terça-feira, 15 de outubro de 2013

“A HISTÓRIA E O TEMPO DE SÃO MARCELINO CHAMPAGNAT


EDMILSON E FAUSTO

FRATERNIDADE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

13 – OUTUBRO – 2013

“MAL NUTRIDA, EMPOBRECIDA, DESCONTENTE COM OS DIREITOS E IMPOSTOS QUE TINHA A PAGAR, A POPULAÇÃO FRANCESA ACHAVA-SE EM ESTADO DE SUBLEVAÇÃO LATENTE, PENSAVA SOBRETUDO, COMO DE HÁBITO, EM CONTROLAR A CIRCULAÇÃO DE CEREAIS E FIXAR O PREÇO DO PÃO. MOTINS EM PANIFICAÇÕES E CELEIROS ESTOURARAM POR TODO O PAÍS, ANTES DE APARECEREM EM PARÍS.” 

JAQUES SOLÉ
leia mais:

Recortes da História

O que é o Terceiro Estado?

 

    O plano desse escrito é muito simples. Temos três questões a tratar:

 

1.    O que é o Terceiro Estado? Tudo.

2.    Que foi ele até o presente na ordem política? Nada.

3.    Que solicita? Tornar-se alguma coisa.

 

    Que é necessário para que uma nação subsista e prospere? Trabalhos  particulares e funções públicas. Todos os trabalhos particulares podem ser resumir em quatro classes: os agricultores, os trabalhadores da indústria, os negociantes, as profissões científicas, liberais ou de recreio. Tais trabalhos são os que mantêm a sociedade. Quem os sustenta? O Terceiro Estado.

    As funções públicas no estado atual classificam-se sobre quatro denominações: a Espada, a Toga, a Igreja e a  Administração. Será supérfluo percorrê-las em minúcia, para ver que o Terceiro Estado forma em toda parte dezenove vigésimos nessas funções com a diferença de que é encarregado de tudo que é verdadeiramente penoso, de todas as tarefas que a ordem privilegiada recusa preencher. (...)

    Assim o que é o Terceiro Estado? Tudo. Mas um tudo livre e florescente? Nada pode se desenvolver sem ele, tudo correria infinitamente melhor sem os outros. (...)


Abade Sieyès, janeiro de 1789
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
A Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos seguintes do Homem e do Cidadão:
Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos. (...)
 
PEQUENA CRONOLOGIA
(para continuar a pesquisa)
1789
Em 20 de maio, em Marlhes, nasce Champagnat
14 de junho – Queda da Bastilha.
1790
 
1791
A tia, irmã Thérese, passa a morar na casa de Marcelino.
1792
Criação da 1ª República da França.
1793
1 de janeiro – o Rei é guilhotinado
1794
 
1795
 
1796
 
1797
 
1798
 
1799
 
1800
Aos 11 anos faz sua Primeira Comunhão.
1801
 
1802
 
1803
Até aos 14 anos sem instrução escolar.
Bispo José Fesch é o Bispo de Lyon.
Padre Allirot, Pároco de Marlhes, segere ao Padre visitador que procure na família Champagnat alguém vocacionado.
Marcelino vai morar na casa de sua irmã Maria Ana para estudar, em St. Sauveur.
1804
Falecimento do Pai de Marcelino (J. Batiste Champagnat – 49 anos).
Napoleão é o Imperador da França.
Marcelino é bastante influenciado por Padre João Batista Soutrenon da Paróquia de St. Sauveur pelo trabalho de assistência aos pobres e as crianças, exercido pelo sacerdote.
 
1805
Seminário Menor de Verriérs.
Conseguiu fazer economias e juntou 600 francos.
 
1806
Apesar de fraco nos estudos Marcelino procurou estudar latim com o Padre Chomariz.
Champagnat é membro do “Grupo dos Felizes”.
1807
Marcelino muda o seu comportamento expansivo por influência de dois acontecimentos: a morte súbita de um jovem amigo (Denis Duplay) e uma série conversa com o Diretor do Seminário (Padre Linossier).
1808
Marcelino faz a 5ª e 4ª séries do Seminário em um só ano.
1809
 
1810
Falecimento da mãe de Champagnat (Marie Thérese Chirat – 64 anos).
Marcelino aumenta os esforços na aprendizagem no Seminário Menor.
João Claudio Courveille chega ao Seminário.
1811
 
1812
 
1813
Conclui os estudos no Seminário Maior Santa Irineu, em Lyon (Novembro).
1814
Recebe as Ordens Menores e o Subdiaconato (em 06/01/1814).
Napoleão abdica.
Restauração da Monarquia.
1815
Torna-se Díacono.
Na Arquidiocese de Lião o Cardeal Fesch é impedido de continuar na França, situação que permanece até 1824. A Diocese é governada pelos Vigários Gerais: Padre José Corubon, Padre Claudio Maria Bochard e Padre Renaud.
Retorno de Napoleão.
1816
É ordenado Padre, em 22/07/1816.
Nomeado Coadjuntor do Vigário de La Vallá (12/08/1816). Paróquia com + ou – 2000 habitantes.
Chega em La Vallá em 13/08/1816 e inaugura seu Ministério em 15/08 – 3ª feira – dia da Assunção de Nossa Senhora.
Abre uma escola mista, em La Vallá, no lugarejo Sardier e depois entrega a um leigo. Marcelino foi ordenado pelo Bispo Duboure, de Nova Orleans.
1817
Funda os Irmãozinhos de Maria ou Irmãos Maristas, em 02/01. Era uma pequena casa em La Vallá, com mais 2 rapazes da região: João Maria Ganjon e João Batista Audras.
1818
 
1819
 
1820
 
1821
 
1822
Chegam 8 postulantes entre os quais João Batista Furet, futuro Irmão João Batista (1º Biógrafo de Champagnat – 27/03/1822).
1823
 
1824
Inicia a construção de L’Hermitage, as margens do Gier, em maio.
Falecimento da tia religiosa (Irmão Thérèse).
1825
Esteve bastante doente (Pleurodnia).
Escolhido para Superior Geral, em 2 escrutínios, para desapontamento do Padre Courveille.
O Instituto conta com 10 escolas.
Término de L’Hermitage.
 
1826
Em 06/01 redige um testamento em favor do Padre Courveille e Padre Verrier, já que suas doenças continuavam.
O Instituto esteve perto de fechar. Graças ao Irmão Estanislau e ao Vigário de Saint-Chamond a situação foi contornada.
No retiro de 1826, pela primeira vez, os irmãos professaram os votos de pobreza, castidade e obediência. Foi também iniciado o uso do “Rabat” e Chapéu Eclesiático.
 
1827
 
1828
Para os irmãos que emitiam votos anuais foi instituído o uso do cordão e para os que pronunciavam votos Perpétuos o uso do Crucifixo.
1829
Em Paris, trabalha para o reconhecimento legal da Congregação.
1830
Canto do “Salve Rainha”.
1831
Mais uma tentativa para reconhecimento da Congregação.
1832
 
1833
 
1834
 
1835
 
1836
O Papa Gregório XVI autoriza a Sociedade dos Padres Maristas (20/04).
Champagnat coloca-se à disposição do Padre Colin para seguir, como Missionário, até a Oceania.
Torna-se Padre Marista.
1837
 
1838
 
1839
No dia 12/10 é realizada a eleição para escolher o sucessor de Champagnat. É eleito o Irmão Francisco com 87 votos.
1840
Aos 51 anos falece Champagnat (06/06/1840)
A obra Marista conta com 48 escolas e 280 Irmãos.
 
NOME
NACIONALIDADE
PERÍODO
DURAÇÃO
OBSERVAÇÃO
01
Pe Marcelino Champagnat
Francesa
1817 – 1839
22 anos
28 casas Maristas e 280 Irmãos.
02
Ir. Francisco
Francesa
1939 – 1860
21 anos
379 casas Maristas e 2000 Irmãos.
03
Ir. Luís Maria
Francesa
1860 – 1879
19 anos
 
04
Ir. Nestor
Francesa
1880 - 1883
03 anos
 
05
Ir. Teofânio
Francesa
1883 – 1907
24 anos
 
06
Ir. Estratônico
Francesa
1907 – 1920
13 anos
 
07
Ir. Diógenes
Francesa
 
 
 
08
Governo Provisório (2ª Guerra Mundial)
Ir. Michaelis
Ir. Mário Odulfo
Francesa
1942 – 1946
05 anos
 
09
Ir. Leônidas
Francesa
1946 – 1958
12 anos
 
10
Ir. Carlos Rafael
Belga
1958 – 1967
09 anos
 
11
Ir. Basílio Rueda
Mexicano
1967 – 1985
18 anos
 
12
Ir. Charles Howard
Australiano
1985 – 1993
08 anos
 
13
Ir. Benito Arbúes Rubiol
Espanhol (Catalão)
1993 – 2001
08 anos
A ordem Marista está presente em 78 países assim distribuídos: Europa (14), África (20), Oceania (10), América (21) e Ásia (13). Os irmão somam 4400.
14
Ir. Sean Sammon
Americano
2001 - 2099
08 anos
Maristas presentes em 78 países.
 
Ir. Emili Turú
Espanhol
2009
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário