segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


"É fazendo os outros felizes que encontraremos nossa própria   felicidade."


São Marcelino Champagnat

1o DE JANEIRO - DIA MUNDIAL DA PAZ

Papa Bento XVI divulga mensagem pelo Dia Mundial da Paz


brasao-vaticanoCelebrado no dia 1º de janeiro, o Dia Mundial da Paz é uma data que foi criada para que todas as pessoas, cristãs e não cristãs, se unissem em prol da paz no planeta. Há 45 anos, o papa Paulo VI, divulgou uma mensagem, em 8 de dezembro, para que a data fosse celebrada sempre no primeiro dia do ano civil (1º de janeiro), a partir do ano de 1968.

Seguindo a tradição, a mensagem do sumo pontífice, para o Dia Mundial da Paz 2013, foi apresentada em coletiva de imprensa no dia 14 de dezembro, na Sala de Imprensa do Vaticano.

Leia a mensagem:

Dia Mundial da Paz

1º de janeiro de 2013

Bem-aventurados os obreiros da paz



1. Cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor. Nesta perspectiva, peço a Deus, Pai da humanidade, que nos conceda a concórdia e a paz a fim de que possam tornar-se realidade, para todos, as aspirações duma vida feliz e próspera.

A distância de 50 anos do início do Concílio Vaticano II, que permitiu dar mais força à missão da Igreja no mundo, anima constatar como os cristãos, Povo de Deus em comunhão com Ele e caminhando entre os homens, se comprometem na história compartilhando alegrias e esperanças, tristezas e angústias, anunciando a salvação de Cristo e promovendo a paz para todos.

Na realidade o nosso tempo, caracterizado pela globalização, com seus aspectos positivos e negativos, e também por sangrentos conflitos ainda em curso e por ameaças de guerra, requer um renovado e concorde empenho na busca do bem comum, do desenvolvimento de todo o homem e do homem todo.

Causam apreensão os focos de tensão e conflito causados por crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio duma mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusivamente por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os homens.

E no entanto as inúmeras obras de paz, de que é rico o mundo, testemunham a vocação natural da humanidade à paz. Em cada pessoa, o desejo de paz é uma aspiração essencial e coincide, de certo modo, com o anelo por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Por outras palavras, o desejo de paz corresponde a um princípio moral fundamental, ou seja, ao dever-direito de um desenvolvimento integral, social, comunitário, e isto faz parte dos desígnios que Deus tem para o homem. Na verdade, o homem é feito para a paz, que é dom de Deus.

Tudo isso me sugeriu buscar inspiração, para esta Mensagem, às palavras de Jesus Cristo: «Bem–aventurados os obreiros da paz, porque serão chamados filhos de Deus» (Mt 5, 9).

A bem-aventurança evangélica

2. As bem-aventuranças proclamadas por Jesus (cf. Mt 5, 3-12; Lc 6, 20-23) são promessas. Com efeito, na tradição bíblica, a bem-aventurança é um género literário que traz sempre consigo uma boa nova, ou seja um evangelho, que culmina numa promessa. Assim, as bem-aventuranças não são meras recomendações morais, cuja observância prevê no tempo devido – um tempo localizado geralmente na outra vida – uma recompensa, ou seja, uma situação de felicidade futura; mas consistem sobretudo no cumprimento duma promessa feita a quantos se deixam guiar pelas exigências da verdade, da justiça e do amor. Frequentemente, aos olhos do mundo, aqueles que confiam em Deus e nas suas promessas aparecem como ingénuos ou fora da realidade; ao passo que Jesus lhes declara que já nesta vida – e não só na outra – se darão conta de serem filhos de Deus e que, desde o início e para sempre, Deus está totalmente solidário com eles. Compreenderão que não se encontram sozinhos, porque Deus está do lado daqueles que se comprometem com a verdade, a justiça e o amor. Jesus, revelação do amor do Pai, não hesita em oferecer-Se a Si mesmo em sacrifício. Quando se acolhe Jesus Cristo, Homem-Deus, vive-se a jubilosa experiência de um dom imenso: a participação na própria vida de Deus, isto é, a vida da graça, penhor duma vida plenamente feliz. De modo particular, Jesus Cristo dá-nos a paz verdadeira, que nasce do encontro confiante do homem com Deus.

A bem-aventurança de Jesus diz que a paz é, simultaneamente, dom messiânico e obra humana. Na verdade, a paz pressupõe um humanismo aberto à transcendência; é fruto do dom recíproco, de um mútuo enriquecimento, graças ao dom que provém de Deus e nos permite viver com os outros e para os outros. A ética da paz é uma ética de comunhão e partilha. Por isso, é indispensável que as várias culturas de hoje superem antropologias e éticas fundadas sobre motivos teorico-práticos meramente subjectivistas e pragmáticos, em virtude dos quais as relações da convivência se inspiram em critérios de poder ou de lucro, os meios tornam-se fins, e vice-versa, a cultura e a educação concentram-se apenas nos instrumentos, na técnica e na eficiência. Condição preliminar para a paz é o desmantelamento da ditadura do relativismo e da apologia duma moral totalmente autónoma, que impede o reconhecimento de quão imprescindível seja a lei moral natural inscrita por Deus na consciência de cada homem. A paz é construção em termos racionais e morais da convivência, fundando-a sobre um alicerce cuja medida não é criada pelo homem, mas por Deus. Como lembra o Salmo 29, « o Senhor dá força ao seu povo; o Senhor abençoará o seu povo com a paz » (v. 11).

A paz: dom de Deus e obra do homem

3. A paz envolve o ser humano na sua integridade e supõe o empenhamento da pessoa inteira: é paz com Deus, vivendo conforme à sua vontade; é paz interior consigo mesmo, e paz exterior com o próximo e com toda a criação. Como escreveu o Beato João XXIII na Encíclica Pacem in terris – cujo cinquentenário terá lugar dentro de poucos meses –, a paz implica principalmente a construção duma convivência humana baseada na verdade, na liberdade, no amor e na justiça.A negação daquilo que constitui a verdadeira natureza do ser humano, nas suas dimensões essenciais, na sua capacidade intrínseca de conhecer a verdade e o bem e, em última análise, o próprio Deus, põe em perigo a construção da paz. Sem a verdade sobre o homem, inscrita pelo Criador no seu coração, a liberdade e o amor depreciam-se, a justiça perde a base para o seu exercício.

Para nos tornarmos autênticos obreiros da paz, são fundamentais a atenção à dimensão transcendente e o diálogo constante com Deus, Pai misericordioso, pelo qual se implora a redenção que nos foi conquistada pelo seu Filho Unigénito. Assim o homem pode vencer aquele germe de obscurecimento e negação da paz que é o pecado em todas as suas formas: egoísmo e violência, avidez e desejo de poder e domínio, intolerância, ódio e estruturas injustas.

A realização da paz depende sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana. Esta, como ensina a Encíclica Pacem in terris, está estruturada mediante relações interpessoais e instituições sustentadas e animadas por um «nós» comunitário, que implica uma ordem moral, interna e externa, na qual se reconheçam sinceramente, com verdade e justiça, os próprios direitos e os próprios deveres para com os demais. A paz é uma ordem de tal modo vivificada e integrada pelo amor, que se sentem como próprias as necessidades e exigências alheias, que se fazem os outros comparticipantes dos próprios bens e que se estende sempre mais no mundo a comunhão dos valores espirituais. É uma ordem realizada na liberdade, isto é, segundo o modo que corresponde à dignidade de pessoas que, por sua própria natureza racional, assumem a responsabilidade do próprio agir.

A paz não é um sonho, nem uma utopia; a paz é possível. Os nossos olhos devem ver em profundidade, sob a superfície das aparências e dos fenómenos, para vislumbrar uma realidade positiva que existe nos corações, pois cada homem é criado à imagem de Deus e chamado a crescer contribuindo para a edificação dum mundo novo. Na realidade, através da encarnação do Filho e da redenção por Ele operada, o próprio Deus entrou na história e fez surgir uma nova criação e uma nova aliança entre Deus e o homem (cf. Jr 31, 31-34), oferecendo-nos a possibilidade de ter « um coração novo e um espírito novo » (cf. Ez 36, 26).

Por isso mesmo, a Igreja está convencida de que urge um novo anúncio de Jesus Cristo, primeiro e principal factor do desenvolvimento integral dos povos e também da paz. Na realidade, Jesus é a nossa paz, a nossa justiça, a nossa reconciliação (cf. Ef 2, 14; 2 Cor 5, 18). O obreiro da paz, segundo a bem–aventurança de Jesus, é aquele que procura o bem do outro, o bem pleno da alma e do corpo, no tempo presente e na eternidade.

A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade – religiosa, civil, educativa e cultural – é chamada a trabalhar pela paz. Esta consiste, principalmente, na realização do bem comum das várias sociedades, primárias e intermédias, nacionais, internacionais e a mundial. Por isso mesmo, pode-se supor que os caminhos para a implementação do bem comum sejam também os caminhos que temos de seguir para se obter a paz.

Obreiros da paz são aqueles que amam,defendem e promovem a vida na sua integridade

4. Caminho para a consecução do bem comum e da paz é, antes de mais nada, o respeito pela vida humana, considerada na multiplicidade dos seus aspectos, a começar da concepção, passando pelo seu desenvolvimento até ao fim natural. Assim, os verdadeiros obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida humana em todas as suas dimensões: pessoal, comunitária e transcendente. A vida em plenitude é o ápice da paz. Quem deseja a paz não pode tolerar atentados e crimes contra a vida.

Aqueles que não apreciam suficientemente o valor da vida humana, chegando a defender, por exemplo, a liberalização do aborto, talvez não se dêem conta de que assim estão a propor a prossecução duma paz ilusória. A fuga das responsabilidades, que deprecia a pessoa humana, e mais ainda o assassinato de um ser humano indefeso e inocente nunca poderão gerar felicidade nem a paz. Na verdade, como se pode pensar em realizar a paz, o desenvolvimento integral dos povos ou a própria salvaguarda do ambiente, sem estar tutelado o direito à vida dos mais frágeis, a começar pelos nascituros? Qualquer lesão à vida, de modo especial na sua origem, provoca inevitavelmente danos irreparáveis ao desenvolvimento, à paz, ao ambiente. Tão pouco é justo codificar ardilosamente falsos direitos ou opções que, baseados numa visão redutiva e relativista do ser humano e com o hábil recurso a expressões ambíguas tendentes a favorecer um suposto direito ao aborto e à eutanásia, ameaçam o direito fundamental à vida.

Também a estrutura natural do matrimônio como união entre um homem e uma mulher, deve ser reconhecida e promovida contra as tentativas de a tornar, juridicamente, equivalente a formas radicalmente diversas de união que, na realidade, a prejudicam e contribuem para a sua desestabilização, obscurecendo o seu carácter peculiar e a sua insubstituível função social.

Estes princípios não são verdades de fé, nem uma mera derivação do direito à liberdade religiosa; mas estão inscritos na própria natureza humana – sendo reconhecíveis pela razão – e consequentemente comuns a toda a humanidade. Por conseguinte, a ação da Igreja para os promover não tem carácter confessional, mas dirige-se a todas as pessoas, independentemente da sua filiação religiosa. Tal ação é ainda mais necessária quando estes princípios são negados ou mal entendidos, porque isso constitui uma ofensa contra a verdade da pessoa humana, uma ferida grave infligida à justiça e à paz.

Por isso, uma importante colaboração para a paz é dada também pelos ordenamentos jurídicos e a administração da justiça quando reconhecem o direito ao uso do princípio da objecção de consciência face a leis e medidas governamentais que atentem contra a dignidade humana, como o aborto e a eutanásia.

Entre os direitos humanos basilares mesmo para a vida pacífica dos povos, conta-se o direito dos indivíduos e comunidades à liberdade religiosa. Neste momento histórico, torna-se cada vez mais importante que este direito seja promovido não só negativamente, como liberdade de – por exemplo, de obrigações e coacções quanto à liberdade de escolher a própria religião –, mas também positivamente, nas suas várias articulações, como liberdade para: por exemplo, para testemunhar a própria religião, anunciar e comunicar a sua doutrina; para realizar atividades educativas, de beneficência e de assistência que permitem aplicar os preceitos religiosos; para existir e actuar como organismos sociais, estruturados de acordo com os princípios doutrinais e as finalidades institucionais que lhe são próprias. Infelizmente vão-se multiplicando, mesmo em países de antiga tradição cristã, os episódios de intolerância religiosa, especialmente contra o cristianismo e aqueles que se limitam a usar os sinais identificadores da própria religião.

O obreiro da paz deve ter presente também que as ideologias do liberalismo radical e da tecnocracia insinuam, numa percentagem cada vez maior da opinião pública, a convicção de que o crescimento econômico se deve conseguir mesmo à custa da erosão da função social do Estado e das redes de solidariedade da sociedade civil, bem como dos direitos e deveres sociais. Ora, há que considerar que estes direitos e deveres são fundamentais para a plena realização de outros, a começar pelos direitos civis e políticos.

E, entre os direitos e deveres sociais atualmente mais ameaçados, conta-se o direito ao trabalho. Isto é devido ao facto, que se verifica cada vez mais, de o trabalho e o justo reconhecimento do estatuto jurídico dos trabalhadores não serem adequadamente valorizados, porque o crescimento econômico dependeria sobretudo da liberdade total dos mercados. Assim o trabalho é considerado uma variável dependente dos mecanismos econômicos e financeiros. A propósito disto, volto a afirmar que não só a dignidade do homem mas também razões econômicas sociais e políticas exigem que se continue « a perseguir como prioritário o objectivo do acesso ao trabalho para todos, ou da sua manutenção ».4 Para se realizar este ambicioso objectivo, é condição preliminar uma renovada apreciação do trabalho, fundada em princípios éticos e valores espirituais, que revigore a sua concepção como bem fundamental para a pessoa, a família, a sociedade. A um tal bem corresponde um dever e um direito, que exigem novas e ousadas políticas de trabalho para todos.

Construir o bem da paz através de um novo modelo de desenvolvimento e de economia

5. De vários lados se reconhece que, hoje, é necessário um novo modelo de desenvolvimento e também uma nova visão da economia. Quer um desenvolvimento integral, solidário e sustentável, quer o bem comum exigem uma justa escala de bens-valores, que é possível estruturar tendo Deus como referência suprema. Não basta ter à nossa disposição muitos meios e muitas oportunidades de escolha, mesmo apreciáveis; é que tanto os inúmeros bens em função do desenvolvimento como as oportunidades de escolha devem ser empregues de acordo com a perspectiva duma vida boa, duma conduta recta, que reconheça o primado da dimensão espiritual e o apelo à realização do bem comum. Caso contrário, perdem a sua justa valência, acabando por erguer novos ídolos.

Para sair da crise financeira e econômica atual, que provoca um aumento das desigualdades, são necessárias pessoas, grupos, instituições que promovam a vida, favorecendo a criatividade humana para fazer da própria crise uma ocasião de discernimento e de um novo modelo econômico O modelo que prevaleceu nas últimas décadas apostava na busca da maximização do lucro e do consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade. Olhando de outra perspectiva, porém, o sucesso verdadeiro e duradouro pode ser obtido com a dádiva de si mesmo, dos seus dotes intelectuais, da própria capacidade de iniciativa, já que o desenvolvimento econômico suportável, isto é, autenticamente humano tem necessidade do princípio da gratuidade como expressão de fraternidade e da lógica do dom. Concretamente na atividade econômica o obreiro da paz aparece como aquele que cria relações de lealdade e reciprocidade com os colaboradores e os colegas, com os clientes e os usuários. Ele exerce a atividade econômica para o bem comum, vive o seu compromisso como algo que ultrapassa o interesse próprio, beneficiando as gerações presentes e futuras. Deste modo sente-se a trabalhar não só para si mesmo, mas também para dar aos outros um futuro e um trabalho dignos.

No âmbito econômico, são necessárias – especialmente por parte dos Estados – políticas de desenvolvimento industrial e agrícola que tenham a peito o progresso social e a universalização de um Estado de direito e democrático. Fundamental e imprescindível é também a estruturação ética dos mercados monetário, financeiro e comercial; devem ser estabilizados e melhor coordenados e controlados, de modo que não causem dano aos mais pobres. A solicitude dos diversos obreiros da paz deve ainda concentrar-se – com mais determinação do que tem sido feito até agora – na consideração da crise alimentar, muito mais grave do que a financeira. O tema da segurança das provisões alimentares voltou a ser central na agenda política internacional, por causa de crises relacionadas, para além do mais, com as bruscas oscilações do preço das matérias–primas agrícolas, com comportamentos irresponsáveis por parte de certos agentes econômicos e com um controle insuficiente por parte dos Governos e da comunidade internacional. Para enfrentar semelhante crise, os obreiros da paz são chamados a trabalhar juntos em espírito de solidariedade, desde o nível local até ao internacional, com o objectivo de colocar os agricultores, especialmente nas pequenas realidades rurais, em condições de poderem realizar a sua atividade de modo digno e sustentável dos pontos de vista social, ambiental e econômico.

Educação para uma cultura da paz:o papel da família e das instituições

6. Desejo veementemente reafirmar que os diversos obreiros da paz são chamados a cultivar a paixão pelo bem comum da família e pela justiça social, bem como o empenho por uma válida educação social.

Ninguém pode ignorar ou subestimar o papel decisivo da família, célula básica da sociedade, dos pontos de vista demográfico, ético, pedagógico, económico e político. Ela possui uma vocação natural para promover a vida: acompanha as pessoas no seu crescimento e estimula-as a enriquecerem-se entre si através do cuidado recíproco. De modo especial, a família cristã guarda em si o primordial projecto da educação das pessoas segundo a medida do amor divino. A família é um dos sujeitos sociais indispensáveis para a realização duma cultura da paz. É preciso tutelar o direito dos pais e o seu papel primário na educação dos filhos, nomeadamente nos âmbitos moral e religioso. Na família, nascem e crescem os obreiros da paz, os futuros promotores duma cultura da vida e do amor.

Nesta tarefa imensa de educar para a paz, estão envolvidas de modo particular as comunidades dos crentes. A Igreja toma parte nesta grande responsabilidade através da nova evangelização, que tem como pontos de apoio a conversão à verdade e ao amor de Cristo e, consequentemente, o renascimento espiritual e moral das pessoas e das sociedades. O encontro com Jesus Cristo plasma os obreiros da paz, comprometendo-os na comunhão e na superação da injustiça.

Uma missão especial em prol da paz é desempenhada pelas instituições culturais, escolásticas e universitárias. Delas se requer uma notável contribuição não só para a formação de novas gerações de líderes, mas também para a renovação das instituições públicas, nacionais e internacionais. Podem também contribuir para uma reflexão científica que radique as atividades econômicas e financeiras numa sólida base antropológica e ética. O mundo atual, particularmente o mundo da política, necessita do apoio dum novo pensamento, duma nova síntese cultural, para superar tecnicismos e harmonizar as várias tendências políticas em ordem ao bem comum. Este, visto como conjunto de relações interpessoais e instituições positivas ao serviço do crescimento integral dos indivíduos e dos grupos, está na base de toda a verdadeira educação para a paz.

Uma pedagogia do obreiro da paz

7. Concluindo, há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem comum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmosfera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar »,7 de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48). É um trabalho lento, porque supõe uma evolução espiritual, uma educação para os valores mais altos, uma visão nova da história humana. É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.

Jesus encarna o conjunto destas atitudes na sua vida até ao dom total de Si mesmo, até «perder a vida» (cf. Mt 10, 39; Lc 17, 33; Jo 12, 25). E promete aos seus discípulos que chegarão, mais cedo ou mais tarde, a fazer a descoberta extraordinária de que falamos no início: no mundo, está presente Deus, o Deus de Jesus Cristo, plenamente solidário com os homens. Neste contexto, apraz-me lembrar a oração com que se pede a Deus para fazer de nós instrumentos da sua paz, a fim de levar o seu amor onde há ódio, o seu perdão onde há ofensa, a verdadeira fé onde há dúvida. Por nossa vez pedimos a Deus, juntamente com o Beato João XXIII, que ilumine os responsáveis dos povos para que, junto com a solicitude pelo justo bem-estar dos próprios concidadãos, garantam e defendam o dom precioso da paz; inflame a vontade de todos para superarem as barreiras que dividem, reforçarem os vínculos da caridade mútua, compreenderem os outros e perdoarem aos que lhes tiverem feito injúrias, de tal modo que, em virtude da sua ação, todos os povos da terra se tornem irmãos e floresça neles e reine para sempre a tão suspirada paz.

Com esta invocação, faço votos de que todos possam ser autênticos obreiros e construtores da paz, para que a cidade do homem cresça em concórdia fraterna, na prosperidade e na paz.

Vaticano, 8 de Dezembro de 2012.

Fonte: http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/messages/peace/documents/hf_ben-xvi_mes_20121208_xlvi-world-day-peace_po.html

sábado, 29 de dezembro de 2012

 
Nós abriremos o livro. Suas páginas estão em branco. Nós vamos pôr palavras nele. O livro chama-se Oportunidade e seu primeiro capítulo é o Dia de ano novo. Feliz Ano Novo! Feliz 2013!”
 
 
 

UMBRASIL lança publicações

A área de Vida Consagrada e Laicato da UMBRASIL lançará, neste mês, duas publicações. São elas:

Contexto Histórico e Social da Obra Educativa de Champagnat
Autor: Ir. Adelino da Costa Martins
Coordenação: Comissão de Espiritualidade e Patrimônio
Esta obra obedece ao fio condutor de amor e de aprofundamento das origens da educação marista que o Ir. Adelino da Costa Martins manteve desde longos anos. Ao estudar e investigar as fontes e os primitivos veios dessa água salutar da educação, segundo o coração de “Bonne Mère”, Nossa Senhora, chega-se a valorizar cada vez mais, em nossos dias, a força de salvação do carisma de Champagnat ao fundar o Instituto dos Irmãos Maristas das Escolas. Ir. Adelino, professor de Língua e de Cultura Francesa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, dedicou-se à investigação e ao estudo do contexto histórico-social em que surgiu e desenvolveu a obra de Marcelino Champagnat.
Calendário Religioso Marista 2013
Coordenação: Grupo de Trabalho Calendário Religioso Marista 2013
O Calendário Religioso é um apreciado subsídio empregado há anos na dinamização da oração pessoal e comunitária dos Irmãos Maristas. Sua composição é bem diversificada para melhor contribuir com a caminhada espiritual das comunidades e com o itinerário pessoal de cada Irmão. Também as Leigas e os Leigos maristas têm utilizado cada vez mais este instrumento de oração, tanto individualmente quanto em grupo. Para o ano de 2013, o tema que será abordado é “Santidade no Instituto – Santos Maristas e Irmãos em processo de canonização”.

IV ASSEMBLÉIA, RETIRO E CAPÍTULO PROVINCIAL


Entre os dias 02 e 12 de dezembro, ocorreu em Mendes/RJ, a IV Assembleia, Retiro e Capítulo da Província Marista Brasil Centro Norte. Este tem sido um momento significativo para avaliar, refletir, rezar e vislumbrar horizontes no que se refere ao futuro de nossa Província. Além de significativa presença dos Irmãos, também estão a somar forças conosco alguns leigos convidados.
O tema que tem norteado os trabalhos e reflexões é “Unidos num só coração”. Este deseja ajudar-nos a sintonizar nossos corações, sonhos e projetos; partilhar a vida e construir caminhos novos, fortalecendo os laços de unidade na Província. A logomarca criada para as atividades sinaliza também esse desejo de união e sintonia.
A Assembleia apontou muitas luzes e propostas que tem possibilitado ao Capítulo traçar as prioridades que nortearão os trabalhos do novo Conselho Provincial e a vida da Província nos próximos três anos. O novo Conselho eleito pelos capitulares, que caminhará em comunhão e auxiliará nos trabalhos do Provincial, é constituído pelos seguintes Irmãos: Ataíde, José de Assis, Alexandre e Wagner.
Vale destacar que muitos momentos significativos tem marcado esses dias de encontro e partilha: festa dos Irmãos Jubilares, Renovação de votos, posse do Provincial etc. Roguemos a Deus para que abençoe a vida e missão desses nossos Irmãos que agora tomam a frente na animação de nossa Província.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

UM SANTO NATAL E UM VENTUROSO ANO NOVO!


             Iniciamos o novo Ano litúrgico. Já estamos na terceira semana do Advento( do latim  Adventus: “chegada”), que é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus. “É tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança”

               Esse período de espera confiante, com o Advento, é propício para refletirmos sobre a nossa caminhada enquanto Leigos Maristas, membros das Fraternidades do MChFM, renovarmos nossos propósitos e envidarmos todos os esforços para que continuemos a  viver nossa espiritualidade e missão cristãs do jeito de Maria, seguindo a intuição de Marcelino Champagnat”(EMM, no. 11).

           Hoje, já não vivemos uma “época de mudanças, mas uma mudança de época”(DGAE-2008-2010). Diante disso, cresce ainda mais a expectativa na nossa vida pessoal. No que diz respeito a esperança de salvação, ela já veio na pessoa, vida e ressurreição de Jesus Cristo. Esperar o Senhor que vem hoje, é agirmos diferente. Precisamos intensificar nossa vocação de testemunhos da esperança com nosso engajamento solidário na luta por uma sociedade mais justa e fraterna.

             Os preparativos e a expectativa para o Natal marcam este período. Celebrando o Natal, proclamamos nossa fé no Filho de Deus que se fez homem para nos salvar. Deus vem morar em nosso coração para nos ensinar o caminho do amor. A cada celebração do Natal devemos despertar para uma reflexão do nosso modo de vida como filhos de Deus enviados a esse mundo para cumprir uma missão determinada por Deus.

             Que neste Natal possamos festejar o nascimento de Jesus de uma forma concreta, incluindo nessa mesma celebração- além dos familiares, amigos e membros das Fraternidades do MChFM - aqueles menos favorecidos para que tenham uma vida digna e plena de alegria e de paz. A você e seus familiares um Ano Novo com muitas vitórias e excelentes  realizações.

             Um Santo Natal e um venturoso Ano Novo!
             Equipe de Coordenação do MChFM-PMBCN

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

MENSAGEM DE NATAL

Maria, presépio vivo da Palavra

    Então é natal. Tempo de reviver a dimensão da fé. O presépio é o primeiro lugar da manifestação do Filho de Deus encarnado e nascido de Maria, tesouro de misericórdia e canal da graça.
Neste tempo litúrgico que é o advento, preparando o nascimento do príncipe da paz. É considerado tempo de revisão do sentido da vida, conversão, transformação e acima de tudo, de renovação no espírito de Deus com Maria.
O ano da Palavra de Deus que tem uma voz que é Deus Criador, tem um rosto que é Jesus, tem uma casa que é a Igreja e tem um caminho de salvação, percurso litúrgico em que este ciclo gera a vida.
A Palavra de Deus que fez carne, verbo, presença afetiva, efetiva e significativa no caminho da redenção. Maria presença atenta e discreta com o anúncio e o serviço do Reino de Deus.
Maria que se pode considerar como o “baú”, ou seja, o tesouro da misericórdia, intercessora do canal da graça aos quem tem a fé e acreditam na cura e libertação dos entraves, tribulações, perseguições, perturbações, doenças, dores, cruzes, perdas, renúncias, calúnias, fofocas, alienações, condenações, e falsos julgamentos... Pois tudo isto, são fraquezas humanas que passam se o foco estiver no seguimento e no discipulado missionário de Jesus que é o caminho, a verdade e a vida.
Maria é presépio vivo que ouve a Palavra e põe em prática com simplicidade e humildade. O exemplo de Maria é o presente verdadeiro do natal, que faz a olhar o coração, por vezes, que se torna duro, fechado e orgulhoso por causa das necessidades materiais e a ganhar vantagens em tudo e entre todas as relações de convivência entre as pessoas.
Maria aponta a todos os cristãos que neste natal deve-se ter um coração de carne com entusiasmo e encantamento da presença do menino Jesus fonte de paz, luz, justiça, alegria, solidariedade e amor. Feliz Natal a todos da PJM com o menino Jesus, mas por Maria.
Ir. Luciano Osmar Menezes, Marista

CATECUMENATO

Catecumenato foi uma experiência elaborada durante os 150 primeiros anos, após a morte dos apóstolos e desapareceu depois do quinto século. Era uma experiência de fé pela qual passavam os primeiros cristãos, como um período de iniciação.
Não oferecia propriamente um curso porque não se destinava apenas a transmitir conceitos e informações. Tinha uma dimensão espiritual. Também se cantava e se orava. Era uma experiência normalmente feita em grupos. Enquanto as pessoas conheciam Cristo, espontaneamente punham suas vidas em comum, se conheciam também. E a fé se tornava o lastro mais firme da amizade que nascia entre eles.
Quem assim fazia a descoberta de Cristo, não conseguia ficar calado. O entusiasmo desta descoberta o levava a falar dela a parentes, amigos, a todas as pessoas de sua convivência. Foi assim que a fé cristã caminhou os três primeiros séculos, de boca em boca, de ouvido em ouvido, num tempo em que não havia imprensa, rádio, tv, nem cristãos podiam pregar sua fé em praça pública. Esse contato se tornou marca registrada dos que faziam Catecumenato.
Assim é o Catecumenato hoje. Durante 8 (oito) semanas, nos reunimos sempre no mesmo dia da semana e no mesmo lugar, até completarmos a primeira fase. O intervalo semanal é o tempo necessário e suficiente para atividades previstas, fora da reunião, durante a semana, como leituras bíblicas e contatos. Nossos textos não citam teólogos nem autoridades religiosas, mas diretamente o pensamento de Cristo, como está na Bíblia! O participante é levado, durante a semana, a constatar a fidelidade do texto, consultando as fontes bíblicas citadas.
No Catecumenato não se pede, nem se supõe fé de ninguém para começar a experiência. De início, predomina o raciocínio lógico, o pensamento crítico e a palavra da ciência, onde cabe sua contribuição. Participamos dessa experiência, como se fossemos contemporâneos de Cristo, ou seja, como se vivêssemos naquela época e como se ainda não O conhecêssemos.
O Catecumenato não é curso. Não possui alunos, professores, nem provas.. Só pode receber nossos textos quem integra um grupo e segue a metodologia que compõe esta evangelização de adultos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mundo não acabará no dia 21, diz o Vaticano


O reverendo José Funes, astrônomo mais graduado do Vaticano, disse nesta terça-feira que o mundo não acabará no dia 21, apesar das supostas previsões feitas pelos maias. Funes escreveu um artigo ao jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano, no qual disse que "não vale nem a pena discutir os fundamentos científicos dessas afirmações (obviamente falsas)", que estão sendo divulgadas na internet. O título do artigo é "O Apocalipse que não virá (pelo menos, por enquanto)".
Funes disse que o universo está em expansão e que, se os modelos são corretos, em um ponto o universo sofrerá uma ruptura, mas isso poderá acontecer bilhões de anos no futuro. Segundo ele, mesmo assim os verdadeiros cristãos acreditam que "a morte nunca é a última palavra". O calendário feito pelos maias, cuja contagem começou em 3.114 a.C., marca períodos de 394 anos, chamados de baktun. Os maias escreveram que o "significativo" 13º baktun acaba em 21 de dezembro.
As informações são da Associated Press.




ADEUS E OBRIGADO AMIGO - PROF. GUSTAVO BRAGA FILHO



 
PROF. CARLOS ANDRADE

PROF. GUSTAVO BRAGA FILHO

    Durante 20 anos, o biólogo Gustavo de Braga Filho esteve à frente da direção da Escola, agregando educação à qualidade. Sua principal característica pautou-se na humildade e na maneira sempre gentil e agradável de tratar seus funcionários, professores, pais e alunos. Suas paixões resumiam-se à mãe, à escola e ao Partido PSDB.

    Mais do que um homem à frente da sua geração, Gustavo de Braga Filho mostrou-se sempre fiel a Deus e aos princípios da educação.

    O Colégio Gustavo Braga, situado à Avenida João Pessoa, 4680, no bairro Damas, tem como patrono o Jurista e professor Dr. Gustavo Braga, que tem além de publicar diversos livros jurídicos foi professor catedrático da Faculdade de Direito da UFC – Universidade Federal do Ceará.

ESPAÇO DO LEITOR – JORNAL O POVO
Derlando08/12/2012 13:26
Brasil perdeu um grande homem. Ate agora fico me perguntando que motivo seria esse pra matar esse grande prof. Gustavo Braga, por que ele é super gente fina, humilde e ajudava todos.

Luciano07/12/2012 23:07
Mesmo não conhecendo o professor GB fiquei muito triste pois sou professor e sei q a educação perdeu um grande mestre.E acima de tudo era um ser humano exemplar.Desde de pequeno ouvia falar neste ícone da educação brasileira,espero q justiça seja eita e os assacinos sejam colocados na cadeia.

Márcia Costa, colega de profissão.07/12/2012 21:17
Realmente uma pessoa muito especial que partiu, tão cruelmente, neste momento oro para que Deus dê conforto a sua família, pois acredito que agora ele está nos braços dos Senhor. Amém

Valéria07/12/2012 20:38
Professor Gustavo Braga uma pessoa maravilhosa, muito humilde, paciente e dedicado a educação. Lamento muito sua morte. Valéria Campos(mãe de aluna)

Adeli Ruah07/12/2012 16:06
Ele foi um cidadão do bem e sempre pregou e cultivou o respeito, a disciplina e a moralidade. Meus três filhos estudaram no Colégio Gustavo Braga.

PSDB divulga nota de pesar por morte do professor Gustavo Braga Filho
“A Executiva Estadual do PSDB-CE, por meio do presidente Marcos Cals, manifesta seu pesar aos familiares, amigos, funcionários e alunos do professor Gustavo Braga Filho, pelo seu triste falecimento. Lamentamos a perda não só de um competente educador, mas também de um grande entusiasta do Partido da Social Democracia Brasileira, parceiro e filiado ativo, cidadão atuante e comprometido com seu papel na sociedade. Neste momento, pedimos a Deus que acolha nosso amigo com amor e conforte a todos nós”.

sábado, 8 de dezembro de 2012



FELIZ NATAL COM CRISTO

Mais uma vez estamos vivendo o clima... o ambiente...
os sentimentos...e as emoções de uma grande festa.
Faltam apenas alguns dias para o Natal. As luzes já estão acesas decorando
a cidade, na natureza se veste de gala ostentando as luzes e cores diversas.
É o Menino Jesus que vem ao nosso encontro procurando
outra vez um lugar para nascer...
Vamos abrir espaços em nossos corações e deixemos que o Menino Deus
faça dele a sua morada e realize em nossas vidas seu plano de amor,
para que assim, o verdadeiro sentido de Natal não se perca nas trocas
de presentes e algumas palavras frias e sem sentido.
Aproveito este clima de festa para desejar a você um Natal
cheio de AMOR....e de PERDÃO...
AMOR porque é no amor que encontramos o verdadeiro sentido da VIDA.
PERDÃO porque é através do perdão que damos ao amor o sentido mais pleno.
Mas, sobretudo, desejo que, quando todos se reunirem para celebrar
o nascimento de Cristo, você receba dos céus todas as bênçãos,
e que estas bênçãos se estendam por toda sua família,
pois só a família é o símbolo de um Natal feliz!


 
 
Leia abaixo o discurso proferido pelo Ir. Wellington Mousinho de Medeiros, Provincial e presidente do Con-selho Superior da UMBRASIL.
Histórico do Interprovincialismo no Brasil
A história do Interprovincialismo no Brasil não se iniciou com a UMBRASIL. Foram décadas de trabalho, diálogos e sonhos partilhados por Irmãos, Leigas e Leigos do Brasil Marista, traduzidas nas dinâmicas do SIMAR, CIMI e outros organismos interprovinciais. O fundamento dessa história não está em nós que aqui estamos, mas na própria origem e trajetória do Instituto. Champagnat reunia os Irmãos Maristas para tempos de formação, partilha, orientação e organização dos projetos e processos do Instituto.

Razões da fundação da UMBRASIL
A UMBRASIL foi fundada após um longo período de discernimento. Neste tempo em que vivemos, o discernimento culminou com a trajetória do interprovincialismo no Brasil, a partir dos cenários da sociedade atual onde parcerias, redes, articulação intra e interinstitucional são características próprias deste tempo histórico. Concretiza-se como uma instância criada e dinamizada colegiadamente. A UMBRASIL foi fundada para que, como família marista no Brasil, possamos: articular, potencializar e representar a nossa missão de evangelizar, pela educação, crianças e jovens do Brasil; criar redes de cooperação entre instituições coirmãs, que possuem os mesmos valores, os mesmos fundamentos, a mesma missão, o mesmo Pai Fundador.
Finalidades da UMBRASIL
O Estatuto fundacional da UMBRASIL reza que, dentre os seus fins e objetivos institucionais, constam: a promoção de “ações no âmbito da assistência social, da educação, do ensino, da pesquisa, da cultura, da comunicação, do meio ambiente (…) da promoção humana e da proteção à infância, à juventude, ao idoso”; o fomento à “união e articulação de suas Associadas”; “representar legal e oficialmente suas Associadas; “organizar programas de formação”. No entanto, para além das finalidades institucionais, o que inspira a UMBRASIL é o sentido de pertença a uma mesma família em prol de uma causa única: somos maristas de Champagnat e compartilhamos uma mesma missão institucional e uma mesma herança espiritual. E isso alimenta o nosso desejo e necessidade de união. De união dos maristas do Brasil.
Importância da UMBRASIL para o Brasil Marista
Em seus 7 anos de história, a UMBRASIL contribuiu de forma significativa para a missão do Instituto no Brasil, a partir da articulação interprovincial.
São inúmeras as iniciativas que potencializam a nossa presença no Brasil. Dentre elas, podemos citar: os ganhos tangíveis, como negociação em larga escala, gerando benefícios financeiros para as Associadas; as conquistas fundamentais para a nossa missão institucional, tais como: partilha de boas práticas nos diversos âmbitos; formação conjunta; unidade do serviço educativo-evangelizador das escolas maristas. Essas iniciativas estão materializadas no Projeto Educativo, indicado por especialista de renome como referência não apenas para o Brasil, mas para a América Latina. No Projeto Educativo estão assinalados: o desenvolvimento das matrizes curriculares; a unificação e o fortalecimento da Marca Marista; a construção de diretrizes nacionais de evangelização avaliadas como de referência para a Igreja do Brasil; a consolidação da Pastoral Juvenil Marista como modelo de pastoral para a CNBB; a incidência política no processo regulatório da Assistência Social/Filantropia. Ressaltam-se ainda os ganhos relativos à vocação e à formação dos Irmãos, entre eles, a iniciativa do noviciado comum. Por tudo isso, continuamos a acreditar na UMBRASIL e na sua missão.

Ecos do Instituto em relação à UMBRASIL

O Instituto tem olhado para a UMBRASIL como um caso de sucesso, por conseguir reunir pessoas, corações, inteligências e propor estratégias comuns a partir da diversidade de culturas próprias do País e das culturas organizacionais das Províncias. Muitas Províncias do mundo marista, bem como os Superiores Gerais Ir. Sammon e Ir. Emili e alguns Conselheiros Gerais visitaram a UMBRASIL, para conhecer e apoiar a sua dinâmica e desenvolvimento. Nas agendas e comissões internacionais, Irmãos e Leigos maristas têm se interessado em conhecer a UMBRASIL, de modo a iluminar reflexões de outras regiões maristas na caminhada inter-provincial. Sabemos que temos muito a caminhar na construção da unidade e não na padronização da nossa presença em terras brasileiras. No entanto, temos a convicção de que estamos no caminho certo e de que, com boa vontade, espírito de família e abertura para os desafios de uma Nova Terra, consolidaremos a UMBRASIL, com todos os seus integrantes oriundos do Brasil Marista, como organismo que articula e potencializa a nossa presença e ação.

DIA DA FAMÍLIA - 08 DE DEZEMBRO


UNIDADES SOCIAIS NO CEARÁ - MARISTAS

Escola Marista de Ensino Fundamental Sagrado Coração

Endereço:
Rua Vidal de Negreiros, 550
Maraponga – Fortaleza – CE
Telefax: (85) 3296.7672
www.marista.edu.br/social

Escola Marista Champagnat de Iguatu

Endereço:
Rua João Vicente Alves, 19 – Iguatu – CE
Fone: (88) 3581.5653
www.marista.edu.br/social


Colégio Marista de Aracati

Endereço:
Praça São Marcelino Champagnat, 1 – Aracati – CE
Fone: (88) 3421.1482
Fax: (88) 3421.2715
www.marista.edu.br/social


Casa da Acolhida Marista de Abreulândia

Endereço:
Av. Manoel Mavignier, 7.637 A – Lagoa Redonda
Abreulândia – Fortaleza – CE
Fone: (85) 3270.1508
www.marista.edu.br/social

Mensagem do Ir. Superior Geral para o Natal 2012

Muitos de nós, provavelmente, em um momento ou outro de nossa vida, vivemos experiência similar àquela descrita por G. K. Chesterton, em sua Autobiografia: Na parte posterior de nossos cérebros, por assim dizer, havia, esquecida, uma ânsia ou explosão de assombro, ante nossa própria existência. A finalidade da vida artística e espiritual era a de procurar descobrir esse submerso amanhecer de encanto, de modo que um homem, comodamente sentado, de repente pudesse intuir que, realmente, estava vivo, e ser feliz. Em determinado momento, tudo parece aborrecido e ordinário; e, após um instante, tudo é percebido como extraordinário e maravilhoso. É como se a gente fosse atingido por um repentino choque de assombro que suscita humildade e reconhecimento ante o milagre da vida.
A reprodução humana é um fenômeno muito natural, mas os artistas citados vivem-na como um milagre. É como se despertassem para ver a realidade com novos olhos; como se vissem, pela primeira vez, coisas que, desde sempre, estiveram ali. Emerge uma profunda convicção de que a geração de uma nova vida humana é algo misterioso, embora tudo tenha sua explicação em nível biológico.
E ante o mistério, o adequado é a contemplação silenciosa. Como fazem as mães em longas horas de silêncio, cheias de assombro, ante a fragilidade de um novo ser humano.
Não é difícil, neste Natal, imaginar o encanto de Maria e de José, surpresos ao descobrirem que a vida é mais que vida; que há sempre algo que nos supera, no entrelaçado ordinário de nossa história. Uma aprendizagem que depois fizeram no decorrer da vida, marcada, como a de muitos de seus coetâneos, de momentos de serenidade e de paz, mas também por outros, de extrema violência.
Uma aprendizagem como aquela que estão fazendo os 3 Irmãos de nossa comunidade de Alepo (Síria), a uns 600 km de Belém. Há vários meses, a população civil dessa antiquíssima cidade se encontra imersa numa situação de grande violência: luta armada, bombardeios, escassez de recursos... É surpreendente como também ali, em circunstâncias muito adversas, o espanto pode aflorar.
Como podemos continuar a apoiar a esperança de nossos irmãos e irmãs em Alepo? Convido-os a colocar uma vela, nos dias 18 a 25 de dezembro, em algum lugar privilegiado da comunidade ou da família, e acendê-la, diariamente, por algum tempo, como símbolo de nossa comunhão com eles, através do afeto e da oração.
Gregório de Nissa, cristão que viveu no final do século IV nessa mesma região do Oriente Médio, deixou escrito que os conceitos criam ídolos; só o assombro conhece. Sim, os conceitos criam ídolos e, amiúde, mal-entendidos e, até guerras. Somente o assombro é capaz de penetrar a realidade, tal como aparece a nossos olhos, e abraçar a felicidade de uma vida plena, mesmo em meio a condições as mais adversas.
É isso que eu quero dizer quando lhe desejo: Feliz Natal.
Que assim seja de verdade para você e para os seus.
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Ir. Emili Turú, Superior Geral