Durante
o anúncio dos novos cardeais, no domingo, 12, o papa Francisco disse que reunirá
o Colégio Cardinalício para debater o tema da família. O consistório está
marcado para o dia 22 de fevereiro, no Vaticano, data em que se celebra a Festa
da Cátedra de São Pedro. Na cerimônia, os nomeados receberão o título, o capelo
e o anel.
Entre os 19 cardeais nomeados, estão dom Lorenzo
Baldisseri que por quase dez anos foi núncio apostólico no Brasil e o
brasileiro, dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (RJ).
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Este será o primeiro consistório de Francisco com
a presença dos novos cardeais. A última convocação para a criação de cardeais
foi em novembro de 2012, pelo papa emérito Bento XVI. “Rezemos pelos novos
cardeais a fim de que, revestidos da virtude e do sentimento do Senhor Jesus, o
Bom Pastor, possam ajudar cada vez mais eficazmente o bispo de Roma no seu
serviço à Igreja Universal”, disse o papa Francisco aos fiéis reunidos na Praça
de São Pedro.
Evangelização da família
Nos dias anteriores ao Consistório, 20 e 21 de
fevereiro, o papa com todos os cardeais irão refletir sobre a realidade da
família. A iniciativa de Francisco antecede os trabalhos do Sínodo dos Bispos
que será realizado de 5 a 19 de outubro, durante o qual serão abordados os
desafios pastorais da família, no contexto da evangelização. No ano passado, o
papa enviou às paróquias de todo o mundo o “Documento Preparatório” do próximo
sínodo com 35 questões sobre a família, esperando contar com as contribuições
das comunidades.
No domingo, 23 de fevereiro, o papa presidirá a
celebração da missa com os novos cardeais. Conheça os nomeados:
1 – Dom Pietro Parolin, secretário de Estado.
2 – Dom Lorenzo Baldisseri, secretário geral do
Sínodo dos Bispos.
3 – Dom Gerhard Ludwig Muller, prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé.
4 – Dom Beniamino Stella, prefeito da Congregação
per o Clero.
5 – Dom Vincent Nichols, arcebispo de Westminster
(Grã Bretanha).
6 – Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo
de Manágua (Nicarágua).
7 – Dom Gérald Cyprien Lacroix, arcebispo de
Québec (Canadá).
8 – Dom Jean-Pierre Kutwa, arcebispo de Abidjã
(Costa do Marfim).
9 – Dom Orani João Tempesta, O.Cist., arcebispo
do Rio de Janeiro (Brasil).
10 – Dom Gualtiero Bassetti, arcebispo de
Perúgia-Città della Pieve (Itália).
11 – Dom Mario Aurelio Poli, arcebispo de Buenos
Aires (Argentina).
12 – Dom Andrew Yeom Soo jung, arcebispo de Seoul
(Coreia).
13 – Dom Ricardo Ezzati Andrello, S.D.B.,
arcebispo de Santiago do Chile (Chile).
14 – Dom Philippe N. Ouédraogo, arcebispo de
Ouagadougou (Burquina Faso).
15 – Dom Orlando B. Quevedo, O.M.I., arcebispo de
Cotabato (Filipinas).
16 – Dom Chibly Langlois, bispo de Les Cayes
(Haiti).
O Papa também criou cardeal 3 arcebispos
eméritos:
1 – Dom Loris Francesco Capovilla, arcebispo
emérito de Mesembria.
2 – Dom Fernando Sebastián Aguilar, C.M.F.,
arcebispo emérito de Pamplona.
3 – Dom Kelvin Edward Felix, arcebispo emérito de
Castries
Colégio cardinalício
De acordo com informações do Vaticano, o papa
seguiu a regra dos 120 cardeais eleitores com menos de 80 anos, nomeando 16
novos eleitores. São arcebispos ou bispos residenciais de países diferentes. O
Brasil possui importante representatividade no Colégio Cardinalício e passará a
ter 10 cardeais. Atualmente, são quatro eleitores: dom Raymundo Damasceno Assis,
dom João Braz de Aviz, dom Cláudio Hummes e dom Odilo Pedro Scherer. Cindo
não-eleitores: dom Geraldo Majella Agnelo, dom Serafim Fernandes de Araújo, dom
Paulo Evaristo Arns, dom José Freire Falcão e dom Eusébio Oscar Scheid.
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