Estamos
iniciando um novo ano. Fazemos um ato de adoração a Deus e pedimos-lhe proteção
e auxílio. Saudamo-nos mutuamente e desejamos felicidades uns aos outros e bons
êxitos. Como será este ano novo? O que esperamos do ano 2014? Deixamos de lado a
futurologia e a astrologia. Deixamos de lado também o fatalismo do simples “como
Deus quiser”. Nós cristãos procuremos compreender, à luz dos mandamentos e dos
planos do criador, que, sem em nada diminuir a Fé em Deus e o abandono em sua
santa vontade e imperscrutáveis desígnios, o futuro deve ser por nós
construídos. Não há dúvida que o futuro não se adivinhe, mas se edifica. O
amanhã depende do acerto das nossas opções de hoje. O ano 2014 será aquilo que
nós faremos. Acreditamos em Deus e na sua soberania, mas não nos deixamos ficar
num passivo providencialismo ou num fatalismo acomodado. Se tudo depende de
Deus, tudo depende também de nós.
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A Igreja Católica celebra no dia 1º. de janeiro a
“Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria”.Um dos títulos de Maria é “Nossa
Senhora da Paz”. No início de cada ano a Igreja procura trazer à consciência de
cada pessoa cristã a importância da paz e o dever de preservá-la. A melhor
maneira de assegurar a paz é trabalhar pela justiça. A paz é o vértice de todos
os bens terrenos. Sem ela perdem substância todas as conquistas do homem em seus
mais variáveis setores. Há uma enorme falta de paz no mundo e no Brasil. Basta
ver o crescimento vertiginoso de todo tipo de violência: assassinatos, estupros,
sequestros, prostituição infantil, drogas, pedofilia, furtos etc. para confirmar
essa afirmação. Inicialmente ligados à paz estão os direitos humanos. Manter a
paz à custa dos direitos humanos é uma contradição em termos. Onde hoje há a
insana repressão dos direitos humanos, amanhã haverá toda forma de violência e,
finalmente, a convulsão social.
A existência de milhões de empobrecidos em nosso
país nos envergonha no início de mais um ano. A Igreja Católica no Brasil olha o
conjunto do país a partir das massas sobrantes da modernização, e aponta a
solidariedade, a união e a organização do povo como o caminho para uma sociedade
mais democrática e não excludente em 2014. Desejo à todos os leitores deste
breve artigo e, por extensão às suas famílias, um feliz e abençoado Ano Novo.
Que o novo ano de 2014 seja para todos os leitores deste breve artigo um ano
cheio de sucesso, de compreensão, de justiça, de unidade e, sobretudo, de amor e
paz.
Pe. Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e
Assessor da CNBB, Reg. NE1
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