EDMILSON E FAUSTO
FRATERNIDADE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
13 – OUTUBRO – 2013
“MAL NUTRIDA, EMPOBRECIDA, DESCONTENTE COM OS
DIREITOS E IMPOSTOS QUE TINHA A PAGAR, A POPULAÇÃO FRANCESA ACHAVA-SE EM ESTADO
DE SUBLEVAÇÃO LATENTE, PENSAVA SOBRETUDO, COMO DE HÁBITO, EM CONTROLAR A
CIRCULAÇÃO DE CEREAIS E FIXAR O PREÇO DO PÃO. MOTINS EM PANIFICAÇÕES E CELEIROS
ESTOURARAM POR TODO O PAÍS, ANTES DE APARECEREM EM PARÍS.”
JAQUES SOLÉ
leia mais:
Recortes da História
O
que é o Terceiro Estado?
O plano desse
escrito é muito simples. Temos três questões a tratar:
1.
O
que é o Terceiro Estado? Tudo.
2.
Que
foi ele até o presente na ordem política? Nada.
3.
Que
solicita? Tornar-se alguma coisa.
Que é necessário para que uma nação
subsista e prospere? Trabalhos
particulares e funções públicas. Todos os trabalhos particulares podem
ser resumir em quatro classes: os agricultores, os trabalhadores da indústria,
os negociantes, as profissões científicas, liberais ou de recreio. Tais
trabalhos são os que mantêm a sociedade. Quem os sustenta? O Terceiro Estado.
As funções públicas no estado atual
classificam-se sobre quatro denominações: a Espada, a Toga, a Igreja e a Administração. Será supérfluo percorrê-las em
minúcia, para ver que o Terceiro Estado forma em toda parte dezenove vigésimos
nessas funções com a diferença de que é encarregado de tudo que é
verdadeiramente penoso, de todas as tarefas que a ordem privilegiada recusa
preencher. (...)
Assim o que é o Terceiro Estado? Tudo. Mas
um tudo livre e florescente? Nada pode se desenvolver sem ele, tudo correria
infinitamente melhor sem os outros. (...)
Abade
Sieyès, janeiro de 1789
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
A Assembléia Nacional
reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos
seguintes do Homem e do Cidadão:
Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As
distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos
direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a
propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na
nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não
emane expressamente.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o
próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por
limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos
mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é
vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o
que ela não ordene.
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o
direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua
formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir.
Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as
dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra
distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos. (...)
PEQUENA
CRONOLOGIA
(para
continuar a pesquisa)
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1789
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Em
20 de maio, em Marlhes, nasce Champagnat
14
de junho – Queda da Bastilha.
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1790
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1791
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A
tia, irmã Thérese, passa a morar na casa de Marcelino.
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1792
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Criação
da 1ª República da França.
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1793
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1
de janeiro – o Rei é guilhotinado
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1794
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1795
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1796
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1797
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1798
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1799
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1800
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Aos
11 anos faz sua Primeira Comunhão.
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1801
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1802
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1803
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Até
aos 14 anos sem instrução escolar.
Bispo
José Fesch é o Bispo de Lyon.
Padre
Allirot, Pároco de Marlhes, segere ao Padre visitador que procure na família
Champagnat alguém vocacionado.
Marcelino
vai morar na casa de sua irmã Maria Ana para estudar, em St. Sauveur.
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1804
|
Falecimento
do Pai de Marcelino (J. Batiste Champagnat – 49 anos).
Napoleão
é o Imperador da França.
Marcelino
é bastante influenciado por Padre João Batista Soutrenon da Paróquia de St.
Sauveur pelo trabalho de assistência aos pobres e as crianças, exercido pelo
sacerdote.
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1805
|
Seminário
Menor de Verriérs.
Conseguiu
fazer economias e juntou 600 francos.
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1806
|
Apesar
de fraco nos estudos Marcelino procurou estudar latim com o Padre Chomariz.
Champagnat
é membro do “Grupo dos Felizes”.
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1807
|
Marcelino
muda o seu comportamento expansivo por influência de dois acontecimentos: a
morte súbita de um jovem amigo (Denis Duplay) e uma série conversa com o
Diretor do Seminário (Padre Linossier).
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1808
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Marcelino
faz a 5ª e 4ª séries do Seminário em um só ano.
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1809
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1810
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Falecimento
da mãe de Champagnat (Marie Thérese Chirat – 64 anos).
Marcelino
aumenta os esforços na aprendizagem no Seminário Menor.
João
Claudio Courveille chega ao Seminário.
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1811
|
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1812
|
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1813
|
Conclui
os estudos no Seminário Maior Santa Irineu, em Lyon (Novembro).
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1814
|
Recebe
as Ordens Menores e o Subdiaconato (em 06/01/1814).
Napoleão
abdica.
Restauração
da Monarquia.
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1815
|
Torna-se
Díacono.
Na
Arquidiocese de Lião o Cardeal Fesch é impedido de continuar na França,
situação que permanece até 1824. A Diocese é governada pelos Vigários Gerais:
Padre José Corubon, Padre Claudio Maria Bochard e Padre Renaud.
Retorno
de Napoleão.
|
1816
|
É
ordenado Padre, em 22/07/1816.
Nomeado
Coadjuntor do Vigário de La Vallá (12/08/1816). Paróquia com + ou – 2000
habitantes.
Chega
em La Vallá em 13/08/1816 e inaugura seu Ministério em 15/08 – 3ª feira – dia
da Assunção de Nossa Senhora.
Abre
uma escola mista, em La Vallá, no lugarejo Sardier e depois entrega a um
leigo. Marcelino foi ordenado pelo Bispo Duboure, de Nova Orleans.
|
1817
|
Funda
os Irmãozinhos de Maria ou Irmãos Maristas, em 02/01. Era uma pequena casa em
La Vallá, com mais 2 rapazes da região: João Maria Ganjon e João Batista
Audras.
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1818
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1819
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1820
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1821
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1822
|
Chegam
8 postulantes entre os quais João Batista Furet, futuro Irmão João Batista
(1º Biógrafo de Champagnat – 27/03/1822).
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1823
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1824
|
Inicia
a construção de L’Hermitage, as margens do Gier, em maio.
Falecimento
da tia religiosa (Irmão Thérèse).
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1825
|
Esteve
bastante doente (Pleurodnia).
Escolhido
para Superior Geral, em 2 escrutínios, para desapontamento do Padre
Courveille.
O
Instituto conta com 10 escolas.
Término
de L’Hermitage.
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1826
|
Em
06/01 redige um testamento em favor do Padre Courveille e Padre Verrier, já
que suas doenças continuavam.
O
Instituto esteve perto de fechar. Graças ao Irmão Estanislau e ao Vigário de
Saint-Chamond a situação foi contornada.
No
retiro de 1826, pela primeira vez, os irmãos professaram os votos de pobreza,
castidade e obediência. Foi também iniciado o uso do “Rabat” e Chapéu
Eclesiático.
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1827
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1828
|
Para
os irmãos que emitiam votos anuais foi instituído o uso do cordão e para os
que pronunciavam votos Perpétuos o uso do Crucifixo.
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1829
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Em
Paris, trabalha para o reconhecimento legal da Congregação.
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1830
|
Canto
do “Salve Rainha”.
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1831
|
Mais
uma tentativa para reconhecimento da Congregação.
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1832
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1833
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1834
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1835
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1836
|
O
Papa Gregório XVI autoriza a Sociedade dos Padres Maristas (20/04).
Champagnat
coloca-se à disposição do Padre Colin para seguir, como Missionário, até a
Oceania.
Torna-se
Padre Marista.
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1837
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|
1838
|
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1839
|
No
dia 12/10 é realizada a eleição para escolher o sucessor de Champagnat. É
eleito o Irmão Francisco com 87 votos.
|
1840
|
Aos
51 anos falece Champagnat (06/06/1840)
A
obra Marista conta com 48 escolas e 280 Irmãos.
|
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NOME
|
NACIONALIDADE
|
PERÍODO
|
DURAÇÃO
|
OBSERVAÇÃO
|
01
|
Pe Marcelino
Champagnat
|
Francesa
|
1817 – 1839
|
22
anos
|
28 casas Maristas e
280 Irmãos.
|
02
|
Ir. Francisco
|
Francesa
|
1939 – 1860
|
21
anos
|
379 casas Maristas
e 2000 Irmãos.
|
03
|
Ir. Luís Maria
|
Francesa
|
1860 – 1879
|
19
anos
|
|
04
|
Ir. Nestor
|
Francesa
|
1880 - 1883
|
03
anos
|
|
05
|
Ir. Teofânio
|
Francesa
|
1883 – 1907
|
24
anos
|
|
06
|
Ir. Estratônico
|
Francesa
|
1907 – 1920
|
13
anos
|
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07
|
Ir. Diógenes
|
Francesa
|
|
|
|
08
|
Governo Provisório
(2ª Guerra Mundial)
Ir. Michaelis
Ir. Mário Odulfo
|
Francesa
|
1942 – 1946
|
05
anos
|
|
09
|
Ir. Leônidas
|
Francesa
|
1946 – 1958
|
12
anos
|
|
10
|
Ir. Carlos Rafael
|
Belga
|
1958 – 1967
|
09
anos
|
|
11
|
Ir. Basílio Rueda
|
Mexicano
|
1967 – 1985
|
18
anos
|
|
12
|
Ir. Charles Howard
|
Australiano
|
1985 – 1993
|
08
anos
|
|
13
|
Ir. Benito Arbúes
Rubiol
|
Espanhol (Catalão)
|
1993 – 2001
|
08
anos
|
A
ordem Marista está presente em 78 países assim distribuídos: Europa (14),
África (20), Oceania (10), América (21) e Ásia (13). Os irmão somam 4400.
|
14
|
Ir. Sean Sammon
|
Americano
|
2001 - 2099
|
08
anos
|
Maristas presentes
em 78 países.
|
|
Ir. Emili Turú
|
Espanhol
|
2009
|
|
|
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