantado com a alocução do Santo Padre Francisco aos cento e cinqüenta núncios apostólicos da Igreja Católica em todo o mundo quando ele disse com uma luminosidade de um enamorado por Nosso Senhor Jesus Cristo: que em primeiro lugar, que sejam próximos ao povo, pacientes e misericordiosos. Que amem a pobreza interior, entendida como liberdade para o Senhor, e exterior, feita de simplicidade e austeridade de vida. Que não ambicionem o episcopado nem tenham uma psicologia de “príncipes”. Enfim, que sejam capazes de conduzir, guiar e cuidar do seu rebanho.
O Papa Francisco advertiu aos Núncios Apostólicos contra o perigo, também para os homens da Igreja, daquilo que De Lubac designava como “mundanidade espiritual”: ceder ao espírito do mundo, que leva a agir para a própria realização e não para a glória de Deus – uma espécie (disse) de “burguesia do espírito e da vida” que leva a conformar-se, a procurar uma vida cômoda e tranqüila”. 
O Papa Francisco, recordando o clássico “Diário da Alma”, do Beato João XXIII, que afirmava ter compreendido cada vez melhor que, para bem realizar a sua missão (de representante pontifício) tinha que se concentrar no essencial – Cristo e o Evangelho, caso contrário corre-se o risco de cair no ridículo uma missão santa.“São palavras fortes, mas verdadeiras: ceder ao espírito mundano expõe - sobretudo a nós, Pastores – ao ridículo: poderemos porventura receber aplausos, mas esses mesmos que pareçam aprovar-vos, criticar-vos-ão depois, pelas costas”. 
Os Núncios Apostólicos devem ser bispos e não diplomatas apenas, por isso que Papa Francisco insistiu em sublinhar que os representantes pontifícios são todos Pastores: “Somos Pastores” Isto, nunca podemos esquecê-lo. Vós, caros Representantes pontifícios, sois presença de Cristo, sois presença sacerdotal, de Pastores… sois Pastores que servem a Igreja, com a função de encorajar, de serdes ministros de comunhão, e também com a tarefa, nem sempre fácil, de corrigir. Fazei sempre tudo com profundo amor… Procurai sempre o bem, o bem de todos, o bem da Igreja e de cada pessoa”. Na parte final da sua alocução aos Núncios Apostólicos, o Papa Francisco referiu “um dos pontos mais importantes do seu serviço: a colaboração para as nomeações episcopais, indicando alguns critérios a ter em conta nessa “delicada tarefa”.
Há muito tempo tenho advertido acerca das promoções dos bispos para arcebispos, em critérios muitas vezes mais de carreiristas do que de homens que cheiram o cheiro do povo. O Papa Francisco quer pastores que sejam pastores, que conheçam as suas ovelhas: “que os candidatos sejam Pastores próximos das pessoas (este é o primeiro requisito), pais e irmãos, sejam mansos, pacientes, misericordiosos; amem a pobreza - interior, como liberdade para o Senhor, e também exterior, como simplicidade e austeridade de vida, que não tenham uma psicologia de “príncipes”. “Sede atentos a que não sejam ambiciosos, que não procurem o episcopado” – insistiu o Papa, acrescentando ainda: “que sejam esposos de uma Igreja, sem passarem o tempo à procura de outra”. Finalmente, os Pastores “saibam ir à frente do rebanho a indicar o caminho, no meio do rebanho para o manter unido, e atrás do rebanho para evitar que alguém fique para trás e para que o rebanho aprenda a encontrar o caminho. Um bom candidato a bispo é precisamente alguém que não se esforça por chegar a essa posição, considera o Papa Francisco.
O Papa Francisco explicou que um bispo tem a Igreja por esposa e não anda constantemente à procura de outra, em claro carreirismo, como que em cinco anos em cada lugar, pulando de galho em galho. Por isso, o Papa Francisco descreveu um bom candidato a bispo como sendo “manso, paciente, próximo das pessoas” e desprovido de qualquer “psicologia de príncipe”, de pessoa que quer ser apenas o maior, o que manda, o que aparece nas mídias sociais e se esquecem das suas ovelhas.
Os bispos não são expressão de uma estrutura, nem de uma necessidade organizativa. O Papa Francisco alertou para a falta de vigilância, porque até mesmo um grande amor, quando não é alimentado, seca e morre: “A falta de vigilância torna o pastor morno, distraído, esquecido e até indiferente; seduz-se com a perspectiva da carreira, com a lisonja do dinheiro e os compromissos com o espírito deste mundo; fica preguiçoso, transforma-se num funcionário, num clérigo de Estado, mais preocupado consigo, com a organização e a estrutura do que com o verdadeiro bem do povo de Deus”, sublinhou o Papa. 
O Santo Padre Francisco traçou para os bispos o perfil do autêntico pastor: "Ser pastor significa dispor-se a caminhar no meio e atrás do rebanho; ser capaz de ouvir a história silenciosa de quem sofre e de apoiar o passo de quem receia não ser capaz; é estar atento para ajudar a levantar, a serenar e incutir esperança, a pôr de lado toda a espécie de preconceito e inclinar-se sobre todos quantos o Senhor confiou à nossa solicitude." O Papa disse ainda que o bispo deve estar disponível para todos, a começar pelos sacerdotes, para quem a porta deve estar sempre aberta, ouvi-los, tratá-los bem e jamais puni-los como se fosse um inquisidor.
Que os bispos possam de fato, fazer como eu sempre fiz: "viver uma vida simples e autenticamente cristã". Que nós bispos sejamos sempre simples. Jamais tive receio, como meu antecessor, de ,enquanto possível, utilizar coletivos em vez do carro particular. Isso nos torna mais próximos e credíveis ao povo. O povo fica horrorizado com o triunfalismo de príncipes. Sejamos pastores e somente pastores do povo!
+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG).



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quinta-feira, 27 de junho de 2013

MARISTA

“A fundação do instituto e o seu progresso é obra de Deus e não nossa. É Ele que tudo fez. É à proteção de Maria que devemos esta benção e todo o sucesso.”
São Marcelino Champagnat
HISTÓRIA
Após sua ordenação sacerdotal, em 22 de julho de 1816, Marcelino Champagnat foi designado à cidade de La Valla (FRA). Diante de uma realidade em que não havia um cuidado pastoral com crianças e jovens do campo, fundou a primeira comunidade marista – Irmãos de Maria –, na qual jovens de 15 a 18 anos aprenderam a leitura, a escrita, a aritmética, a oração e a vivência do Evangelho no cotidiano.
Os discípulos receberam orientação humana, intelectual e espiritual e se tornaram educadores religiosos que, por sua vez, estenderam o conhecimento apreendido a crianças e adultos de outros lugarejos. Desde então, há quase dois séculos, eles prosseguem em diferentes partes do mundo para concretizar o sonho do fundador Marcelino Champagnat de “fazer Jesus Cristo conhecido e amado”. Atualmente, há mais de 50 mil irmãos e leigos, dedicados ao trabalho de educação e evangelização em 79 países, localizados na Europa, África, América, Ásia e Oceania, beneficiando cerca de 500.000 crianças e jovens.

UMBRASIL participa da XXIII Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados e da Iniciativa Permanente Niñ@Sur

A União Marista do Brasil (UMBRASIL) participou, de 11 a 13/6, em Montevidéu (Uruguai), da XXIII Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos e Cancelarias do MERCOSUL e Estados Associados e de sua Iniciativa Permanente para os Direitos de Crianças e Adolescentes Niñ@sur.

No âmbito da XXIII Reunião se realizou o seminário “Pensar a Educação em Direitos Humanos como Politica Pública” que trouxe, especialmente, o debate sobre a importância do tema da educação em direitos humanos como condição para afirmação e aprimoramento dos modelos de democracia nos países da região.
 
A institucionalização de crianças e adolescentes e o direito à convivência familiar e comunitária foi um dos temas debatidos, com a participação da Relatora para a Infância da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Rosa Ortiz, acerca do próximo informe sobre os direitos de crianças e adolescentes à família e às instituições de cuidado e proteção.
 
Outras relevantes discussões foram implementadas no âmbito da Iniciativa Permanente Niñ@sur, como reponsabilidade penal adolescente e alternativas à privação de liberdade e crianças e adolescentes migrantes. A Red Latinoamericana y Caribeña por la Defensa de los Derechos de los Niños, Niñas y Adolescentes (REDLAMYC) apresentou carta à Iniciativa Niñ@sur, externando sua preocupação com a onda de propostas de redução da maioridade penal que tem ocorrido em alguns países da região.
 
A Iniciativa Permanente Niñ@sur tem como objetivo aprofundar a construção de políticas regionais em matéria de proteção dos Direitos Humanos Humanos de Crianças e Adolescentes.
A UMBRASIL foi representada pela assessora da Área de Missão/Solidariedade, Leila Paiva, e contou também com a participação de Jimena Djauara, articuladora da Rede Marista de Solidariedade do Grupo Marista.
 
FONTE: http://www.umbrasil.org.br/?p=3813

Missionariedade, Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso e Liberdade Religiosa são temas do quinto Ciclo de Debates da UMBRASIL

A União Marista do Brasil (UMBRASIL) realizou no sábado (15/06), no Colégio Marista de Brasília (DF), o quinto encontro do ciclo de debates “Utopias do Vaticano II: Que sociedade queremos? Diálogos”, que abordou as temáticas Missionariedade, Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso e Liberdade Religiosa. Para motivar a reflexão, foram convidados os assessores Pe. Joachim Andrade, coordenador provincial da Congregação dos Missionários do Verbo Divino, o professor Faustino Teixeira, da Universidade Federal de Juiz de Fora/UFJF, e como mediadora, a pastora Romi Márcia Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).
Pe. Joachim Andrade falou sobre a atividade missionária antes e depois do Vaticano II, a partir dos documentos Ad Gentes, que leva a “boa nova” aos territórios geográficos onde Jesus é pouco conhecido, e o Inter Gentes, missão com foco na troca e partilha. Ele também apresentou os três contextos chaves ao entendimento da missionariedade, em suas várias formas de relação: o contexto geográfico, espiritual e histórico.
O assessor esclareceu, ainda, que com o anúncio do Concílio, em 25 de janeiro de 1959, surge um novo significado para a missão Ad Gentes. “A Igreja passa a olhar para si e para as pessoas”, esclareceu Andrade. Além disso, pontuou que, nesse novo contexto, a missão Inter Gentes busca a mudança de hábitos e prioriza que haja a aproximação das diferentes culturas e religiões. “A preocupação não é mais a de converter para a minha tradição, mas tratar o outro como igual. Missionário é sempre hóspede, não pode invadir a cultura do outro, mas dialogar, conviver como irmão e irmã, apesar das diferenças e formas, no contexto que o mundo atual exige”, contextualizou padre Joachim Andrade.
Na sequência, o professor Faustino Teixeira abordou o Vaticano II como um grande passo que abre as portas e renova a Igreja, a partir de três importantes documentos (Declarações Dignitatis Humanae e Nostra Aetate e Decreto Unitatis Redintegratio). O que aborda a Liberdade Religiosa, que favorece uma nova cognição na Igreja sobre dignidade da pessoa humana e chama a atenção para um olhar mais compreensivo das religiões. O segundo documento traz o ecumenismo, que abre o campo do diálogo entre as Igrejas Católicas e outras também cristãs. O terceiro documento é a Declaração sobre as Religiões não Cristãs, quando o papa João XXIII convoca para uma nova mensagem de otimismo, que se torna traço forte no Vaticano e abre a possibilidade de reconhecer o valor dos ateus.
Para Faustino Teixeira, a abertura da Igreja Católica a outras religiões foi favorecida pelo ecumenismo. “O documento oficializa e abre espaço para o que é santo e verdadeiro em outras religiões. O respeito ao Islã, o carinho com os Mulçumanos, é um novo espírito que se cria”. E completou: “A razão do diálogo não é converter ninguém, é o diálogo apenas com o desafio de se unir para dar vida a esse mundo”, enfatizou o professor.
O próximo encontro será no dia 17 de agosto, no mesmo local, e abordará o tema Educação Religiosa e Juventude, com os assessores Pe. José Marinoni (Salesiano) e Hildete Emanuele (da Província Marista Brasil Centro-Norte). Os encontros pretendem estimular os participantes a serem multiplicadores das reflexões em suas frentes de atuação, contribuindo para a sociedade que queremos. O evento é uma realização da UMBRASIL em parceria com CNBB, CRB Nacional, Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), CONIC, Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil – Regional Brasília/DF, Universidade Católica de Brasília e Editora Paulinas.
Por Chirliana Souza – Ascom/PMBCN

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PAPA FRANCISCO

Cidade do Vaticano (RV) – Papa Bergoglio celebrou, na manhã desta quinta-feira, na sua Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, uma Santa Missa, da qual participaram o Cardeal-arcebispo de Aparecida, Dom Raimundo Damasceno Assis, e outros bispos. Estavam presentes também os funcionários da Direção de Assistência da Saúde e Higiene do Vaticano. Como todos os dias, o Papa Francisco fez uma reflexão dando destaque ao “cristão, como portador da alegria”. E, comentando o Evangelho de Mateus, proposto pela Liturgia do dia, o Santo Padre disse:

“Na história da Igreja sempre houve duas classes de cristãos: aqueles só de palavras, que dizem “Senhor, Senhor...” e aqueles de ação e da verdade. Sempre houve a tentação de viver o nosso cristianismo fora da rocha, que é Cristo, o único que nos dá liberdade e nos sustenta nos momentos mais difíceis”.
Não devemos, disse o Santo Padre, ser cristãos separados da rocha, que é Cristo. Esses são cristãos só em palavras, como acontece hoje na Igreja. Existem dois tipos de cristãos: os “agnósticos”, que amam as palavras bonitas, e os “pelagianos”, que vivem um estilo de vida sério, até rígidos demais.

Trata-se de cristãos superficiais, afirmou o Papa, que acreditam em Deus de modo leviano. Logo, estes não são cristãos, mas mascarados de cristãos, que não têm alegria e o orgulho de verdadeiros cristãos.

E o Santo Padre concluiu: “Uns são escravos da superficialidade e outros escravos da rigidez e da não liberdade. Mas, é o Espírito Santo que nos dá a liberdade. E, hoje, o Senhor nos convida a construir a nossa vida na rocha, que é Ele: Ele nos dá a liberdade e nos envia o seu Espírito, para que possamos prosseguir a nosso caminho cristão com alegria”. (MT)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2013/06/27/missa_em_santa_marta:_devemos_ser_cristãos_da_alegria/bra-705289
do site da Rádio Vaticano

terça-feira, 25 de junho de 2013

Os amigos de Jesus

Dom Murilo S.R. Krieger
Arcebispo de São Salvador (BA)

Nas celebrações eucarísticas, após a consagração, proclamamos, convictos: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!” Anunciar a morte do Senhor “até que Ele venha” (1Cor 11,26) supõe, para os que participam da santa Missa, assumir o compromisso de transformar a própria vida para que ela se torne, de certo modo, toda eucarística. Não é fácil fazer da vida uma Eucaristia contínua. Assumindo esse programa, manifestamos estar dispostos a nos oferecer ao Pai, à imitação de seu Filho, que ao entrar no mundo, disse: “Eis que eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas, por que nos oferecer ao Pai? Por que fazer Sua vontade? A fé nos dá a resposta: porque Deus é Deus.

“Deus, sem mim, continua sendo Deus. E eu, sem Deus, o que serei?” foi a pergunta que uma jovem fez a si mesma, como atestava um bilhete afixado na parede de seu quarto. Porque Deus é Deus, é digno de toda honra e glória. O não reconhecimento de sua glória é uma grave omissão. O pior, contudo, é que além de muitos não o reconhecerem como Deus e Senhor, o ofendem de forma consciente e sistemática. O pecado é justamente isso: uma ofensa a Deus: “Contra ti, só contra ti eu pequei, eu fiz o que é mal a teus olhos” (Sl 51/50,6a).

Quanto Deus é ofendido diariamente! Ao perceber as dimensões do pecado no mundo, Santa Teresa d’Ávila comentou: “Saio dessa vida sem compreender como é que o homem é capaz de ofender a Deus”. Pior ainda é quando os pecados são feitos justamente por quem deveria amá-lo. Com razão, São João da Cruz exclamava: “O Amor não é amado”.

No Horto das Oliveiras, Jesus convidou três apóstolos para permanecerem a seu lado: “Ficai aqui e vigiai comigo!” (Mt 26,38). No início de sua vida pública, quando os chamou a serem apóstolos, já havia deixado claro para que os convidara: “Jesus subiu a montanha e chamou os que ele quis; e foram a ele. Ele constituiu então doze, para que ficassem com ele e para que os enviasse a anunciar a Boa Nova” (Mc 3,13-14). Chamou-os, pois, antes de tudo “para que ficassem com ele”. Hoje, ele continua chamando homens e mulheres para o seguirem e ficarem com ele. É interessante notar que não escolhe e chama necessariamente as pessoas mais preparadas, mais virtuosas ou inteligentes. Chama quem ele quer, escolhe “vasos de barro”, mas sempre para que fiquem com ele. Com ele, aprenderão a amar o Pai, a oferecerem sacrifícios pelos que estão longe de Deus e a implorar a misericórdia divina em favor da humanidade. Jesus deixou transparecer a força que um coração orante tem junto do Pai. Já o livro de Jonas (séc. VIII AC) havia dado a esse respeito um belo testemunho: “Deus viu o que os ninivitas fizeram e como voltaram atrás de seus caminhos perversos. Compadecido, desistiu do mal que tinha ameaçado. Nada fez.” (Jn 3,10)

As pessoas que permanecem junto do Mestre merecem o nome de “amigo” e formam o grupo dos “amigos/amigas de Jesus”. Tais amigos prolongam a missão de Jesus na Igreja e no mundo. Ao completarem em sua carne o que falta à paixão de Cristo (cf. Cl 1,24), colaboram na obra da redenção. A vida dos amigos de Jesus tem o seu ponto alto na Eucaristia. É ali que, mais do que em qualquer outro momento, os amigos e as amigas de Jesus tornam-se eficazes, pois se oferecem ao Pai “com Cristo, por Cristo e em Cristo”.

Ser amigo de Jesus é um programa de vida. Quem aceita permanecer com ele não precisa sair por aí dizendo isso para todo o mundo; é suficiente que o diga a ele próprio. Mas os amigos de Jesus não demorarão a descobrir que o testemunho de suas vidas é uma das melhores formas de evangelização. Vendo-os, muitos se perguntarão: Por que é que eles são assim? Por que vivem dessa maneira? Como é que são tão felizes? Quem é que os inspira? A resposta a essas perguntas poderá ser dada de muitas formas. Talvez a mais adequada seja aquela que foi dada pelo apóstolo Paulo, e que somos chamados a fazer nossa: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20a).

Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/articulistas/dom-murilo-sebastiao-ramos-krieger/12265-os-amigos-de-jesus

O significado e as perspectivas das mobilizações

Brasil de Fato
Adital

Por Nilton Viana
25 de junho de 2013
"É hora do governo aliar-se ao povo ou pagará a fatura no futuro”. Essa é uma das avaliações de João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST sobre as mobilizações em todo o país.

Segundo ele, há uma crise urbana instalada nas cidades brasileiras, provocada por essa etapa do capitalismo financeiro. "As pessoas estão vivendo um inferno nas grandes cidades, perdendo três, quatro horas por dia no trânsito, quando poderiam estar com a família, estudando ou tendo atividades culturais", afirma.

Para o dirigente do MST, a redução da tarifa interessava muito a todo o povo e esse foi o acerto do Movimento Passe Livre, que soube convocar mobilizações em nome dos interesses do povo.

Nesta exclusiva ao Brasil de Fato, Stedile fala sobre o caráter dessas mobilizações, e faz um chamamento: devemos ter consciência da natureza dessas manifestações e irmos todos para as ruas disputar corações e mentes para politizar essa juventude que não tem experiência da luta de
classes
. "A juventude está de saco cheio dessa forma de fazer política burguesa, mercantil", constata.E faz um alerta: o mais grave foi que os partidos de esquerda institucional, todos eles, se moldaram a esses métodos. Envelheceram e se burocratizaram. As forças populares e os partidos de esquerda precisam colocar todas as suas energias para ir à rua, pois está ocorrendo, em cada cidade, em cada manifestação, uma disputa ideológica permanente da luta dos interesses de classes. "Precisamos explicar para o povo quem são seus principais inimigos".

Como você analisa as recentes manifestações que vem sacudindo o Brasil nas últimas semanas? Qual é base econômica para elas terem acontecido?

Há muitas avaliações de porque estarem ocorrendo estas manifestações. Me somo à analise da professora Ermínia Maricato, que é nossa maior especialista em temas urbanos e já atuou no Ministério das Cidades na gestão Olívio Dutra.
Ela defende a tese de que há uma crise urbana instalada nas cidades brasileiras provocadas por essa etapa do capitalismo financeiro. Houve uma enorme especulação imobiliária que elevou os preços dos alugueis e dos terrenos em 150% nos últimos três anos.
O capital financiou sem nenhum controle governamental a venda de automóveis, para enviar dinheiro para o exterior e transformou nosso trânsito um caos. E nos últimos dez anos não houve investimento em transporte público. O programa habitacional ‘Minha Casa, Minha Vida’ empurrou os pobres para as periferias, sem condições de infraestrutura.
Tudo isso gerou uma crise estrutural em que as pessoas estão vivendo num inferno nas grandes cidades, perdendo três, quatro horas por dia no trânsito, quando poderiam estar com a família, estudando ou tendo atividades culturais.
Somado a isso, a péssima qualidade dos serviços públicos em especial na saúde e mesmo na educação, desde a escola fundamental, ensino médio, em que os estudantes saem sem saber fazer uma redação. E o ensino superior virou lojas de vendas de diplomas a prestações, onde estão 70% dos estudantes universitários.

E do ponto de vista político, por que aconteceu?

Os quinze anos de neoliberalismo e mais os últimos dez anos de um governo de composição de classes transformou a forma de fazer política refém apenas dos interesses do capital. Os partidos ficaram velhos em suas práticas e se transformaram em meras siglas que aglutinam, em sua maioria, oportunistas para ascender a cargos públicos ou disputar recursos públicos para seus interesses.
Toda juventude nascida depois das diretas já, não teve oportunidade de participar da política. Hoje, para disputar qualquer cargo de vereador, por exemplo, o sujeito precisa ter mais de 1 milhão de reais. Deputado custa ao redor de 10 milhões de reais. Os capitalistas pagam, e depois os políticos obedecem. A juventude está de saco cheio dessa forma de fazer política burguesa, mercantil.
Mas o mais grave foi que os partidos da esquerda institucional, todos eles, se moldaram a esses métodos. Envelheceram e se burocratizaram. E, portanto, gerou na juventude uma ojeriza a forma dos partidos atuarem. E eles têm razão. A juventude não é apolítica, ao contrário, tanto é que levou a política às ruas, mesmo sem terconsciência do seu significado.
Estão dizendo que não aguentam mais assistir na televisão essas práticas políticas, que sequestraram o voto das pessoas, baseadas na mentira e na manipulação. E os partidos de esquerda precisam reapreender que seu papel é organizar a luta social e politizar a classe trabalhadora. Senão cairão na vala comum da história.

E porque as manifestações eclodiram somente agora?

Provavelmente tenha sido a soma de diversos fatores de caráter da psicologia de massas, mais do que alguma decisão política planejada. Somou-se todo o clima que comentei, mais as denúncias de superfaturamento das obras dos estádios, que é um acinte ao povo. Vejam alguns episódios. A Rede Globo recebeu do governo do estado do Rio e da prefeitura, 20 milhões de reais de dinheiro público para organizar o showzinho de apenas duas horas, no sorteio dos jogos da Copa das Confederações.
O estádio de Brasília custou 1,4 bilhões de reais e não tem ônibus na cidade! A ditadura explícita e as maracutaias que a FIFA/CBF impuseram e os governos se submeteram. A reinauguração do Maracanã foi um tapa no povo brasileiro. As fotos eram claras: no maior templo do futebol mundial não havia nenhum negro ou mestiço!
E aí o aumento das tarifas de ônibus foi apenas a faísca para ascender o sentimento generalizado de revolta, de indignação. A gasolina para a faísca veio do governo Geraldo Alckmin, que protegido pela mídia que ele financia e acostumado a bater no povo impunemente, como fez no Pinheirinho, jogou sua polícia para a barbárie. Aí todo mundo reagiu.
Ainda bem que a juventude acordou. E nisso houve o mérito do Movimento Passe Livre, que soube capitalizar essa insatisfação popular e organizou os protestos na hora certa.

Por que a classe trabalhadora ainda não foi à rua?

É verdade, a classe trabalhadora ainda não foi para a rua. Quem está na rua são os filhos da classe média, da classe média baixa, e também alguns jovens do que o André Singer chamaria de subproletariado, que estudam e trabalham no setor de serviços, que melhoraram as condições de consumo, mas querem ser ouvidos. Esses últimos apareceram mais em outras capitais e nas periferias.
A redução da tarifa interessava muito a todo povo e esse foi o acerto do MPL. Soube convocar mobilizações em nome dos interesses do povo. E o povo apoiou as manifestações e isso está expresso nos índices de popularidade dos jovens, sobretudo quando foram reprimidos.
A classe trabalhadora demora a se mover, mas quando se move, afeta diretamente ao capital. Coisa que ainda não começou a acontecer. Acho que as organizações que fazem a mediação com a classe trabalhadora ainda não compreenderam o momento e estão um pouco tímidas. Mas acho que enquanto classe, ela também está disposta a lutar. Veja que o número de greves por melhorias salariais já recuperou os padrões da década de 80.
Acho que é apenas uma questão de tempo, e se as mediações acertarem nas bandeiras que possam motivar a classe a se mexer. Nos últimos dias, já se percebe que em algumas cidades menores, e nas periferias das grandes cidades, já começam a ter manifestações com bandeiras de reivindicações bem localizadas. E isso é muito importante.

E vocês do MST e camponeses também não se mexeram ainda.

É verdade. Nas capitais onde temos assentamentos e agricultores familiares mais próximos já estamos participando. E inclusive sou testemunho de que fomos muito bem recebidos com nossa bandeira vermelha, com nossa reivindicação de Reforma Agrária e alimentos saudáveis e baratos para todo povo.
Acho que nas próximas semanas poderá haver uma adesão maior, inclusive realizando manifestações dos camponeses nas rodovias e municípios do interior. Na nossa militância está todo mundo doido para entrar na briga e se mobilizar. Espero que também se mexam logo.

Na sua opinião, qual é a origem da violência que tem acontecido em algumas manifestações?

Primeiro vamos relativizar. A burguesia através de suas televisões tem usado a tática de assustar o povo colocando apenas a propaganda dos baderneiros e quebra-quebra. São minoritários e insignificantes diante das milhares de pessoas que se mobilizaram.
Para a direita interessa colocar no imaginário da população que isso é apenas bagunça, e no final se tiver caos, colocar a culpa no governo e exigir a presença das forças armadas. Espero que o governo não cometa essa besteira de chamar a guarda nacional e as forças armadas para reprimir as manifestações. É tudo o que a direita sonha!
Quem está provocando as cenas de violência é a forma de intervenção da Policia Militar. A PM foi preparada desde a ditadura militar para tratar o povo sempre como inimigo. E nos estados governados pelos tucanos(SP, RJ e MG), ainda tem a promessa de impunidade.
Há grupos direitistas organizados com orientação de fazer provocações e saques. Em São Paulo atuaram grupos fascistas e leões de chácaras contratados. No Rio de Janeiro atuaram as milícias organizadas que protegem seus políticos conservadores. E claro, há também um substrato de lumpesinato que aparece em qualquer mobilização popular, seja nos estádios, carnaval, até em festa de igreja tentando tirar seus proveitos.

Há então uma luta de classes nas ruas ou é apenas a juventude manifestando sua indignação?

É claro que há uma luta de classes na rua. Embora ainda concentrada na disputa ideológica. E o que é mais grave, a própria juventude mobilizada, por sua origem de classe, não tem consciência de que está participando de uma luta ideológica.
Vejam, eles estão fazendo política da melhor forma possível, nas ruas. E aí escrevem nos cartazes: somos contra os partidos e a política? Por isso tem sido tão difusa as mensagens nos cartazes. Está ocorrendo em cada cidade, em cada manifestação, uma disputa ideológica permanente da luta dos interesses de classes. Os jovens estão sendo disputados pelas ideias da direita e pela esquerda. Pelos capitalistas e pela classe trabalhadora.
Por outro lado, são evidentes os sinais da direita muito bem articulada, e de seus serviços de inteligência, que usam a internet, se escondem atrás das mascaras e procuram criar ondas de boatos e opiniões pela internet. De repente uma mensagem estranha alcança milhares de mensagens. E ai se passa a difundir o resultado como se ela fosse a expressão da maioria.
Esses mecanismos de manipulação foram usados pela CIA e o departamento de estado Estadunidense na primavera árabe, na tentativa de desestabilização da Venezuela, na guerra da Síria. E é claro que eles estão operando aqui também para alcançar os seus objetivos.

E quais são os objetivos da direita e suas propostas?

A classe dominante, os capitalistas, os interesses do império Estadunidense e seus porta-vozes ideológicos que aparecem na televisão todos os dias, tem um grande objetivo: desgastar ao máximo o governo Dilma, enfraquecer as formas organizativas da classe trabalhadora, derrotar quaisquer propostas de mudanças estruturais na sociedade brasileira e ganhar as eleições de 2014, para recompor uma hegemonia total no comando do estado brasileiro, que agora está em disputa.
Para alcançar esses objetivos eles estão ainda tateando, alternando suas táticas. As vezes provocam a violência, para desfocar os objetivos dos jovens. Às vezes colocam nos cartazes dos jovens a sua mensagem. Por exemplo, a manifestação do sábado em São Paulo, embora pequena, foi totalmente manipulada por setores direitistas que pautaram apenas a luta contra a PEC 37, com cartazes estranhamente iguais e palavras de ordem iguais.
Certamente a maioria dos jovens nem sabem do que se trata. E é um tema secundário para o povo, mas a direita está tentando levantar as bandeiras da moralidade, como fez a UDN (União Democrática Nacional) em tempos passados. Isso que já estão fazendo no Congresso; logo vão levar às ruas.
Tenho visto nas redes sociais controladas pela direita que suas bandeiras, além da PEC 37, são a saída do Renan do Senado, CPI e transparência dos gastos da Copa; declarar a corrupção crime hediondo, e fim do Foro especial para os políticos. Já os grupos mais fascistas ensaiam Fora Dilma e abaixo-assinados pelo impeachment.
Felizmente essas bandeiras não tem nada ver com as condições de vida das massas, ainda que elas possam ser manipuladas pela mídia. E objetivamente podem ser um tiro no pé. Afinal, é a burguesia brasileira, seus empresários e políticos que são os maiores corruptos e corruptores. Quem se apropriou dos gastos exagerados da Copa? A Rede Globo e as empreiteiras!

Quais os desafios que estão colocados para a classe trabalhadora e as organizações populares e partidos de esquerda?

Os desafios são muitos. Primeiro devemos terconsciência da natureza dessas manifestações, e irmos todos para a rua, disputar corações e mentes para politizar essa juventude que não tem experiência da luta de classes. Segundo, a classe trabalhadora precisa se mover. Ir para a rua, manifestar-se nas fábricas, campos e construções, como diria Geraldo Vandré. Levantar suas demandas para resolver os problemas concretos da classe, do ponto de vista econômico e político.
Terceiro, precisamos explicar para o povo quem são seus principais inimigos. E agora são os bancos, as empresas transnacionais que tomaram conta de nossa economia, os latifundiários do agronegócio, e os especuladores.
Precisamos tomar a iniciativa de pautar o debate na sociedade e exigir a aprovação do projeto de redução da jornada de trabalho para 40 horas; exigir que a prioridade de investimentos públicos seja em saúde, educação, Reforma Agrária.
Mas para isso o governo precisa cortar juros e deslocar os recursos do superávit primário, aqueles 200 bilhões de reais que todo ano vão para apenas 20 mil ricos, rentistas, credores de uma dívida interna que nunca fizemos, deslocar para investimentos produtivos e sociais. E é isso que a luta de classes coloca para o governo Dilma: os recursos públicos irão para a burguesia rentista ou para resolver os problemas do povo?
Aprovar em regime de urgência para que vigore nas próximas eleições uma reforma política de fôlego, que no mínimo institua o financiamento público exclusivo da campanha. Direito a revogação de mandatos e plebiscitos populares autoconvocados.
Precisamos de uma reforma tributária que volte a cobrar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) das exportações primárias, penalize a riqueza dos ricos e amenize os impostos dos pobres, que são os que mais pagam.
Precisamos que o governo suspenda os leilões do petróleo e todas as concessões privatizantes de minérios e outras áreas públicas. De nada adianta aplicar todo royalties do petróleo em educação, se os royalties representarão apenas 8% da renda petroleira, e os outros 92% irão para as empresas transnacionais que vão ficar com o petróleo nos leilões!
Uma reforma urbana estrutural, que volte a priorizar o transporte público, de qualidade e com tarifa zero. Já está provado que não é caro e nem difícil instituir transporte gratuito para as massas das capitais. Controlar a especulação imobiliária.
E finalmente, precisamos aproveitar e aprovar o projeto da Conferência Nacional de Comunicação, amplamente representativa, de democratização dos meios de comunicação. Para acabar com o monopólio da Globo e para que o povo e suas organizações populares tenham ampla acesso a se comunicar, criar seus próprios meios de comunicação, com recursos públicos. Ouvi de diversos movimentos da juventude que estão articulando as marchas, que talvez essa seja a única bandeira que unifica a todos: Abaixo ao monopólio da Globo!
Mas, para que essas bandeiras tenham ressonância na sociedade e pressionem o governo e os políticos, somente acontecerá se a classe trabalhadora se mover.

O que o governo deveria fazer agora?

Espero que o governo tenha a sensibilidade e a inteligência de aproveitar esse apoio, esse clamor que vem das ruas, que é apenas uma síntese de uma consciência difusa na sociedade, que é hora de mudar. E mudar a favor do povo.
E para isso o governo precisa enfrentar a classe dominante, em todos os aspectos. Enfrentar a burguesia rentista, deslocando os pagamentos de juros para investimentos em áreas que resolvam os problemas do povo. Promover logo as reformas políticas, tributárias. Encaminhar a aprovação do projeto de democratização dos meios de comunicação. Criar mecanismos para investimento pesados em transporte público, que encaminhem para a tarifa zero. Acelerar a Reforma Agrária e um plano de produção de alimentos sadios para o mercado interno.
Garantir logo a aplicação de 10% do PIB em recursos públicos para a educação em todos os níveis, desde as cirandas infantis nas grandes cidades, ensino fundamental de qualidade, até a universalização do acesso dos jovens à universidade pública.
Sem isso, haverá uma decepção, e o governo entregará para a direita a iniciativa das bandeiras, que levarão a novas manifestações visando desgastar o governo até as eleições de 2014. É hora do governo aliar-se ao povo, ou pagará a fatura no futuro.


E que perspectivas essas mobilizações podem levar para o país nos próximos meses?

Tudo ainda é uma incógnita. Porque os jovens e as massas estão em disputa. Por isso que as forças populares e os partidos de esquerda precisam colocar todas suas energias para ir à rua. Manifestar-se, colocar as bandeiras de luta de reformas que interessam ao povo, porque a direita vai fazer a mesma coisa e colocar as suas bandeiras conservadoras, atrasadas, de criminalização e estigmatização das ideias de mudanças sociais.
Estamos em plena batalha ideológica que ninguém sabe ainda qual será o resultado. Em cada cidade, cada manifestação, precisamos disputar corações e mentes. E quem não entrar, ficará de fora da história.
[Brasil de Fato, Ano 10 - nº 199].

Fonte: http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=76023

Secretariado dos Leigos

Encontro internacional de formação

21/06/2013: Espanha - Álbum fotográfico
Convocados pelo Secretariado dos Leigos, reuniram-se  na casa marista de Les Avellanes, de 28 de maio a 3 de junho de 2013, representantes da animação leiga do mundo marista (América, Ásia, Europa e Oceania) junto com os membros do mencionado Secretariado, o Ir. Antonio Ramalho, Conselheiro geral, o Ir. César Rojas, do Secretariado Irmãos Hoje e a equipe de tradutores. Apoiando a reflexão em alguns temas estiveram o Dr. José Maria Pérez-Soba e o Ir. Juan Miguel Anaya.
Após as apresentações e o marco do movimento em que vivemos, o encontro abordou os temas da vocação marista leiga, dos processos de acompanhamento e de formação dos leigos, da necessidade do reconhecimento de seu compromisso mediante fórmulas de vinculação e  comunhão de Irmãos e leigos com o carisma marista.

A dinâmica de trabalho foi essencialmente experiencial. Na mesa de trabalho, nos grupos e nos momentos de diálogo informal predominava o interesse de partilhar vivências, realidades e projetos relacionados aos leigos que atualmente estão sendo levados a efeito no mundo marista. O resultado dessa proposta formativa foi a elaboração de uma linguagem comum, o reconhecimento das diferenças entre regiões e províncias e o desejo de avançar, a despeito das dificuldades que aparecem em cada situação, no sentido de um horizonte muito destacado no último Capítulo geral e na linha de trabalho do Secretariado dos Leigos.

A sensação mais significativa que me foi possível observar no encontro, é que no caminho da animação leiga há um salto qualitativo quando emerge o conceito de vocação, isto é, o chamado de Deus para viver o carisma marista e a resposta pessoal.

Antes desse encontro, muitas coisas foram e estão sendo realizadas: participação dos leigos na gestão e na missão, formação dos leigos nos valores, na história e na pedagogia marista, criação de climas de amizade e alegria no encontro entre Irmãos e leigos, celebração conjunta da vida e da fé... Contudo, apenas quando se dá o salto de ser convocado para viver o seguimento de Jesus na própria condição de leigo e com as referências carismáticas de Marcelino Champagnat e de sua comunidade de Irmãos é que se pode dizer, de fato, que se vive no presente-futuro de um carisma que enriquece a Igreja e que se presta a servir as crianças e jovens pobres e necessitados.

É neste cenário que surge a preocupação de crescimento na vocação marista, de Irmãos e leigos viverem juntos, de reconhecerem-se mutuamente, de discernir e de assumir responsabilidades em comunhão para desenvolver projetos de vida e de missão.

A experiência vivida nos diz que o nosso futuro marista é um futuro de comunhão.

Fonte: http://www.champagnat.org/400.php?a=6&n=2853

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Jubileo de vida marista

Celebración de jubilares en Curitiba

19/06/2013: Brasil
El día 9 de junio, las comunidades de Curitiba, de Fazenda Rio Grande y de Ponta Grossa, junto con varios laicos y familiares, se reunieron para celebrar la fiesta de jubileo de vida religiosa de los Hermanos Celedônio (70 años), Pedrinho (50 años) y Nelso (50 años). Se celebró la misa en la parroquia de la Universidad de la PUC de Curitiba.
Nos alegramos de tenerlos como Hermanos Maristas amados, experimentados y maduros en el amor de Dios, de María y de Marcelino. A vosotros –maravillosos compañeros– que disteis lo mejor de vuestras vidas a la vocación, a la misión del Instituto, de la Provincia y de la Comunidad marista: gracias, muchas gracias por la fidelidad en ocasión y en la cumbre de los 70 & 50 AÑOS de vida consagrada marista.
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Celebración de jubilares en Curitiba

19/06/2013: Brasil
El día 9 de junio, las comunidades de Curitiba, de Fazenda Rio Grande y de Ponta Grossa, junto con varios laicos y familiares, se reunieron para celebrar la fiesta de jubileo de vida religiosa de los Hermanos Celedônio (70 años), Pedrinho (50 años) y Nelso (50 años). Se celebró la misa en la parroquia de la Universidad de la PUC de Curitiba.
Nos alegramos de tenerlos como Hermanos Maristas amados, experimentados y maduros en el amor de Dios, de María y de Marcelino. A vosotros –maravillosos compañeros– que disteis lo mejor de vuestras vidas a la vocación, a la misión del Instituto, de la Provincia y de la Comunidad marista: gracias, muchas gracias por la fidelidad en ocasión y en la cumbre de los 70 & 50 AÑOS de vida consagrada marista.
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Celebración de jubilares en Curitiba

19/06/2013: Brasil
El día 9 de junio, las comunidades de Curitiba, de Fazenda Rio Grande y de Ponta Grossa, junto con varios laicos y familiares, se reunieron para celebrar la fiesta de jubileo de vida religiosa de los Hermanos Celedônio (70 años), Pedrinho (50 años) y Nelso (50 años). Se celebró la misa en la parroquia de la Universidad de la PUC de Curitiba.
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Celebración de jubilares en Curitiba

19/06/2013: Brasil
El día 9 de junio, las comunidades de Curitiba, de Fazenda Rio Grande y de Ponta Grossa, junto con varios laicos y familiares, se reunieron para celebrar la fiesta de jubileo de vida religiosa de los Hermanos Celedônio (70 años), Pedrinho (50 años) y Nelso (50 años). Se celebró la misa en la parroquia de la Universidad de la PUC de Curitiba.
Nos alegramos de tenerlos como Hermanos Maristas amados, experimentados y maduros en el amor de Dios, de María y de Marcelino. A vosotros –maravillosos compañeros– que disteis lo mejor de vuestras vidas a la vocación, a la misión del Instituto, de la Provincia y de la Comunidad marista: gracias, muchas gracias por la fidelidad en ocasión y en la cumbre de los 70 & 50 AÑOS de vida consagrada marista.
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Representantes Regionais do MChFM iniciam suas atividades

Pela primeira vez, o grupo de Representantes Regionais do Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM) esteve reunido, para refletir sobre as suas atribuições. O segmento foi criado a partir do Encontro Anual do MChFM do Rio Grande do Sul, em 2012. A iniciativa segue a nova proposta de estruturação prevista no documento Plano Nacional de Formação e orientações para a organização comum do MChFM no Brasil.

Além disso, os representantes dialogaram sobre o Plano de Formação do MChFM, Cadernos Formativos, retiros, organização e processo de revitalização do MChFM e sobre 2ª Assembleia Geral da Missão Marista. A equipe é responsável por organizar o Encontro Anual do MChFM, previsto para ocorrer em 31/8 e 1/9, em Veranópolis.



Representantes regionais do MChFM


O encontro ocorreu no dia 14/6, em Porto Alegre. Também estiveram presentes, o grupo de multiplicadores do MChFM, responsáveis por incentivar a criação das novas Fraternidades e, nesta fase de revitalização do movimento, dar apoio aos Representantes Regionais.


Organização do MChFM 


A nova organização do MChFM na Província conta com a Coordenação (composta pelo Coordenador Provincial e um Irmão Assessor), que recebe o apoio do grupo de Representantes Regionais, tendo dois integrantes por região.

Conheça as seis regiões:

  • Região Central (Santa Maria, Cachoeira do Sul, Santa Cruz e Santo Ângelo);
  • Região dos Vales (Novo Hamburgo, Lajeado, Bom Princípio e Montenegro);
  • Região Metropolitana (Porto Alegre e Viamão);
  • Região Planalto/Norte (Passo Fundo, Erechim e Getúlio Vargas);
  • Região da Serra (Caxias do Sul, Veranópolis e Bento Gonçalves); 
  • Região Brasília.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mensagem do Ir. Superior Geral

Ser uma pessoa é ter uma história para contar

Mensagem para a festa de São Marcelino Champagnat,
Durante os últimos meses, passaram por nossa Casa geral, em Roma, diversos grupos de peregrinos maristas, depois de visitarem nossa casa de l’Hermitage. Tive ocasião de encontrar-me com a maioria desses grupos e pude constatar o grande impacto que produziu, em suas vidas, o contato com os lugares de nossas origens maristas. Muitas pessoas perguntam-se com admiração, quando se encontram fisicamente nesse vale estreito e úmido, banhado pelo rio Gier, como foi possível uma expansão internacional tão grande do Instituto Marista, a partir desse humilde lugar. Acredito, no entanto, que é ainda mais marcante reconhecer-se parte da maravilhosa história, começada, em 1817, nessas terras, história que se prolonga até os nossos dias, nos cinco continentes. Sabemos que somos continuadores do sonho do Padre Champagnat, do Irmão Francisco, de nossos primeiros Irmãos e de tantos outros que os seguiram.
Todos nós, provavelmente, em algum momento, experimentamos essa consoladora sensação de saber que nossas pequenas histórias conectam com uma história maior, que se desenvolve ao nosso redor, e da qual podemos ser parte. Para muitos de nós, efetivamente, resulta quase impossível, hoje, separar nosso caminho pessoal daquele marista, um a mais, entre tantos que convergem na grande história da humanidade e que desejam contribuir para fazer do mundo um lugar de fraternidade e de harmonia.
Parece-me que esse sentimento está bem expressado na famosa novela de Tolkien: “O senhor dos anéis”. Frodo e Sam, dois populares hobbits, encontram-se, sem saber muito bem como e por que, envolvidos, repentinamente, numa apaixonante aventura. Abandonam a comodidade do que já é conhecido para enfrentar perigos e contínuas surpresas. Eles ainda não o sabem, mas têm o papel fundamental de garantir o futuro da “Terra Média”.
Certa ocasião, ao encontrar-se em perigo, Sam se dirige a Frodo:
-… Gostaria de saber em que história fomos cair.
– Eu também – disse Frodo – mas não o sei. E assim são as histórias da vida real. Pense em alguma que você mais gosta. Você pode saber, ou adivinhar, que tipo de história é, se terá um final feliz ou triste, mas os protagonistas não sabem absolutamente nada. E você não quereria que o soubessem.
-… As grandes histórias nunca terminam?
– Não, nunca terminam como histórias, disse Frodo. Mas os protagonistas a elas chegam e se vão, quando cumpriram sua parte…
Creio que nós, diferentemente de Sam e Frodo, vamos tomando consciência da história em que “caímos”: uma grande história, dessas que nunca terminam, na qual queremos assumir nosso protagonismo e “fazer nossa parte”.
Hoje, quando celebramos a vida e a santidade de Marcelino Champagnat, é um dia de ação de graças. Porque nossas vidas pessoais se entrecruzam a serviço de um projeto maior, que nos supera e nos dá sentido e rumo. Sentimo-nos chamados a ser uma presença de Maria na Igreja e na sociedade.
No entanto, é também um dia para renovar nossa adesão ao carisma e à missão maristas, desafiando todas as nossas resistências a sair depressa, com Maria, para uma nova terra. Logo mais, vão completar-se dois anos da celebração do XXI Capítulo geral e os “horizontes de futuro”, intuídos nessa assembleia, continuam a interpelar-nos com veemência, pedindo compromissos pessoais e coletivos:
Uma vida consagrada nova, arraigada firmemente no Evangelho, que promova um novo modo de ser Irmão.
Uma nova relação entre Irmãos, Leigas e Leigos, baseada na comunhão e, juntos, buscando maior vitalidade do carisma para o nosso mundo.
Uma presença fortemente significativa entre crianças e jovens pobres.
“Gostaria de saber em que história fomos cair…” Não duvidemos: trata-se de uma aventura apaixonante, pela qual vale a pena dar a vida. Como atores dessa história, desconhecemos seu desenlace; pouco importa: sabemos que a meta é o caminho; isso nos basta.
Caminhemos, pois, com alegria, esperança e renovado compromisso pelas vias da história marista, da qual vamos sendo protagonistas. Percorrer esse itinerário coletivo nos ajuda a sermos mais nós mesmos, porque, como disse Isak Dinesen: “Ser uma pessoa é ter uma história para contar”.
São Marcelino Champagnat, cuja estrela procuramos seguir, nos abençoe a todos, famílias, crianças e jovens que servimos, nos cinco continentes.
Ir. Emili Turú