Da despedida próxima da Faculdade Católica do Ceará

O próprio Colégio Cearense deixou saudades para muitos ex-alunos Sobre a matéria “Educação] Maristas anunciam fechamento de faculdade católica”, da repórter Mariana Lazari (Editoria Radar, página 20), na edição de sexta-feira passada, 18, do O POVO, tudo indica que a congregação dos Pequenos Irmãos de Maria (Irmãos Maristas), mantenedora da instituição, passa por esvaziamento irreversível pelo menos em Fortaleza. O Colégio Marista Cearense, um dos mais tradicionais do Estado, instalado em 1913, foi fechado em 2007
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Criada em 2004 nas instalações do colégio, a Faculdade Católica do Ceará (FCC) será desativada no dia 31 de dezembro próximo. Ainda que com existência de só nove anos, era uma continuidade da antiga Faculdade Católica de Filosofia do Ceará, igualmente dos maristas, que a mantiveram de 1947 a 1966. Numa situação de crise, foi encampada 47 anos atrás pelo Governo do Estado, convertendo-se na Faculdade de Filosofia do Ceará (Fafice), integrada hoje à Uece.


Sem desmerecer a contribuição da Fafice, a Católica de Filosofia foi fundamental numa época na qual professores dos cursos ginasial e científico tinham como obrigatoriedade portar diploma da instituição e congêneres, que continham disciplinas diversificadas de humanidades a ciências. Os cursos profissionalizantes que a FCC oferta, contraditoriamente para ser fechada, são possíveis de absorção imediata no mercado de trabalho: Educação Física, Design de Moda, além de Publicidade e Propaganda.


Fundada em 1817 na França pelo futuro São Marcelino Champagnat, a Ordem Marista, importante na história e na religião do próprio país, assim como no Catolicismo, aparentemente, desacompanhou mudanças que tanto realidade quanto atualidade pediam. O próprio Colégio Cearense deixou saudades para muitos ex-alunos, Mas, nem sempre se tornou unanimidade. Talvez tenha faltado nos maristas uma pujança da Companhia de Jesus, que chegou a ser extinta de 1773 a 1814, para uma revitalização marista. É o Ceará que está perdendo.

FONTE:JORNAL O POVO